quarta-feira, 16 de julho de 2025

Homem é condenado pela morte do amante da esposa em Cantanhede, mas vai ficar em liberdade

Julgamento em Cantanhede.
Em júri realizado nesta segunda-feira, 14, na Comarca de Cantanhede, o Conselho de Sentença decidiu pela condenação do réu Loriano Ribeiro da Fonseca. Ele estava sendo julgado sob acusação de ter mandado matar a vítima João Batista Soares, fato ocorrido em 14 de junho de 2017. Sobre o crime, Loriano teria, junto com mais duas pessoas, planejado o assassinato de João Batista, na localidade Centro do Altino, na zona rural de Matões do Norte. A sessão de julgamento ocorreu na Câmara de Vereadores de Cantanhede e teve a presidência da juíza Bruna Fernanda Oliveira.

De acordo com informações constantes na denúncia, Loriano e sua companheira teriam contratado uma terceira pessoa, Clemilton das Chagas, para executar a vítima, bem como ocultar o cadáver. O denunciado teria descoberto o relacionamento extraconjugal da vítima com sua então companheira, razão pela qual teria encomendado a morte de João Batista. Em interrogatório à polícia, Loriano, apesar de ter negado a autoria do crime no primeiro momento, confessou posteriormente ter encomendado e planejado a morte de João.

Ele declarou que já estava percebendo que a vítima e sua companheira estavam tendo um caso. A companheira de Loriano teria negado qualquer tipo de envolvimento amoroso com a vítima, contudo, mencionou que João Batista estava assediando ela. Diante de toda a situação, o denunciado teria entrado em contato com Clemilton, já falecido, para praticar o assassinato, afirmando que a companheira sabia de tudo. No dia dos fatos, o denunciado saiu para trabalhar junto com a mulher, enquanto Clemilton permaneceu escondido na residência do casal à espera da vítima.

CORPO EM UM SACO

Na data citada, próximo ao horário do almoço, Loriano teria recebido uma ligação de Clemilton, informando que “o serviço estava feito”. Em interrogatório, também prestado em sede policial, a mulher confirmou ter tido relações com a vítima, fato que chegou ao conhecimento de seu companheiro. Ato contínuo, o réu e o executor teriam colocado o corpo de João Batista em um saco e arrastaram puxando o corpo da vítima a cavalo, com o objetivo de esconder o cadáver.

Ressalta-se que as testemunhas ouvidas pela polícia fundamentaram os interrogatórios dos denunciados, visto que mencionaram ter visto a vítima passando em direção ao local do crime e ouviram o tiro disparado. Mencionaram, ainda, os boatos acerca da relação amorosa entre a vítima João Batista e a companheira de Loriano. Ao final da sessão de julgamento, Loriano recebeu a pena de 14 anos e três meses de prisão. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver. “Concedo ao réu o direito de recorrer em liberdade, haja vista ausência de pedido em sentido contrário. E, ademais, pela condenação ter sido a período menor do que 15 anos, conforme julgado do Supremo Tribunal Federal em tema de repercussão geral 1068”, finalizou a juíza na sentença.

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