O Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) adotaram uma nova estratégia no narcotráfico internacional: a troca direta de cocaína por ecstasy (MDMA), segundo relatório da Europol e da Agência da União Europeia para as Drogas (EUDA), divulgado na última semana.
O modelo, conhecido como barter deal, dispensa dinheiro e dificulta o rastreamento por autoridades. O ecstasy, produzido principalmente na Bélgica e nos Países Baixos, é trocado por cocaína brasileira e colombiana — em média, 1 kg de MDMA por até 3 kg de cocaína.
Segundo o levantamento, o Brasil, antes rota de saída de cocaína, agora também se torna ponto de entrada de drogas sintéticas, que são distribuídas pelo PCC no mercado interno e em países vizinhos como Argentina, Uruguai e Chile. As facções usam suas redes logísticas e contatos internacionais para movimentar as drogas por contêineres, voos comerciais e até pelos Correios.
A manicure Eliene Amorim de Jesus, de 28 anos, natural do interior do Maranhão, segue detida no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, sob acusação de envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023. Sua prisão ocorreu em março daquele ano, na quitinete onde residia no bairro Angelim, na capital maranhense.
Segundo informações divulgadas pelo jornalista José Linhares Júnior, não há evidências diretas que comprovem a participação ativa de Eliene na depredação de patrimônio público ou na organização dos atos em Brasília. Eliene também era estudante de psicologia e missionária da Assembleia de Deus Campo Miracema (IADER/Turu).
Um dos pontos levantados contra ela é a publicação de um stories em que mencionava a experiência de escrever um livro sobre os acontecimentos. Testemunhas afirmam que ela estava do lado de fora do Palácio do Planalto no dia dos ataques. A oitiva das testemunhas indicadas pela defesa de Eliene e seu interrogatório estão marcados para o dia 3 de abril.
HISTÓRIA
Com 15 anos, Eliene deixou o povoado de Torozinho, em Turiaçu, para tentar a vida em São Luís. Lá, trabalhou como doméstica, babá, auxiliar de creche e manicure. Quase dois meses depois dos atos de 8 de janeiro, foi presa em flagrante e enviada ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, mesmo sem antecedentes criminais. Permanece na cela B9 do bloco B da unidade feminina.
Antes da prisão, estudava psicologia na Edufor, pagando o curso com seu trabalho como manicure. Interessada nos protestos, decidiu acompanhar os acampamentos em frente a quartéis para escrever um livro sobre o tema. A Polícia Federal apreendeu seu celular, que continha fotos comprovando sua pesquisa, mas isso não evitou sua detenção. Em 6 de janeiro de 2023, viajou para Brasília com dois rapazes que conheceu nos acampamentos.
Comprou suas passagens e foi registrada apenas com um caderno e uma caneta, anotando tudo. Depois dos tumultos, voltou ao Maranhão e seguiu sua rotina até ser presa dois meses depois. Os dois rapazes que viajaram com ela não foram detidos.
Desde sua prisão, Eliene tem enfrentado inúmeras dificuldades. Suas visitas foram restritas pelo ministro Alexandre de Moraes, permitindo apenas familiares e advogados. No entanto, sua família, que ainda vive em Torozinho, não tem condições financeiras para viajar regularmente a São Luís. De acordo com o vídeo publicado por José Linhares Júnior, até poucos meses atrás, Eliene sequer sabia exatamente quais eram as acusações contra ela.
Confira o vídeo do jornalista José Linhares Júnior:
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quarta-feira (26) para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado em 2022. Os cinco ministros votaram para aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os votos foram dos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Agora, os acusados passarão a responder a um processo penal — que pode levar a condenações com penas de prisão.
Quem são os denunciados que se tornaram réus: Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
Os oito denunciados passarão à condição de réus. A partir daí, será aberta uma ação penal na qual PGR e defesas poderão apresentar provas e depoimentos. No final do processo, os ministros julgarão se houve crime e, se condenados, os réus poderão pegar penas de prisão.
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (26), a segunda fase da Operação Hancórnia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa transnacional especializada no contrabando de migrantes brasileiros, especialmente do Maranhão, para os Estados Unidos. A investigação é fruto de uma cooperação entre a PF e a Homeland Security Investigations (HSI), agência norte-americana, que permitiu a troca de informações sobre a atuação do grupo no Brasil, México e EUA. A primeira fase da operação foi realizada em 2022.
Os investigados aliciavam moradores de diversas cidades maranhenses, organizando a travessia ilegal por meio de rotas na América Central. As vítimas pagavam valores elevados para realizar a viagem, muitas vezes assumindo dívidas com juros abusivos. A investigação identificou centenas de vítimas, incluindo crianças e adolescentes, além do uso de empresas de fachada para lavagem de dinheiro.
Mais de 50 policiais federais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva nos estados do Maranhão, Minas Gerais, Rondônia, Distrito Federal e Espírito Santo. A Justiça Federal determinou o bloqueio de aproximadamente 14 milhões em bens e ativos dos investigados. Nos Estados Unidos, a HSI prendeu um dos líderes da organização na região de Boston/Massachusetts e realizou a detenção de outros investigados para fins de deportação. As ações foram coordenadas e executadas simultaneamente para impedir a fuga dos investigados e garantir a preservação das provas.
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir na manhã de quarta-feira (26) se torna réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados em ação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomaram, na tarde desta terça-feira (25), sessão para avaliar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Pela manhã, houve manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e da defesa dos denunciados. Bolsonaro decidiu assistir presencialmente ao julgamento e estava sentado em frente ao relator do processo, ministro Alexandre de Moraes.
Nesta terça, os ministros apreciaram pedidos das defesas no sentido, por exemplo, de afastar Moraes, Zanin e Dino do julgamento. Essa preliminar foi julgada e derrubada por unanimidade, com placar de 5 a 0. Outro pedido foi pela incompetência da Turma para julgar o caso, além do impedimento do próprio STF. Os ministros, porém, mantiveram o julgamento na Primeira Turma. Nesse caso houve divergência do ministro Luiz Fux, que votou pela ida do julgamento ao plenário.
Moraes também votou a favor de negar pedidos de nulidade das defesas que alegam a prática de document dump, que é o excesso de documentos e desorganizados; e fishing expedition, que ocorre quando se faz a “pesca predatória” de provas. Além de cerceamento de defesa. Ele foi acompanhado pelos colegas de turma por unanimidade.
Por fim, os ministros rejeitaram o pedido da defesa de Bolsonaro por um juiz de garantias e a nulidade do acordo de delação premiada de Mauro Cid. Nesta quarta, o julgamento volta com o voto do ministro Alexandre de Moraes e dos demais membros da Primeira Turma sobre aceitar ou não a denúncia.
O Progressistas avançou na negociação para formar uma federação com o União Brasil, deixando encaminhada a criação de um novo megapartido do Centrão, que pode provocar uma grande reconfiguração política no Maranhão. O presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), se reuniu com lideranças da legenda na última terça-feira (19), resultando na autorização das bancadas da Câmara e do Senado para avançar com as negociações, com a apresentação de uma divisão de comandos por estado.
Com isso, a aliança partidária forçará a tomada de importantes decisões, impactando diretamente o cenário eleitoral de 2026. O embate coloca frente a frente três das principais forças políticas do estado. De um lado, o PP, comandado pelo ministro André Fufuca e um dos principais nomes da sigla no Maranhão. Do outro, o União Brasil, do deputado federal Pedro Lucas Fernandes e do ministro Juscelino no estado.
A disputa pelo controle da federação pode potencializar ainda mais Fufuca e Pedro Lucas Fernandes. Por outro lado, isso pode intensificar ainda mais o isolamento de Juscelino, o que pode resultar em enfraquecimento político mais ainda no estado. Bastante influente em Brasília, Fufuca caminha para ser o nome escolhido para comandar o megapartido. No âmbito estadual, ele contaria com apoio de Pedro Lucas Fernandes e Amanda Gentil. O trio poderia alcançar poder de voto capaz de influenciar qualquer decisão colegiada.
A junção entre as duas legendas consolidaria o grupo como uma das maiores bancadas do Congresso Nacional. Atualmente, o PP tem 50 deputados e seis senadores. Já o União Brasil abriga 59 cadeiras na Câmara e sete no Senado, entre eles o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (AP).
O cantor Gusttavo Lima anunciou nesta quarta-feira (19) que não vai concorrer a nenhum cargo político em 2026. No final do ano passado o artista havia manifestado intenção de participar da corrida eleitoral, e em janeiro uma pesquisa da Quaest apontou Gusttavo Lima como o nome mais competitivo em um eventual segundo turno com Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em um vídeo publico nas redes sociais, no entanto, Gusttavo Lima afirmou categoricamente que não irá concorrer a nenhum cargo.
"Quero ressaltar aqui que não sou candidato a nenhum cargo político. Em 26 não serei candidato. Nem mesmo sou filiado a nenhum partido. Manifestei sim meu interesse em ajudar o Brasil. Meu objetivo é contribuir de outras formas sem concorrer a nenhum cargo político", pontuou.
Segundo o artista, a intenção dele é criar um Instituto para auxiliar pessoas idosas em situação de vulnerabilidade. "Vou continuar fazendo minha parte, minhas ações sociais. [...] Gusttavo Lima não será candidato a nenhum cargo político. Ao contrário, quero que todos os lados políticos se unam em prol dos brasileiros".
Sarney foi presidente da República entre 1985 e 1990.
Nome indissociável da redemocratização do Brasil, o ex-presidente da República José Sarney foi homenageado nesta terça-feira (18) em sessão especial no Senado. Ao assumir o comando do país após 21 anos de ditadura militar, permanecendo à frente da nação de 1985 a 1990, o político maranhense possibilitou a estabilidade política para a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, a consequente promulgação da Constituição Federal de 1988 e o repasse do país à primeira eleição direta após o período de governo militar.
A homenagem é parte das comemorações dos 40 anos do retorno ao Estado democrático de direito no Brasil. Em um Plenário lotado, Sarney foi celebrado não só pelos parlamentares das duas Casas, mas também por atuais e ex-representantes do Executivo e do Judiciário, entre outros convidados.
Eleito de forma indireta vice-presidente da República, José Sarney assumiu a Presidência interinamente no dia 15 de março de 1985 e por definitivo em abril do mesmo ano após a morte do presidente Tancredo Neves. Prestes a completar 95 anos, Sarney soma mais de seis décadas de vida pública: também foi deputado, governador do Maranhão e comandou o Senado e o Congresso Nacional por quatro vezes.
Ao recepcionar a homenagem que lhe foi prestada, Sarney reverenciou importantes nomes da política nacional, assim como ao Senado Federal, onde esteve por 40 anos, e que definiu "como um importante e decisivo órgão que assegurou a perpetuidade nacional de nosso território".
"Hoje comemoramos a democracia, cujo coração é a liberdade, que deságua na formação do Congresso Nacional que é verdadeiramente representante do povo brasileiro: o Senado e a Câmara dos Deputados. É o período maior de nosso país com Estado de direito, sem hiatos, sob a égide da Constituição de 1988, que assegurou o exercício da cidadania em profundidade, com direitos individuais e direitos civis. Mas há um ponto importante nessa Constituição, que na sua convocação eu já advertia: da necessidade de implantarmos os direitos sociais no Brasil", disse o ex-presidente.
Sarney recordou as circunstâncias em que assumiu a presidência da República e falou da representatividade de Tancredo Neves na história nacional. O homenageado disse que Tancredo foi um grande conciliador e lembrou-se da frase do político mineiro Afonso Arinos que disse que "muitos deram a vida pelo país, mas Tancredo é o único que deu a sua morte pelo Brasil".
"Tancredo era um homem que sabia cumprir os princípios. (...) Sem ele, evidentemente, nós não teríamos essa sessão. Estaríamos talvez mergulhados no escuro", afirmou. O ex-presidente enfatizou ainda que o Brasil é uma democracia de massa: "Quando o povo participa, a cidadania exerce todos os seus direitos civis e individuais. (...) Mas temos a responsabilidade de ter a democracia como um dogma, como uma consciência pessoal".
Fonte: Agência Senado.
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"Ainda estou aqui" fez história ao ganhar o primeiro Oscar® da história do Brasil, na categoria de melhor filme internacional, neste domingo (02). Já na premiação geral, o grande vencedor foi "Anora", que venceu como melhor filme, melhor atriz (Mikey Madison) e em outras três categorias. Só seu diretor, Sean Baker, se tornou a primeira pessoa a ganhar quatro estatuetas pela mesma produção. "O brutalista" conseguiu três prêmios no total. Entre eles, o de melhor ator, para Adrien Brody. "Emilia Pérez", "Wicked" e "Duna: Parte 2" levaram dois cada.
"Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande em um regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir. Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro", afirmou o diretor Walter Salles em seu discurso de agradecimento.
O filme também estava indicado a melhor atriz, com Fernanda Torres, e melhor filme. Ambas as categorias ficaram com o grande vencedor da noite.
Ex-jogador de Sport, Palmeiras e Seleção Brasileira, Jackson Coelho Silva, de 51 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na noite do último domingo (23). Ele foi socorrido inicialmente para uma unidade de pronto atendimento (UPA) em Codó, no Maranhão, sua cidade natal, e depois transferido para o hospital macrorregional de Coroatá, devido à necessidade de internação em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo a família, Jackson está evoluindo bem, fora de perigo e sem sedação no momento. Ainda não há previsão de alta. Os familiares seguem confiantes na recuperação do ex-jogador e tranquilizam as pessoas que estão enviando mensagens para saber do estado dele. "Temos recebido muitas mensagens porque Jackson é muito querido. Jackson está bem e a cada dia vem melhorando cada vez mais", afirmou a irmã de Jackson, Allyne.
Carreira
Jackson passou por clubes como Mogi Mirim, Goiás e Comercial até ser contratado pelo Sport, em 1997. Fez parte de um super time do Leão, que conquistou o bicampeonato pernambucano (1997-1998). No Campeonato Brasileiro de 1998, teve grande desempenho e recebeu a Bola de Prata da revista Placar. Durante esse período, foi convocado para três amistosos com a Seleção Brasileira. O bom desempenho no Sport atraiu o interesse do Palmeiras, que o contratou em 1999 por 3 milhões de dólares. Jackson fez parte da equipe que conquistou a Copa Libertadores daquele ano.
Em 2000, foi negociado com o Cruzeiro, onde conquistou a Copa do Brasil. Posteriormente, passou por Internacional, Gama e Paulista antes de chegar ao Coritiba, em 2003. No clube paranaense, foi destaque e, em 2004, transferiu-se para o Emirates Club (EAU). Ainda em 2004, retornou ao Brasil para defender o Ituano e, em 2005, voltou ao Coritiba, onde se firmou como maestro da equipe até o fim de 2006.
Em 2007, assinou com o Vitória, onde ajudou o clube a subir para a Série A e conquistou o tricampeonato baiano (2007-2009). Em 2009, deixou o clube devido a cortes salariais. Após uma curta passagem pelo Santa Cruz, acertou com o ABC, onde foi peça-chave na conquista da Série C de 2010 e do Campeonato Potiguar de 2011, marcando um gol na final. Sem espaço no elenco que disputava a Série B, foi dispensado e encerrou sua carreira profissional.
Em artigo publicado nesta sexta-feira (21), o ex-presidente José Sarney fez um alerta sobre os efeitos do ódio na política e na sociedade brasileira, afirmando que “uma casa dividida não prospera”. Sarney resgatou episódios históricos e referências literárias para ilustrar como o ressentimento e o rancor podem deformar a convivência humana.
Embora tenha focado sua análise no cenário nacional, a mensagem do ex-presidente pode ser lida também como uma referência indireta à política maranhense, onde a relação entre Flávio Dino e Carlos Brandão se deteriorou nos últimos anos.
Aliados históricos, ambos hoje ocupam campos opostos, uma divisão que reflete a lógica de enfrentamento que domina o cenário político nacional. Para Sarney, o Brasil e seus líderes devem buscar o caminho do diálogo e da convergência, evitando que a radicalização impeça a prosperidade.
A Procuradoria-Geral da República ofereceu ao Supremo Tribunal Federal denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
A denúncia foi protocolada na noite desta terça-feira (18) no sistema eletrônico do STF e tem 270 páginas. Nesse texto, o procurador geral da República, Paulo Gonet, acusa formalmente 34 pessoas. Nessa lista estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é apontado pela PGR como líder de uma organização criminosa e que, segundo o procurador-geral da República, planejou, atuou, teve domínio de forma direta e efetiva em um plano de golpe de Estado para mantê-lo no poder.
A lista também inclui quatro ex-ministros do governo Bolsonaro, sendo três generais da reserva. Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro à reeleição; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa; e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Na casa de Anderson Torres, aliás, a PF encontrou uma minuta com teor golpista.
De acordo com as investigações, o plano teve início ainda em 2021, com ataques sistemáticos ao sistema eletrônico de votação por meio de declarações públicas e na internet. E a PGR lembra que, em julho de 2022, o então presidente da República, Jair Bolsonaro, se reuniu com embaixadores e representantes diplomáticos para verbalizar as conhecidas e desmentidas acusações sobre fraudes nas urnas eletrônicas. Segundo a denúncia, na tentativa de preparar a comunidade internacional para o desrespeito à vontade popular nas eleições presidenciais.
Ainda segundo a denúncia, durante o segundo turno das eleições, foram mobilizados aparatos de órgãos de segurança pública para mapear e impedir eleitores de votar no candidato da oposição - o agora presidente Lula. As pessoas envolvidas nessa etapa atuavam na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, facilitando os atos de violência e depredação em 8 de janeiro de 2023.
DEFESA
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou "indignação e estarrecimento" com a denúncia, que o acusa de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado. O comunicado, divulgado nesta quarta-feira (28), reitera que Bolsonaro nunca compactuou com qualquer tentativa de romper a ordem democrática no país. No texto, os advogados do ex-presidente afirmam que, após quase dois anos de investigações, não foram encontrados elementos que o liguem diretamente à suposta trama golpista. A defesa ressalta que Bolsonaro foi alvo de diversas diligências, incluindo medidas cautelares invasivas, como a prisão de aliados próximos e a análise detalhada de seus aparelhos telefônicos. Os advogados de Bolsonaro também criticam o que chamam de "narrativa fantasiosa" construída pela PGR. Segundo eles, a denúncia baseia-se essencialmente em uma delação premiada com versões alteradas diversas vezes por um único delator.
Ensaiada desde 2019, uma conciliação entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) selou uma trégua, agora em âmbito nacional, capitaneada por seus chefes máximos: Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Marco Willian Herbas Camacho, o Marcola. Conhecidos como "salves", os avisos internos do PCC de que agora é proibido matar integrantes da facção concorrente ou invadir território alheio começaram a pipocar por todo o Brasil nesta semana. Em especial em estados do Norte e Nordeste, onde o CV é predominante.
"Na verdade, desde a internação do Marcola (em agosto de 2023), essa trégua de fato já existia no Rio e em São Paulo. Agora ela se espalhou por outros estados", diz o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo.
A intenção do armistício é combater as regras impostas pelo Sistema Penitenciário Federal, onde estão presos os principais nomes de ambas as facções. Também esteve à mesa o compartilhamento das duas principais rotas de escoamento da droga do Brasil: a Caipira, que leva cocaína produzida na Colômbia, Bolívia e Peru pelo interior de São Paulo e Triângulo Mineiro até a África e Europa, monopolizada pelo PCC; e a do Solimões, no Amazonas, dominada pelo CV.
A notícia da trégua preocupou representantes das forças de segurança. Marcus Vinícius Oliveira de Almeida, secretário de Segurança Pública do Amazonas, teme que a união se volte contra o Estado. "Estamos bastante preocupados. A gente compreende que uma união dessas organizações criminosas, que deveriam, inclusive, já terem sido classificadas como terroristas, certamente terá reflexo negativo contra a população no curto prazo", frisa.
Um integrante do alto escalão do Sistema Penitenciário Federal afirmou, entretanto, que ainda não há trégua totalmente estabelecida. De acordo com essa fonte, a Secretaria Nacional de Políticas Penais está monitorando a situação. Interlocutores da Polícia Federal (PF) também ponderam que informações que confirmem o acordo ainda não foram detectadas.
Secretário de Segurança do Rio, Victor Santos relata que uma possível aproximação entre as duas facções foi tema de uma reunião recente que contou com a participação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. No encontro, especulou-se que o PCC poderia enxergar o CV como uma espécie de braço armado, enquanto a própria quadrilha paulista entraria com uma atuação mais sofisticada, compondo uma espécie de joint venture do crime.
Segundo Santos, o setor de Inteligência da pasta ainda não captou a confirmação de que a parceria efetivamente avançou. A possibilidade, no entanto, é vista como provável, nos moldes de acordos costurado no passado pelo PCC junto a milicianos do estado. "Hoje em dia, para eles, é tudo pelo negócio. Esquece tráfico de drogas. Hoje é território. Quando brigam, é por áreas", analisa o secretário de Segurança do Rio.
De O Extra.
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Em 10 cidades brasileiras, há mais pessoas no Bolsa Família do que domicílios, indica cruzamento de dados públicos disponíveis em janeiro de 2025. As regras do programa social vetam que uma mesma família receba duas vezes o benefício. Especialistas avaliam que há indício de concessão a pessoas que não atendem às especificações. O programa é concedido ao chefe da família, que pode ser homem ou mulher. Dessa forma, só uma pessoa pode ser titular do benefício. Há casos, pouco comuns, em que mais de uma família mora no mesmo endereço.
Esse dado é público. Pode ser verificado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a qualquer momento. Há uma alta possibilidade de haver fraudes nessas cidades com mais beneficiários do que casas. A estatística mostrada nesta reportagem também revela que tem sido ineficaz a iniciativa anunciada há cerca de 2 anos pela administração federal para fazer um pente-fino no principal programa social brasileiro.
A situação mais dramática é em Serrano do Maranhão, no interior do Estado. Há 3.953 casas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e 5.041 famílias no Bolsa Família (127,5% do total de domicílios), de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social. A prefeita da cidade, Val Cunha (PL), diz que houve erro no Censo de 2022: “A quantidade de domicílios está incorreta”. O procurador de Serrano, Rômulo Emanuel da Silva, disse que o povoado de Santa Filomena, onde vivem 200 pessoas, foi equivocadamente considerado como parte da cidade de Santa Helena. No povoado de Boa Esperança, com 800 pessoas, não houve visita de recenseadores, segundo Silva.
Outras cidades maranhenses, como Cachoeira Grande e Pedro do Rosário, estão na mesma situação, onde o número de beneficiários do Bolsa Família ser maior do que o de domicílios.
O governo federal tem se esforçado para reverter o crescimento da rejeição à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre outras medidas, a estratégia coordenada pelo ministro Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação, aposta em maior número de entrevistas e discursos do chefe do Executivo. Falas recentes de Lula, entretanto, estão rendendo críticas e criando novas crises que podem respingar na popularidade do governo.
Em entrevista, na manhã dessa quinta-feira (06), o titular do Planalto deu uma declaração que repercutiu mal e foi interpretada como mais uma “bola fora”. Ao tratar da alta dos preços dos alimentos, Lula sugeriu que os brasileiros não comprem itens caros. O objetivo, segundo ele, seria forçar que os preços baixassem.
“Se você vai ao supermercado e desconfia que tal produto está caro, não compra. Olha, se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que abaixar [o preço] para vender, porque senão vai estragar”, afirmou o presidente em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.
A fala está rendendo críticas da oposição. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), por exemplo, rebateu Lula e criticou o governo pela “falta de cortes de gastos nos ministérios, por não colocar gente competente nas estatais ou por não gerir melhor a economia”. “Para o governo, basta que os brasileiros parem de comer, beber e se deslocar que os preços caem”, ironizou o senador nas redes sociais.
O vídeo da declaração de Lula ainda foi compartilhado e ironizado nas redes sociais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A deputada federal Carol De Toni (PL-SC) também criticou Lula e afirmou que ele “resolveu jogar a culpa da inflação no próprio povo”.
O caso se soma a outras crises que envolvem enxurradas de críticas nas redes sociais por ações ligadas ao governo federal. Recentemente, a repercussão negativa de uma norma da Receita Federal que atualizava as regras sobre o monitoramento de transações financeiras — o que incluía as movimentações via Pix — levou o governo a revogar a medida (relembre). O saldo para a oposição, entretanto, foi positivo. Outra onda de críticas se deveu à ideia de mudar o formato da data de validade de alimentos. A sugestão, contudo, nem partiu propriamente do governo, mas sim do setor de supermercados. De qualquer forma, o assunto foi amplamente explorado pela oposição, que vem ganhando a batalha nas redes.
O repasse da terceira parcela de janeiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) está previsto para esta quinta-feira (30), totalizando R$ 6,5 bilhões. O montante representa um aumento de aproximadamente 17% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram transferidos R$ 5,5 bilhões. O especialista em orçamento público, Cesar Lima, avalia o resultado como positivo, mas alerta para a necessidade de atenção ao cenário econômico atual. Segundo ele, fatores como a alta do dólar podem reduzir o consumo da população e, consequentemente, impactar na arrecadação que forma o FPM.
PRINCIPAIS REPASSES POR ESTADO
O estado de São Paulo lidera em valores recebidos, com um total de R$ 801,6 milhões. Entre os municípios paulistas que se destacam estão Taubaté, Sumaré e São Vicente, cada um com repasses de R$ 3,5 milhões. Em Minas Gerais, que recebeu um montante de R$ 797,2 milhões, cidades como Pouso Alegre, Patos de Minas e Monte Sião também tiveram valores significativos, cada uma recebendo R$ 3,7 milhões.
No Maranhão, as prefeituras de Anapurus, Codó e Itapecuru-Mirim encontram-se em situação de inadimplência, estando impedidas de receber os repasses do FPM. Até o dia 26 de janeiro, 37 municípios em todo o país estavam bloqueados para o recebimento do fundo. Além das cidades maranhenses, entre os municípios afetados estão Eirunepé (AM), Casa Nova (BA), Aiuaba (CE) e Cabo Frio (RJ).
IMPORTÂNCIA DO FPM
Considerado a principal fonte de receita para cerca de 80% dos municípios brasileiros, o FPM é um repasse previsto pela Constituição Federal. Os recursos são formados por 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O valor recebido por cada município varia conforme a população, sendo atualizado anualmente com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Normalmente, as transferências ocorrem nos dias 10, 20 e 30 de cada mês.
Do Blog do Linhares Júnior.
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A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu cinco pontos percentuais em janeiro deste ano, atingindo 47%, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (27).
É a primeira vez que o índice de desaprovação supera a aprovação na série histórica, iniciada em fevereiro de 2023. Foram ouvidas 4.500 pessoas presencialmente entre os dias 23 e 26 de janeiro. A margem de erro é de um ponto percentual, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Confira mais detalhes:
Da CNN Brasil.
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As publicações nas redes sociais do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), têm adotado uma outra linguagem, demonstrando uma nova estratégia de comunicação por parte da equipe do chefe de Estado. O que antes era um perfil composto por fotos formais e pronunciamentos oficiais, agora vem sendo recheado com vídeos no estilo “TikTok”, muito parecidos com os conteúdos publicados pelo prefeito de Recife, João Campos (PSB), o que não é coincidência.
Desde que assumiu a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Sidônio Palmeira estabeleceu algumas mudanças na pasta. Dentre elas, está a substituição da pessoa encarregada pela Secretaria de Estratégias e Redes. Quem está atualmente no lugar é Mariah Queiroz, que trabalhou com as redes sociais do prefeito do Recife.
De acordo com uma apuração da CNN, o ministro chegou a sondar outros nomes da equipe do prefeito, considerado um “ótimo” exemplo de atuação nas redes sociais. Um dos cogitados foi o marqueteiro de Campos, Rafael Marroquim, que negou o convite, mas deve atuar como um consultor do governo em questões estratégicas. A reformulação da Secom busca melhorar o desempenho online do governo.
O consultor político e professor de Comunicação Política e Sociedade na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Giuliano Salvarani, à CNN, avaliou que a chegada do novo ministro da Secom tenta realizar duas mudanças principais no governo. “Primeiro, busca estabelecer uma nova dinâmica para atuação do digital. Em seguida, também serve para alterar a imagem que o governo tem passado. Ele (Sidônio) tem essa dupla função”, disse.
Depois de decidir pelo recuo da medida de fiscalização da Receita Federal sobre o Pix – o que resultou em muitas críticas ao governo -, o presidente Lula se reuniu pessoalmente com João Campos no Palácio do Planalto. Fontes no Planalto afirmaram, à âncora da CNN Tainá Falcão, que o presidente queria ouvir Campos sobre redes digitais.
O professor de Marketing Político Marcelo Vitorino diz que a “grande mudança”, até agora, é “um Lula mais disposto a falar diretamente com quem está nas redes sociais”. Isso pode ser percebido em diversos vídeos no perfil oficial do presidente. Um deles é o que Lula comemora as indicações do filme “Ainda Estou Aqui” ao Oscar. No início da gravação, ele se dirige ao espectador. Olhando para a câmera, Lula diz: “você se lembra quando eu dizia que o bom do brasileiro é porque ele não desiste nunca?”
“A chegada dessas pessoas, que acompanham o João Campos, tem muito a ver com isso. A gente já observa essa mudança brutal de linguagem, que tem a ver com a questão de mais dinamismo, a ausência de fotos para uma linguagem mais divertida, como, por exemplo, a utilização do ponto de vista, que é como se você estivesse interagindo com o próprio presidente”, diz Salvariani.
Ele avalia que essa nova linguagem traz uma repaginada não só para as redes de Lula, mas também para a própria “persona” do presidente. “Essa nova linguagem do Lula, atinge todos os públicos. Passa a dar uma figura do homem simples, do presidente acessível, do herói da nação… de alguém que também se diverte. É uma mudança não só de comunicação, mas de persona mesmo do presidente”, diz.
A mudança, ponderam os especialistas, pode ser positiva para a visibilidade do governo. “A comunicação do Lula deixou de ser estática para ser dinâmica. É uma necessidade do governo se movimentar para recuperar os desgastes que ocorreram”, diz Salvariani.
Da CNN Brasil.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou dos planos que tem para a família nas eleições gerais de 2026. De acordo com ele, a esposa Michelle Bolsonaro e os filhos Flávio e Eduardo disputam vagas no Senado. Para a Câmara, devem sair Carlos e Jair Renan. Assim, cinco integrantes da família pretendem disputar cadeiras no Congresso Nacional.
Em entrevista à Revista Oeste, Bolsonaro foi questionado sobre eventuais candidaturas do influenciador Pablo Marçal (PRTB), do cantor Gusttavo Lima e de Michelle. Ele respondeu que não falaria dos dois primeiros.
Segundo Bolsonaro, Michelle foi figura fundamental para a eleição de Damares Alves (Republicanos-DF) ao Senado. “A própria Damares disse que Michelle foi decisiva à campanha dela. Damares é uma surpresa positiva. Michelle teria o apoio da Damares, e o meu. Tenho certeza que grande parte dos evangélicos são simpáticos a ela. Então ela tem uma eleição aqui com muita chance no DF. Então aqui está fechado”, disse.
Além da esposa, ele citou os filhos, já em cargos eletivos. Flávio é senador pelo Rio de Janeiro, Eduardo é deputado federal por São Paulo, Carlos é vereador no Rio de Janeiro, e Jair Renan Bolsonaro foi eleito em 2024 vereador em Balneário Camboriú (SC), todos pelo PL.
Bolsonaro afirmou que Flávio concorre à reeleição, enquanto Eduardo tenta o Senado. Carlos e Jair Renan podem tentar a Câmara dos Deputados. "Meu filho Flávio vem para eleição no Rio de Janeiro. Meu outro garoto, Eduardo, vem para o Senado por São Paulo. Carlos, se não deixarem ele inelegível, vem como deputado federal. E tem um 04, que foi o vereador mais votado de Balneário, que talvez venha candidato a deputado federal", explicou.
Sobre a eleição presidencial, ele afirmou que há nomes surgindo, mas ainda quer ser candidato. “Nós temos jovens lideranças no PL. O PT não tem jovem liderança. Tem nomes aparecendo. Talvez não temos ainda lideranças de âmbito nacional. Por isso insisto em buscar meu direito”, disse. O ex-presidente está inelegível por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele disse estar feliz por ter feito nomes surgirem ao redor do país. Ele citou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que podem ter seu apoio em suas reeleições.
Veja a entrevista na íntegra:
Da Revista Oeste.
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Acuado por forte pressão popular, o governo Lula decidiu recuar e vai revogar a portaria da Receita Federal que ampliava o monitoramento das transações feitas por Pix (relembre). “Vamos revogar o ato da Receita que mudou valores para monitoramento de movimentações financeiras”, disse o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, após reunião no Palácio do Planalto.
Segundo ele, “Pessoas inescrupulosas distorceram e manipularam o ato normativo da Receita Federal, prejudicando muita gente no Brasil, milhões de pessoas, causando pânico principalmente na população mais humilde”. E continuou: “Pela continuidade do dano, vamos revogar esse ato. Um outro ato será anunciado e tramitará no Congresso”.
Na verdade, a medida gerou desconfiança de que o governo Lula, que não consegue cortar gastos, estava de olho no dinheiro de quem faz transações de mais de 5 mil reais por mês. A desconfiança levou a quantidade de transações do Pix a cair mais do que o normal em janeiro, segundo dados do Banco Central (saiba mais).
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma medida provisória será encaminhada para tratar do assunto. “Uma medida provisória que reforça os princípios tanto da não oneração, da gratuidade do uso do Pix, quanto de todas as cláusulas de sigilo bancário em torno do Pix, que foram dois objetos de exploração por parte dessas pessoas que estão, na nossa opinião, cometendo um crime”, disse Haddad.
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