terça-feira, 17 de agosto de 2021

Comoção e revolta marcam enterro de vítimas de atropelamento em São Luís

As vítimas foram atropeladas na Av. Cajazeiras.
Foi realizado nesta segunda-feira (16), o velório e sepultamento das três vítimas de um atropelamento registrado em uma parada de ônibus no sábado (14), na Avenida das Cajazeiras, em São Luís. O veículo era conduzido por uma adolescente de 17 anos, que está apreendida.

Durante a cerimônia, muita comoção por parte de parentes e amigos das vítimas. Deivid Pacheco, de 13 anos; Maria Raimunda de Sousa, de 57 anos e João Victor de Sousa, de 15 anos, foram atropelados enquanto aguardavam um ônibus após a saída de uma igreja. Outras três pessoas ficaram feridas.

Maria Raimunda de Sousa morreu na hora. Deivid Pacheco e João Victor, ainda chegaram a ser socorridos mas não resistiram e morreram. Nesta segunda-feira, seria o aniversário de 16 anos de João Victor.

Danielle Pacheco, mãe de Deivid, está inconformada com a morte precoce do filho, que era conhecido pelo jeito alegre. Revoltada, ela pediu justiça para o caso.

"Meu filho tinha 13 anos, era uma criança feliz, cheia de vida, que foi interrompida (...) Tudo que eu peço pra Deus é que tenha justiça, porque se tem alguém que não era culpado disso era ele, somos nós, é a família do João Victor, da senhora, nós não temos culpa de nada. Eles que são irresponsáveis, vão poder abraçar alguém, beijar alguém, mesmo que seja na cadeia, aqui isso nunca mais vai acontecer, eu nunca mais vou ver meu filhinho", disse.

Deivid Pacheco praticava judô e recebeu uma homenagem dos colegas de turma nesta segunda-feira. Inconsolável, o professor do menino, Ítalo Nunes, relembrou algum dos momentos que viveu ao lado da criança.

"O judoqui sempre ficava no braço e eu sempre tinha que amarrar a faixa dele e arrumar a gola do judoqui, mas hoje eu não pude. Todos vieram me cumprimentar, mas o Deivid não pode me cumprimentar", lamentou.

Do G1 MA.

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