Vacina é forma mais eficiente de proteção contra o sarampo. (Foto: Divulgação) |
Um homem, de 33 anos, vindo de Santos (SP), é o terceiro caso confirmado de sarampo no Maranhão em 2019 e o primeiro em São Luís. Morador do Maracanã, ele foi atendido na UPA da Cidade Operária, no domingo (1º), e em menos de 24 horas a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Vigilância Epidemiológica do município realizaram as ações de bloqueio, com imunização dos contatos diretos. Conforme protocolo médico, ele se encontra em tratamento doméstico.
“O homem não era vacinado e apresentou a sintomatologia no domingo. Na segunda mesmo, foi realizada a vacinação de bloqueio, que são todas as pessoas identificadas que tiveram contato com ele. Isso deve acontecer em até 72 horas, mas fizemos em 24 horas. É uma vacinação seletiva, ou seja, de acordo com a situação vacinal registrada na carteira de vacinação”, explica a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Léa Márcia Melo.
O homem é residente de São Luís, mas trabalha na cidade de Santos, em São Paulo – estado que teve confirmação de três mortes e mais de 2.200 casos, sendo o epicentro do surto no país. No dia que chegou de viagem, 15 de agosto, o paciente ainda não estava no período de transmissibilidade da doença.
Os dois primeiros casos confirmados da doença foram registrados em Vitorino Freire, uma mulher de 40 anos, vinda de São Paulo, e em Lago da Pedra, um bebê de 8 meses. Em todos os três casos, as pessoas não eram vacinadas.
Cobertura
De acordo com dados registrados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), a Unidade Regional de São Luís, formada por São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara, tem a menor cobertura vacinal entre as unidades regionais de saúde maranhenses no período de janeiro a julho deste ano.
Em relação à primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), ministrada em crianças de 12 meses, a URS de São Luís só registrou 4.897 doses aplicadas, ou seja, 39,53% da meta proporcional ao período (12.389).
A cobertura registrada da segunda dose da vacina (15 meses de idade) da URS de São Luís foi de 28,44% (3.523 doses) da meta estipulada (12.389). A cobertura é calculada de acordo com a meta proporcional aos sete primeiros meses do ano. De janeiro a julho, o Maranhão alcançou a cobertura vacinal de 68,52% em relação à primeira dose da tríplice viral e 52,19% de cobertura da segunda dose.
“A proteção contra o sarampo é a vacina. Todos os municípios devem ficar alerta, porque o vírus está circulando no país e precisamos contê-lo. O Governo do Estado tem investido desde o ano passado em ações de capacitação nos municípios. Temos mais de 400 profissionais formados em oficina de resposta rápida do sarampo, mas a população precisa tomar a vacina”, acentua Léa Márcia Melo.
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