sábado, 11 de dezembro de 2021

Para Lula, chapa com Alckmin é melhor estratégia contra Moro

Lula e Alckmin.
Apesar de enfrentar resistências de alas mais à esquerda do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do partido à Presidência da República, tem defendido diante de interlocutores próximos uma possível chapa tendo como vice o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (de saída do PSDB). Para o petista, a composição com o antigo rival é a melhor estratégia para enfrentar quem ele vê como potencial adversário de peso em 2022: o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (Podemos).

“O Lula quer muito”, contou um petista bastante ligado ao ex-presidente, que pediu reserva. “Lula acha que, de fato, nosso adversário principal vai ser o Moro, e, cada vez mais, isso está evidente. A terceira via, enfim, encontrou o seu nome, depois de muita batalha”, avaliou ele ao Metrópoles.

Entre pessoas próximas a Lula, Alckmin já tem sido chamado de “antídoto” contra um provável crescimento de Moro entre setores da elite financeira brasileira, insatisfeitos com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que pretende disputar a reeleição.

Conversas

No último encontro de Lula com Alckmin, na sexta-feira (3/12), o ex-presidente teria reafirmado ao ex-governador o desejo de formar a chapa, idealizada em julho deste ano durante uma conversa entre os dois, ocorrida na casa do ex-deputado e ex-secretário de Educação de São Paulo Gabriel Chalita.

Entre julho e dezembro, Lula e Alckmin mantiveram conversas pelo telefone. O encontro da semana passada ocorreu após o resultado das prévias do PSDB, que decidiu pelo lançamento do atual governador paulista, João Doria, ao Planalto e consolidou a decisão de Alckmin de deixar o ninho tucano.

A direção do partido evita confirmar a existência de um convite: “Houve encontro, mas ainda não há negociação sobre essa questão da vice”, disse ao Metrópoles a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR). “O nome do Alckmin ganhou um impulso grande pela imprensa e por movimentos muito estimulados por São Paulo, envolvendo as eleições para governador”, minimizou.

“Alckmin é candidato [ao governo de São Paulo], tem o Márcio França (PSB) e tem o Fernando Haddad (PT). Acabou que, estimulado por esse movimento e, talvez para acertar uma situação de disputa em São Paulo, essa história ganhou vida própria”, destacou Hoffmann.

Na visão de outro petista histórico, que também prefere não ser identificado, a negociação avançou, mas as condições ainda precisam ser dadas e analisadas pelo próprio Alckmin, inclusive com a definição de em qual legenda ele se filiará.

“É bobagem dizer que não existe, mas é uma coisa que ainda está em curso. Pode dar certo, pode não dar. Ainda é preciso ver em que condições isso irá acontecer. Em qual partido?”, disse outro petista do círculo de Lula.

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Do Metrópoles.

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