domingo, 9 de outubro de 2022

Deputada federal eleita pelo PL é acusada de usar fundo eleitoral para pagar harmonização facial

Deputada usou fundo eleitoral para procedimento estético.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a condenação da deputada federal eleita Silvia Waiãpi (PL-AP) por ter supostamente usado dinheiro do fundo eleitoral para custear um procedimento de harmonização facial.

A representação da Procuradoria Regional Eleitoral do Amapá foi apresentada na quinta-feira (6) e tem como base o depoimento de Maite Luzia Mastop Martins, que trabalhou para Silvia Waiãpi como coordenadora da campanha. O Ministério Público Eleitoral pediu, ainda, a quebra do sigilo bancário tanto de Silvia quanto de Maite.

Maite relatou ao Ministério Público que sua então chefe repassou parte dos recursos que recebeu do fundo eleitoral para a conta de sua subordinada e mandou que ela usasse esse dinheiro para pagar uma clínica pela harmonização facial que estava fazendo.

Segundo Maite, a deputada eleita mandou que ela a encontrasse na clínica onde já estaria fazendo o procedimento. Ao chegar ao local, Silvia mandou sua coordenadora de campanha pagar pela cirurgia estética. O procedimento custou R$ 9 mil, tendo sido pago em duas transferências, uma de R$ 2 mil e outra de R$ 7 mil.

A coordenadora de campanha de Silvia Waiãpi apresentou ao MPE os comprovantes de transferência de sua conta para a conta da clínica estética. O responsável pelo procedimento, Willian Rafael Oliveira, também foi ouvido pela Procuradoria Regional Eleitoral e confirmou o pagamento.

Segundo a Justiça Eleitoral, Silvia recebeu R$ 126 mil do Diretório Nacional do PL, sendo R$ 100 mil do fundo eleitoral e R$ 26 mil do fundo partidário. De acordo com a prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, Maite recebeu mais de R$ 39 mil pelos seus serviços à campanha. Silvia Waiãpi foi eleita com 5.435 votos.

OUTRO LADO

Silvia Waiãpi, deputada federal eleita, Amapá (PL), por seu advogado, Flavio Goldberg, vem contestar informações veiculadas pela imprensa sobre representação do Ministério Público que teria sido feita junto ao TRE, Amapá, por denuncia de crime eleitoral feita por iniciativa de Maite Luzia Mastop Martins.

Embora não tenha sido intimada e sem acesso aos autos do procedimento, desde já consigna que os elementos constantes do noticiário são totalmente improcedentes, fruto de vingança pessoal e intrigas partidárias, bem como discriminação racial, dada a origem da declarante, manifesta a intenção de ajuizar o competente processo cabível na espécie.

QUEM É

Silvia Waiãpi se elegeu deputada federal pelo Amapá no último domingo com 5.435 votos, defendendo que as terras indígenas sejam abertas para obras de infraestrutura e atividades como mineração e agricultura em larga escala. Ela é militar e apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL).


Da CNN Brasil.

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