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Imagem ilustrativa. |
O promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MPSP) Lincoln Gakiya confirmou o fim da trégua histórica e destacou que os interesses territoriais de ambas as partes e a disputa por tráfico são alguns dos principais causadores do rompimento. Segundo ele, nenhum dos lados quer abrir mão dos espaços que ocupam. O promotor também pontuou que as facções têm perfis organizacionais que divergem, o que também dificulta a implementação da trégua. O promotor ressaltou, ainda, que era até esperado que a trégua durasse pouco tempo. “A informação que tive conhecimento, já há algum tempo, é de que o Marcinho VP não teria dado aval para essa trégua, o que seria indispensável”, completou.
FIM DO ACORDO
Desde segunda-feira (28), circulam, nas redes sociais, “salves” — expressão usada para descrever um tipo de “comunicado oficial” expedido pelas facções — decretando o fim da trégua entre as organizações criminosas. Em uma das notas, intitulada como “comunicado geral”, o PCC bateu o martelo e escreveu que “chegou ao fim nossa aliança e qualquer compromisso com o Comando Vermelho”.
Em uma “circular informativa”, com assunto “Ruptura de Aliança com o PCC e Reforço de Diretrizes Internas”, o Comando Vermelho informou que não manteria mais qualquer aliança ou compromisso com o PCC. Em seguida, o grupo reforça regras do regimento interno da facção e declara que qualquer membro do CV que cometer atos que manchem o nome da facção, conforme previsto no estatuto da organização, será punido “exemplarmente, independente de haver ou não aliança”.
Diferentemente das outras notas, que informam o fim da trégua com pacificidade, um dos comunicados diz que não haverá mais qualquer tipo de trégua com o PCC dentro do estado de Santa Catarina e declara guerra ao grupo rival. “Não iremos ter mais trégua nem cessar-fogo com o PCC. A guerra está em aberto. Resumindo, o PCC é nosso inimigo até o fim. Irmãos, sem qualquer tipo de ideia ou diálogo, não vamos aceitar nenhum integrante do PCC no nosso solo sagrado e iremos eliminar todos que descobrirmos dentro do estado. A guerra é sem fim até a última gota de sangue. Não queremos ideia nenhuma com esta organização”, diz.
Do Metrópoles.