Obras do Centro de Ciências Agrárias da UemaSul. (Nael Reis) |
Em 2017, o Nordeste perdeu mais de 14 mil empregos com carteira assinada. Em março de 2018, a mais recente medição, a região eliminou mais 13 mil postos formais de trabalho. O Maranhão faz parte do Nordeste, mas foi na contramão da região. O Estado criou vagas tanto em 2017, quanto em março de 2018 – e em ambas as situações, se saiu melhor do que a média nacional.
No saldo de contratações e desligamentos, o Maranhão criou 1.221 novos postos formais no ano passado. Bem diferente da situação do Brasil inteiro, que fechou 20.832 postos em 2017. No último mês de março, o Estado criou 1.017 vagas, um aumento de 0,22%. O Brasil também teve aumento de vagas, mas em ritmo menor: 0,15% de acréscimo.
Com esse desempenho, o Maranhão vem combinando dois elementos que nem o país e nem o Nordeste têm conseguido: geração de emprego com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ao mesmo tempo.
Segundo estudo do Itaú Unibanco, o Maranhão foi o Estado que mais cresceu em 2017. O Brasil também teve alta do PIB, mas sem conseguir criar emprego com carteira assinada.
Investimentos
Esse cenário tem muito a ver também com os investimentos e incentivos feitos pelo Governo do Maranhão. O Estado foi o quarto que mais ampliou investimentos em 2017 em todo o país, com alta de 25,64%. O total foi de R$ 1,176 bilhão, mesmo em meio à grave crise fiscal.
São centenas de obras e empreendimentos em execução, o que estimula o mercado de trabalho. Na Indústria e no setor de Serviços, por exemplo, um dos investimentos mais recentes para atrair negócios é o novo Parque Empresarial de São Luís.
O local já despertou o interesse de dezenas de empresas, e um dos empreendimentos já está aberto, o que gerou 500 empregos imediatamente e vai chegar a 2 mil.
“Temos realizado um trabalho de ambiência favorável aos negócios. Estamos num esforço de atração de investimentos com foco no desenvolvimento econômico para geração de emprego e renda, apoiando sempre a expansão de empresas já instaladas aqui. Temos como exemplo a nova área industrial de São Luís, que já tem empresas instaladas e outras em fase de obras e licenciamento”, diz o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Energia, Expedito Rodrigues.
Além disso, as cidades de Imperatriz, Caxias, Timon e Pinheiro também têm Parques Empresariais. São locais com atrativos para novos empreendimentos, sempre com o objetivo final de gerar empregos e fazer a economia do Estado crescer.
Agronegócio
O Agronegócio é um dos setores que mais têm contribuído para a geração de emprego no Maranhão. Os produtores têm recebido diversos incentivos do Governo do Maranhão, como redução de impostos.
Os incentivos também são voltados para os pequenos produtores. O Governo do Maranhão lançou recentemente o selo com a inscrição "produto maranhense" para destacar a produção da agricultura familiar. Os itens ficam expostos em grandes supermercados. É a garantia que o consumidor está comprando e valorizando a produção agrícola feita no próprio Estado.
“Vivemos 50 anos de atraso, mas já começamos a ver resultados importantes. Um exemplo é na Ilha de São Luís, onde nós entramos nos mercados e vemos uma gôndola de produtos maranhenses. Vemos a presença do Governo do Estado”, diz o secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), José Edjahilson Sousa.
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