Imagem ilustrativa. |
De acordo com as investigações, havia um grupo de pessoas que atuavam como facilitadoras do transporte de cargas de madeira clandestina no Maranhão; esses intermediários entravam em contato com os policiais rodoviários federais participantes do esquema no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Inês (MA), para combinar a passagem de caminhões carregados sem a fiscalização, mediante o pagamento de propina.
As propinas eram entregues aos policiais rodoviários federais durante a passagem dos caminhões pelo posto da PRF em Santa Inês ou em encontros em locais próximos, como postos de gasolina e oficinas mecânicas; em troca, os PRFs integrantes do esquema permitiam a passagem da madeira sem qualquer fiscalização. Além da PRF, verificou-se que fato semelhante ocorria no Posto Fiscal Estaca Zero, envolvendo os conferentes de cargas, que permitiam também a passagem dos veículos.
A madeira ilícita circulava entre o Pará e o Maranhão, sem a documentação que garantiria sua procedência legal ou era fraudada – o DOF, que é expedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A denúncia do MPF é o resultado do trabalho conjunto desenvolvido pelo MPF, PF e Corregedoria da PRF, em decorrência da operação Via Perditionis, que foi deflagrado em novembro de 2018, com ordens judiciais de prisão preventiva dos intermediários e de afastamento dos policiais rodoviários federais envolvidos (reveja).
Agora, os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, de transporte ilegal de madeira, de obstrução da ação fiscalizadora ambiental, de corrupção passiva e de receptação qualificada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário