quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Fundador do PCM e atual chefe do CV no Maranhão é preso em São Paulo

Momento da prisão.
A polícia civil do Maranhão, por meio do Departamento de Combate ao Crime Organizado da Superintendência de Investigações Criminais (DCCO/SEIC), prendeu Josué Santos da Silva, conhecido como “Gaspar”, apontado como um dos fundadores da facção criminosa Primeiro Comando do Maranhão (PCM). A captura ocorreu no bairro Jardim Record, em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, com apoio da polícia civil paulista. A localização do foragido foi possível após trabalho investigativo do DCCO/SEIC, que identificou o paradeiro de Gaspar no município.

O investigado estava foragido desde 2022, quando recebeu o benefício da saída temporária do Dia das Crianças e não retornou ao sistema prisional. Contra ele havia um mandado de recaptura expedido pela 1ª Vara das Execuções Penais de São Luís, com pena total de 40 anos, 3 meses e 14 dias de reclusão pelo crime de homicídio. Após os procedimentos legais, o preso será reencaminhado ao sistema prisional maranhense, onde permanecerá à disposição da Justiça para o cumprimento do restante da pena.

Quem é Josué Santos

Considerado um dos criminosos mais influentes da facção PCM, onde exercia papel de liderança, Josué Santos da Silva, o Gaspar, responde a mais de 18 processos criminais pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, associação criminosa, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e roubo, totalizando mais de 40 anos de condenação. Ele ingressou no sistema prisional maranhense em março de 2012, após ser preso em flagrante em Santa Rita, pelos crimes de associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo com numeração raspada e posse de drogas para consumo pessoal.

Um ano depois, em 2013, enquanto ainda cumpria pena, foi intimado de novo mandado de prisão por condenação pelo crime de roubo majorado pelo emprego de arma e concurso de agentes. No mesmo ano, foi transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), junto com outros detentos de alta periculosidade e com forte influência no tráfico de drogas e homicídios no Maranhão. As investigações apontam que, com a aliança firmada entre o PCM e o Comando Vermelho, Gaspar migrou para o Comando Vermelho, onde passou a ocupar posição de destaque dentro da estrutura criminosa, tornando-se uma das principais lideranças da organização e assumindo funções estratégicas.

Entre os crimes pelos quais possui condenação, ele foi sentenciado a 21 anos, 10 meses e 3 dias de reclusão por liderar uma organização criminosa armada com atuação na região da Cidade Olímpica (área Leste da Grande Ilha), além dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. À época das condenações, Gaspar já se encontrava preso, e a sentença judicial destacou que ele, mesmo recolhido, mantinha poder decisório sobre o tráfico de drogas e sobre o chamado “tribunal do crime”, do qual era presidente.

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