Bouboulina, navio petroleiro operado por empresa grega, é suspeito de derramar o óleo que atinge o Nordeste. |
A Marinha brasileira afirmou, neste sábado (2), que o navio grego investigado pela Polícia Federal é o principal suspeito, entre 30 embarcações, de ter derramado óleo e causado as manchas no litoral do Nordeste. O órgão reforçou que os trabalhos para esclarecer o desastre continuam.
Em nota ao G1, a Marinha não mencionou como o relatório da empresa HEX Tecnologias Especiais, que colocou o petroleiro grego na mira das investigações, dialoga com os esforços já realizados anteriormente por instituições e pesquisadores brasileiros.
Investigações da PF
Segundo a Polícia Federal, o petroleiro grego se chama Bouboulina e foi carregado com 1 milhão de barris do petróleo tipo Merey 16 cru no Porto de José, na Venezuela, no dia 15 de julho. Zarpou no dia 18, com destino à Malásia.
A embarcação é alvo da Operação Mácula, desencadeada pela PF na última sexta-feira (1º). Ela foi apontada como suspeita com base em um relatório produzido pela HEX Tecnologias Especiais, que afirma ter realizado a análise de dados de satélite para localizar as manchas. Segundo a empresa, para chegar ao resultado, foi feito um cruzamento com softwares de monitoramento de navios.
Depois de sair da Venezuela e trafegar sempre com seu sistema de localização ativo, o navio Bouboulina passou a oeste da Paraíba em 28 de julho. As investigações do governo brasileiro apontam que a primeira mancha no oceano foi registrada em 29 de julho, a 733 km da costa da Paraíba. As primeiras praias do país afetadas foram no município paraibano de Conde em 30 de agosto.
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