Professor Diomar Guterres Filho. |
O PM, que é lotado no 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), foi preso por investigadores da Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP), na residência dele na avenida Santos Dumont, no bairro do Anil, na capital, em cumprimento a um mandado de prisão temporária.
Segundo as investigações da SHPP, a vítima foi encontrada morta por um disparo de arma de fogo na região da cabeça, em um terreno abandonado, na rua 46, no bairro da Areinha. Como o veículo e o aparelho de celular do professor foram roubados, o crime foi caracterizado como latrocínio (roubo seguido de morte).
Ainda de acordo com a SHPP, além do mandado de prisão, os policiais civis cumpriram dois mandados de busca e apreensão contra endereços ligados ao investigado. Durante as buscas, foram encontrados dois celulares e uma arma de fogo .40, que passarão por perícia. Em seu interrogatório, o PM usou o direito de permanecer em silêncio. O investigado só deverá prestar esclarecimentos na próxima quarta-feira (30), na companhia do seu advogado.
Segundo o delegado Marconi Matos, da SHPP, o policial militar já é investigado por um crime de roubo, que aconteceu em agosto deste ano, tendo como vítima um técnico de enfermagem, de 28 anos. A vítima procurou a polícia, para denunciar que foi dopado e roubado pelo PM. “A vítima disse que conheceu o investigado através de um aplicativo de relacionamento e se encontraram depois no apartamento da vítima. No caso, ele (o enfermeiro) foi dopado, e o investigado subtraiu os bens da vítima. Depois, ao recobrar a consciência, a vítima procurou atendimento médico e guardou as mensagens das conversas que ele teve com o investigado e isso corroborou com o que nós já tínhamos, que ligava o investigado ao caso do Diomar. Por essa razão apresentamos ao Poder Judiciário, que decretou a prisão temporária do investigado”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado da SHPP, não se descarta a possibilidade de o professor Diomar Guterres ter conhecido o PM, também, por meio de um aplicativo de relacionamento. “Como a vítima sobrevivente disse a maneira como o investigado agia, nós não descartamos a possibilidade dele ter conhecido a vítima (Diomar) através de um aplicativo de relacionamento. Por essa razão, nós não descartamos, também, uma possibilidade de outras vítimas”, informou Marconi Matos.
O delegado explicou, ainda, que o carro e o celular da vítima ainda não foram recuperados. O que se sabe, até o momento, é que o investigado, após o crime, alugou o carro para um terceiro que foi identificado, conduzido ao DHPP, onde foi ouvido e depois liberado. Segundo Marconi Matos, o homem deve ser indiciado pelo crime de receptação.
Já o PM Emanuel Vasconcelos da Silva foi encaminhado à prisão do Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, em São Luís, onde ficará custodiado à disposição do Poder Judiciário. As investigações vão continuar a cargo do Departamento de Proteção à Pessoa, no intuito de buscar mais esclarecimentos sobre o crime.
Do G1 MA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário