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sábado, 22 de março de 2025

Operação Rolezinho apreende 25 motocicletas adulteradas em São Luís

Motos apreendidas.
Uma ação integrada para coibir a circulação de motocicletas com sinais identificadores adulterados, suprimidos ou sem placas realizada em São Luís nesta quinta-feira (20) resultou na apreensão de 25 veículos em situação irregular. A iniciativa envolveu a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Perícia Oficial, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) da capital e o Ministério Público do Maranhão (MPMA).

A ação é um desdobramento da Operação Rolezinho, conduzida pelo MPMA para coibir a circulação de motocicletas com escapamentos adulterados que produzem ruído excessivo. Desta vez, o foco foi a identificação e apreensão de veículos em situação irregular, além da repressão a crimes praticados com motocicletas sem placas ou com sinais identificadores suprimidos.

Um levantamento da Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública foi considerado para deflagração da operação. Foi identificado que, nos últimos quatro meses, cerca de 200 assaltos à mão armada na região foram cometidos utilizando motocicleta sem placas na Grande Ilha, estratégia utilizada pelos criminosos para dificultar a identificação e investigação policial.

Durante a ação, as equipes atuaram em pontos estratégicos da cidade, identificando, abordando e conduzindo suspeitos até um local específico, onde as motocicletas passaram por perícia para verificação de irregularidades e adoção das medidas cabíveis. No caso dos veículos sem placas, a documentação foi checada.

Das 25 motocicletas apreendidas durante a operação, quatro estavam com sinais identificadores suprimidos e os condutores delas foram levados para a delegacia para os procedimentos cabíveis. O restante foi encaminhado para o pátio da SMTT, sendo 20 por ausência de placa e uma por dispositivo anti-radar.

O titular da delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, delegado Rafael Almeida, destacou que a ação busca não apenas reprimir, mas também prevenir crimes patrimoniais. "O objetivo dessa operação é identificar e apreender motocicletas com sinais identificadores adulterados ou suprimidos, bem como motocicletas que estão trafegando em vias públicas sem as respectivas placas, porque nós identificamos que muitas motocicletas sem placas estão sendo utilizadas em crimes patrimoniais".

O delegado Rafael Almeida reforçou ainda que a ação não afeta trabalhadores que utilizam motocicletas regularmente. "Essa operação não visa, de forma alguma, apreender motocicleta de trabalhadores. O nosso objetivo é apreender motocicletas produtos de crime, que estão em situação ilícita e, assim, prevenir crimes nessa região".

A adulteração de veículo automotor pode incluir remarcação de chassi, troca de placas, uso de peças adulteradas ou falsificação de documentos. A prática é considerada crime, com pena de reclusão de três a seis anos, além de multa.

quinta-feira, 13 de março de 2025

Aged apura denúncias de abate clandestino de bovinos em Vargem Grande

Matadouro.
Uma equipe da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED) foi destacada para apurar denúncias de abate clandestino de bovinos, no município de Vargem Grande, na última terça-feira (11). O mal cheiro e as condições precárias do local, indicando a realização de abates irregulares, foram o alvo das denúncias.

Durante a ação, que teve apoio da polícia militar, foi constatado que as instalações estavam fora dos padrões higiênicos-sanitários como preconiza a legislação vigente e foi encontrado ainda carcaças e restos de bovinos descartados de forma irregular.

O local foi interditado e o proprietário foi notificado e orientado sobre a ilegalidade do abate clandestino e os riscos que isso representa à saúde pública. A AGED segue cumprindo com o dever legal de fiscalizar estabelecimentos de abate reforçando a importância do Serviço de Inspeção Oficial como forma de garantir a inocuidade e qualidade dos produtos de origem animal que chegam a mesa do consumidor.

Atualmente, o estado do Maranhão conta com 12 abatedouros frigoríficos registrados no Serviço de Inspeção Estadual (SIE), sendo sete exclusivos para bovídeos. Os demais abatedouros registrados são um para bovinos, ovinos e caprinos; um para aves, dois para suínos e um para ovinos e caprinos, exclusivamente.

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terça-feira, 11 de março de 2025

Mundim é nomeado Secretário de Meio Ambiente de Vargem Grande

Nomeação dos novos secretários.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

O ex-vereador de Vargem Grande Raimundo Nonato Teles Viana, o Mundim, acaba de ser anunciado pelo prefeito Preto como novo secretário municipal de Meio Ambiente. Leonardo Almeida será o secretário adjunto.

"É com grande satisfação que anunciamos a nomeação de Mundim Teles como o novo secretário de Meio Ambiente. Assumindo essa importante missão, ele contará com a parceria de Leonardo Almeida, que exercerá a função de secretário adjunto. Desejamos sucesso à nova equipe na busca por um futuro mais sustentável!", disse Preto em suas redes sociais.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Preso morador da Liberdade que mantinha relação sexual com cachorros

Local onde os animais eram mantidos.
Uma operação coordenada pela polícia civil do Maranhão, através da Delegacia de Meio Ambiente (DEMA), resultou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um imóvel situado no bairro da Liberdade, em São Luís. O responsável pela residência é alvo de denúncias de crime de maus-tratos contra cães.

Segundo o que foi apurado, o homem, de 57 anos, vivia em companhia de 11 cachorros em um ambiente onde não há condições de habitação humana ou de animais, tomado por lixo, dejetos, chorume, restos de alimentos em decomposição e sem os serviços de água encanada ou energia elétrica.

De acordo com a investigação, o homem por várias vezes foi flagrado abusando sexualmente dos animais e espancando violentamente os mesmos, bem como, era rotineiro ouvir animais chorando e agoniando na residência. Como resultado do esforço integrado, a operação conseguiu resgatar 11 cães adultos e um filhote.  O proprietário do imóvel recebeu voz de prisão em flagrante delito por crime de maus-tratos a animais, sendo autuado na delegacia do Meio ambiente e encaminhado a Central de Custódia.

Da Ascom PCMA.

Vargem Grande: Luzilvan Monteiro e Domingos Lobo são nomeados no Governo Preto

Luzilvan Monteiro.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

O prefeito de Vargem Grande Preto acaba de oficializar as nomeações dos vereadores Luzilvan Monteiro e Domingos Lobo como integrantes do primeiro escalão do seu governo. O ato aconteceu na tarde desta segunda-feira (24) no gabinete da prefeitura, conforme mostram as imagens. Os registros são do repórter fotográfico Denilson Lima.

Luzilvan foi confirmado na secretaria municipal de Cultura, tendo o Sr. Riba do Altino como adjunto, e Domingos Lobo foi designado para o Turismo. As portarias já estão disponíveis no Diário Oficial do Município. A movimentação já havia sido antecipada pelo Titular do Blog, tendo em vista que Domingos Lobo se recusou assumir o Meio Ambiente, secretaria que permanece sem titular (relembre).
Domingos Lobo.
Com isso, tomam posse na Câmara Municipal os suplentes Neide Viana e Silvan da Pesca, respectivamente. Já o ex-vereador Mundim aguarda uma definição do vereador Germano Barros para também garantir assento no parlamento vargem-grandense.

A movimentação, no entanto, não acaba por aí. Em breve será apreciada a nova estrutura administrativa do município, que prevê a criação de novas pastas e a incorporação de outras. O agora vereador Silvan, por exemplo, deve deixar o mandato para a segunda suplente Nicoly Mesquita e a ex-vereadora Eranildes Coelho deve assumir uma das secretarias que serão criadas, dentre outras novidades. Vamos aguardar!

Vargem Grande: Indecisão de Domingos Lobo atrasa posse de Vereadores no Governo Preto

Domingos Lobo.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

Estava tudo certo para que, na última sexta-feira (21), fossem protocolados os pedidos de licenças dos vereadores de Vargem Grande Germano Barros, Luzilvan Monteiro e Domingos Lobo. Os três, conforme antecipado pelo Titular do Blog, integrarão o primeiro escalão do governo do prefeito Preto, abrindo vaga para os respectivos suplentes (saiba mais).

No entanto, o vereador Domingos Lobo surpreendeu a todos ao fazer o uso da tribuna da Câmara, anunciando que pretendia assumir a secretaria municipal de Cultura, pasta já confirmada para Luzilvan, e não o Meio Ambiente. 

Diante do impasse, a saída encontrada seria que Germano fosse deslocado para o Meio Ambiente e Domingos para a secretaria de Turismo, no entanto, como Germano não compareceu na sessão solene de abertura dos trabalhos, a articulação teve que ser suspensa por enquanto. Tudo deve ser concluído durante esta semana. Vamos aguardar!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Vereadores pedirão licença da Câmara Municipal de Vargem Grande; suplentes assumem

Germano, Domingos e Luzilvan.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

O Titular do Blog recebeu a informação, com exclusividade, que três vereadores de Vargem Grande anunciarão, nesta sexta-feira (21), suas licenças nos respectivos mandatos para assumirem secretarias no governo do prefeito Preto.

As mudanças:

Germano Barros assumirá a secretaria municipal de Turismo, abrindo vaga para Mundim; Domingos Lobo assume a secretaria municipal de Meio Ambiente, deixando o mandato para Silvan da Pesca; e Luzilvan Monteiro será secretário municipal de Cultura, com isso Neide Viana assume um assento na Câmara.

Vamos aguardar!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Polícia Civil do Maranhão apreende 75kg de cartilagens de barbatanas que seriam enviadas para China e outros países asiáticos

Material apreendido.
Um trabalho realizado pela polícia civil do Maranhão, através da Delegacia de Meio Ambiente (DEMA), resultou na apreensão de 75 quilos de cartilagens de barbatanas de tubarão e de 16 quilos de bexigas natatórias, que estavam por vários cômodos de um imóvel situado no bairro Jardim Turu, em São Luís. Todo o material estava acondicionado em sacos de fibra e caixas de isopor.

Segundo o delegado Lúcio Reis, da Delegacia de Meio Ambiente (DEMA), a prática do finning, que constitui na captura e extração apenas da barbatana e abandono do peixe mutilado, configura crime ambiental. As investigações preliminares apontaram que as barbatanas de tubarão estavam sendo enviadas à China e outros países asiáticos, onde o quilo, segundo dados, pode variar entre 200 e 500 dólares.

No imóvel, foram encontrados produtos químicos e petrechos o que leva a crer que o local era usado como base clandestina para beneficiamento das barbatanas e outros produtos de pesca, além anotações apreendidas dando conta de altos valores que podem estar por trás do suposto esquema ilegal. Ainda segundo o delegado, foram identificados e qualificados até o presente momento, dois responsáveis pelo material, que abandonaram a residência sem deixar paradeiro.

O Instituto de Criminalística (ICRIM) foi acionado para efetuar a incursão em conjunto com a equipe da DEMA, onde todo o material de origem marinha foi recolhido e encaminhado para os exames nos laboratórios da Perícia Oficial. Somente após o laudo da perícia complementar a ser emitido pelo ICRIM será possível a identificação das espécies mutiladas. Após liberado pelos peritos, todo material foi encaminhado para descarte/incineração.

Da Ascom PCMA.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

PRF flagra passageira de ônibus transportando macaco em Vargem Grande

Animal apreendido.
Nesta quinta-feira (30), por volta das 10h15, em Vargem Grande, uma equipe PRF realizava fiscalização de transporte de passageiros, quando abordou um ônibus MBENZ/MPOLO PARADISO R, amarelo. No veiculo foi encontrado em posse de uma passageira um macaco (semelhante a um sagui de tufo branco). 

O animal era transportado em uma caixa plástica, amarrado pela perna, coberto com um lençol. Perguntado pelos documentos do animal, a envolvida afirmou não possuir, que recebeu o animal de seu tio no município de São Luís.

Diante das informações obtidas foi constatada, a princípio, ocorrência de matar, perseguir, caçar, apanhar, vender espécimes da fauna silvestre. O animal foi encaminhado para a secretaria municipal do Meio Ambiente de Vargem Grande.

Fonte: PRF.

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Justiça Federal condena Edeconsil por exploração ilegal de areia no Povoado Arará em Vargem Grande; multa pode chegar a R$ 1,2 milhão

Rio Munim.
O Ministério Público Federal (MPF) obteve sentenças condenatórias em oito ações civis públicas, somente no último bimestre de 2024, contra 17 empresas e pessoas que praticaram extração mineral ilegal em diversas regiões no estado do Maranhão. De acordo com as ações, os envolvidos exploraram ilegalmente recursos minerais, como areia e argila, na capital São Luís e em outros sete municípios maranhenses: Cachoeira Grande, Chapadinha, Joselândia, Presidente Juscelino, Rosário, Vargem Grande e Vitória do Mearim.

Nas sentenças, assinadas entre 1º de novembro e 18 dezembro de 2024, os réus foram condenados, a depender da gravidade dos atos, em penas como: pagamento de indenizações, perda de acesso a financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito ou a incentivos e benefícios fiscais, proibição de realizar atividades de extração mineral sem a devida autorização, suspensão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades e obrigação de recuperar as áreas degradadas.

O procurador da República Alexandre Soares, autor das ações, ressalta a importância da colaboração da população no combate à extração mineral ilegal, que pode ser denunciada presencialmente, nas sedes do órgão, ou por meio do site MPF Serviços. “A exploração mineral ilegal causa prejuízos irreparáveis ao meio ambiente e à sociedade. Para coibir essa prática criminosa, o MPF tem atuado firmemente, em conjunto com outros órgãos de fiscalização, em diversas regiões do estado. Dessa forma, obtivemos muitas vitórias recentes na Justiça para conter esses danos ambientais”, afirma Soares.

São Luís - Na capital do estado, duas mineradoras e dois proprietários de terrenos foram acusados pelo MPF por exploração de areia sem o devido licenciamento ambiental, ocasionando graves danos ao ecossistema local. Uma das empresas foi condenada pela extração realizada no bairro Vila Maranhão e deverá elaborar e executar um Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD) na Área de Preservação Permanente (APP) do igarapé Arapapaí. Outra mineradora e os dois proprietários dos terrenos com áreas afetadas foram condenados pela extração sem licença minerária de areia e laterita na localidade Pedrinhas, em São Luís. Os três deverão se abster de explorar substância mineral no local sem as prévias licenças da Agência Nacional de Mineração (ANM) e recuperar a área degradada com a apresentação de PRAD, além de pagar pelos danos causados e que não forem passíveis de restauração.

Cachoeira Grande e Presidente Juscelino - Um réu iniciou a atividade minerária sem licença ambiental e outorga da União e, apesar de ter regularizado parcialmente a situação, continuou descumprindo condicionantes ambientais. Condenado por danos ambientais no Rio Munim, nos municípios de Cachoeira Grande e Presidente Juscelino, ele deve suspender as atividades de extração mineral e recuperar a área degradada por meio de um (PRAD), que deve ser aprovado pela ANM e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Caso seja comprovada a inviabilidade de recuperação da área, o réu deve pagar indenização de R$ 351.504,00.

Chapadinha - No município de Chapadinha, apesar de licenciada para a exploração de areia, uma empresa atuou fora dos limites da área autorizada pela ANM, causando danos ambientais na localidade de Pitombeira, como degradação de APPs. A empresa e seu responsável foram condenados ao pagamento de indenização de R$ 25.768,38 por danos materiais e recuperação da área degradada, com a apresentação de PRAD à ANM e ao Ibama.

Joselândia - Um indivíduo foi responsabilizado por explorar areia ilegalmente em Joselândia, às margens do Rio Mearim, sem título minerário ou licença ambiental, causando danos à APP. Em uma vistoria, foi constatada a extração ilegal no leito do rio com desmonte feito por draga, com carregamento de caminhões por meio de pá carregadeira. O réu foi condenado a elaborar um PRAD e submetê-lo para aprovação da ANM, em até 90 dias. Caso não realize a recomposição e a restauração de área equivalente à degradada, o acusado terá que pagar R$ 1.556,72 em indenização por danos materiais.

Rosário - Três empresas e seus respectivos responsáveis realizaram extração de argila em Rosário sem as devidas autorizações e licenças ambientais, resultando em significativos danos ao meio ambiente. Os seis réus foram condenados a apresentar e executar um PRAD, submetido e aprovado pelo Ibama, no prazo de 90 dias, e a abster-se de qualquer atividade de extração de argila sem a devida licença ambiental, sob pena de multa de R$ 2 mil.

Vargem Grande - A empresa Edeconsil Construções e Locações foi condenada por explorar ilegalmente areia em uma área de preservação permanente às margens do Rio Munim, no Povoado Arará, em Vargem Grande. A extração mineral descontrolada impactou negativamente o meio ambiente, ocasionando em desmatamento, no impedimento da regeneração da floresta do local explorado e no assoreamento do rio. A empresa foi condenada a recompor e restaurar a área desmatada, com a apresentação e execução de um PRAD. Caso não cumpra integralmente o projeto, a ré deverá pagar indenização por danos materiais no valor de R$ 1.260.950,40.

Ação Civil Pública nº 0026205-73.2011.4.01.3700 (consulte aqui).

Vitória do Mearim - Uma empresa e seus dois representantes foram condenados e proibidos de praticar atividades econômicas que envolvam a exploração de recursos minerais na Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, em Jaguary, no município de Vitória do Mearim. Eles também terão que recuperar a área degradada pela extração ilegal de argila realizada por ambos. Os réus devem executar um PRAD, aprovado pela ANM e pelo Ibama. Caso não realizem a recomposição e a restauração florestal de área equivalente à degradada, os acusados deverão pagar indenização de R$ 171.872 por danos materiais.

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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Pousada que causou degradação ambiental no Rio Preguiças recebe condenação na Justiça Federal

Pousada em Barreirinhas.
O Ministério Público Federal (MPF) obteve decisão que determina a regularização da Pousada Chácara Boulevard, em Barreirinhas. Segundo a ação civil pública ajuizada pelo MPF, a pousada teria erguido edificações às margens do Rio Preguiças, localizadas em Área de Preservação Permanente (APP) e na Zona de Amortecimento do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Para o MPF, além de violarem o Código Florestal e a legislação ambiental que trata das Unidades de Conservação e suas zonas de amortecimento, tais construções causaram degradação ambiental.

A sentença da Justiça Federal ratifica a decisão liminar que havia sido objeto de diversos recursos ajuizados pelos representantes da pousada. A 8ª Vara Federal Ambiental e Agrária do Maranhão julgou procedente os pedidos inicialmente feitos pelo MPF na ação e determinou, em caráter liminar (tutela antecipada), que a empresa interrompa imediatamente qualquer atividade que polua ou que cause dano ao meio ambiente local, especialmente novas intervenções ou construções na área de preservação permanente em que está localizada

Além disso, a decisão determina que o empreendimento promova a recomposição e a restauração florestal da área degradada, inclusive com a demolição das edificações presentes na faixa destinada à preservação do ecossistema local, ou seja, na área de preservação permanente. Por fim, obriga a Pousada Chácara Boulevard a apresentar um Projeto de Recuperação de Área Degradada (Prad) ao órgão ambiental competente, realizado por profissional habilitado, no prazo de 180 dias, com o cronograma das atividades de reparação.

O Prad deverá ser aprovado pelo órgão ambiental competente em até 60 dias e o MPF será notificado pelos representantes da empresa sobre a submissão do projeto para fiscalizar sua execução dentro dos prazos estipulados.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Prefeitura de São Luís é condenada a fazer obras de saneamento na Forquilha e São Bernardo

São Bernardo.
Os problemas sofridos pela comunidade nas ruas dos bairros da Forquilha e São Bernardo, principalmente no período chuvoso, foram alvo de ação na Justiça estadual, acolhida pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís. No julgamento da ação, o juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara, condenou o Município de São Luís a executar os serviços necessários ao saneamento básico nesses bairros, especialmente obras de esgotamento sanitário, vias de circulação e escoamento de águas das chuvas.

Segundo a sentença, as obras deverão ser realizadas no prazo de dois anos. O Município também deverá remover, no prazo de três meses o lixo acumulado junto às entradas de águas de drenagem profunda, dando destinação adequada aos resíduos. A condenação, inclui, ainda, o pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 50 mil ao Fundo Estadual de Direitos Difusos.

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E URBANA

A Ação Civil Pública julgada foi ajuizada pelo Ministério Público, alegando que o Município de São Luís descumpre a legislação ambiental e urbanística, permitindo que os bairros permaneçam sem infraestrutura básica, ocasionando transtornos aos moradores, como áreas alagadas, ruas sem condição de tráfego e acúmulo de lixo. O MP pediu à Justiça para condenar o Município de São Luís a realizar obras de infraestrutura naqueles bairros, especialmente drenagem urbana, esgotamento sanitário e limpeza pública, diante dos transtornos causados à população, particularmente durante o período chuvoso.

Durante a instrução processual, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) e a Secretaria Municipal de Obras e Serviços (SEMOSP) informaram que aqueles bairros não possuem sistema de esgotamento sanitário da Caema, e que os moradores jogam lixos nas galerias de águas pluviais (da chuva). Laudos técnicos e as informações, prestadas pela Caema e SEMOSP, juntados ao processo, comprovam a precariedade do sistema de drenagem e a falta de rede de esgotamento sanitário nos bairros Forquilha e São Bernardo.

DIREITO AO MEIO AMBIENTE EQUILIBRADO

Na sentença, o juiz assegurou que a Constituição Federal garante o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de sua defesa e preservação para as presentes e futuras gerações.

O juiz também fundamentou a decisão no Plano Nacional de Saneamento Básico (2013), que estabelece as ações referentes ao saneamento básico para o Brasil nos próximos 20 anos. O juiz mencionou, ainda, o “Novo Marco Legal do Saneamento”, que dispõe sobre a conexão das edificações urbanas às redes públicas de água e esgoto.

Segundo o juiz, a conduta da Administração Municipal é omissa e inadequada e caracteriza grave descumprimento do dever de prestar serviços públicos essenciais, comprometendo não apenas a qualidade de vida dos moradores, mas também causando impactos ambientais negativos na região. “Diante desse cenário, torna-se evidente a necessidade de adoção de medidas eficazes e permanentes por parte do ente público, com vistas a garantir a adequada infraestrutura urbana e o respeito aos direitos fundamentais da população local”, sentenciou o juiz.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Prefeitura de Colinas é acionada judicialmente para encerrar lixão

Lixão.
O Ministério Público do Maranhão ajuizou, em 9 de janeiro, Ação Civil Pública (ACP) contra o Município de Colinas e solicitou ao Poder Judiciário que determine, de forma emergencial, medidas para encerrar o lixão da cidade, localizado nas proximidades do Conjunto Vovó Noeme. A manifestação é assinada pelo promotor de justiça Carlos Allan da Costa Siqueira. Nela, o representante do MPMA pede que o Executivo municipal seja obrigado, no prazo máximo de 180 dias, a apresentar e executar plano de encerramento do lixão. No espaço, os resíduos sólidos são depositados sem medidas de proteção ao meio ambiente e à saúde pública.

A Promotoria de Justiça requereu que o Município de Colinas seja obrigado a isolar a área do lixão para evitar o acesso de pessoas e animais. Foi solicitada a fixação de multa diária de R$ 10 mil, em caso de descumprimento, a ser destinada ao Fundo Estadual de Proteção aos Direitos Difusos. O MPMA solicitou que a Prefeitura de Colinas seja condenada a apresentar e executar plano de recuperação da área degradada pelas atividades irregulares do lixão; implantar o aterro sanitário, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e se abster de depositar o lixo em áreas que não sejam licenciadas pelo órgão ambiental e que descumpram as normas técnicas.

IRREGULARIDADES

Na ACP, o promotor de justiça destacou que o lixão de Colinas apresenta uma série de irregularidades e deficiências graves: ausência de controle operacional, disposição inadequada de resíduos, queima generalizada de lixo, falta de medidas de contenção de chorume e a proliferação de vetores de doenças. Essa situação compromete a saúde pública, o meio ambiente e a qualidade de vida das comunidades adjacentes.

Além disso, o espaço de descarte irregular recebe dejetos industriais, lançados de maneira aleatória e sem qualquer processo de separação ou tratamento. Também fica próximo aos bairros Conjunto Vovó Noeme e Guanabara e a cerca de dois quilômetros das sedes dos fóruns da justiça estadual e eleitoral, Ministério Público e Defensoria Pública. “Não há dúvida de que o saneamento básico e a adequada destinação dos resíduos sólidos é um serviço e dever público de interesse local, bem como a sua prestação adequada ou a sua omissão acarreta consequências para todos”, afirmou, na ACP, Carlos Allan Siqueira.

Redação: Johelton Gomes (CCOM-MPMA).

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Obra do Mateus causa transtornos a moradores da Vila Isabel e Defensoria pede revogação da licença ambiental

Obra do Mateus.
Menos de uma semana após inspeção em residências no Bairro Vila Isabel, afetadas por empreendimento que está sendo construído pelo Grupo Mateus, na Avenida dos Portugueses, o Núcleo de Moradia e Defesa Fundiária da Defensoria Pública do Estado (DPE/MA) enviou recomendação ao Município de São Luís pedindo a revogação de licença ambiental para tal obra. O documento foi assinado pelo defensor público Erick Railson Reis e pela defensora pública Lisley Lorena Cardoso Rodrigues. 

A cassação da licença impedirá que a empresa de varejo continue a construção da unidade do Grupo, até que este apresente plano de contingência para risco de desastres, e que deverá conter os requisitos mínimos estabelecidos por Lei Federal. Dentre as obrigatoriedades contidos na Lei nº 12.608/2012, estão a delimitação das áreas potencialmente atingidas pelas obras; a criação de sistema de alerta à população potencialmente atingida, de rotas de fuga e de pontos seguros; bem como a organização de exercícios simulados envolvendo os moradores das ruas mais afetadas. 

Antes da concessão da licença de instalação pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), o plano de contingência deverá ser apresentado pelo Mateus Supermercados e ser submetido à análise e avaliação por parte da Defesa Civil Municipal. A recomendação pede, ainda, que a emissão de nova licença de instalação para o empreendimento seja condicionada à reparação integral dos danos causados aos moradores da Rua Maria da Luz e Rua da União, ambas no Bairro Vila Isabel, atingidos pelo desastre relatado no Relatório Técnico de Vistoria da Defesa Civil Municipal. 

Por fim, considerando que, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a previsão de riscos geo-hidrológicos para São Luís, nos próximos dias, foi considerada alta, a Defensoria Pública estabeleceu o prazo máximo de 48 horas para resposta acerca da recomendação, sob pena de adoção das medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.

VISTORIA

A Defensoria Pública do Estado do Maranhão realizou, na quinta-feira (09), uma inspeção em residências de famílias afetadas por empreendimento construído pelo Grupo Mateus nas imediações da Avenida dos Portugueses. “Fomos acionados pela Defesa Civil para visitar essa localidade, uma vez que alguns moradores não tinham orientação sobre os seus direitos. Ouvimos as famílias e vistoriamos os danos encontrados nos imóveis, que foram atingidos pela lama proveniente das chuvas, fissuras na estrutura das casas, com o risco iminente de desabamento em, pelo menos, uma delas. Conversamos, ainda, com representante da engenharia do Grupo Mateus, na tentativa de acordo extrajudicial do conflito”, afirma o defensor público Erick Railson Reis.

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sábado, 28 de dezembro de 2024

PM apreende 11 motocicletas com escapamento adulterado em Vargem Grande e Presidente Vargas

Parte das motos apreendidas.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

Durante esta sexta-feira (27), por ocasião das festividades de Réveillon, policiais militares do Esquadrão Águia intensificaram patrulhamento ostensivo com o objetivo de coibir a poluição sonora e a perturbação do sossego público praticada por motociclistas que utilizam escapamento adulterado, do tipo cadrom e similares. 
Operação em Presidente Vargas.
A ação policial foi realizada em Vargem Grande e se estendeu também até Presidente Vargas, resultando em 11 motocicletas apreendidas, sendo seis em Vargem Grande e outras cinco em Presidente Vargas. Segundo informações apuradas pelo Titular do Blog, as operações vão continuar sendo realizadas nos próximos dias. Vamos aguardar!

domingo, 22 de dezembro de 2024

Estreito: Mais uma morte é confirmada e bombeiros suspendem buscas após carreta com produto químico cair no rio

Ponte sobre Rio Tocantins.
Um mototaxista, identificado como Marçon Gley Ferreira, de 42 anos, é a segunda vítima confirmada do desabamento da ponte que liga os estados do Maranhão e Tocantins, na tarde deste domingo (22). Ele estava atravessando a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira no momento do colapso. A passageira que estava com ele segue desaparecida. A primeira vítima do acidente foi uma mulher de 25 anos, que estava em outra motocicleta (saiba mais).

No momento do desabamento, três motocicletas, três carretas e um carro de passeio estavam atravessando a ponte. Os motoristas das duas carretas continuam desaparecidos. O motorista do carro foi resgatado e levado ao Hospital Municipal de Estreito, onde está recebendo atendimento.

O Corpo de Bombeiros suspendeu temporariamente as buscas devido ao risco de contaminação e à presença do produto químico, além de garantir a segurança das equipes de resgate. Duas carretas, uma delas carregada de ácido sulfúrico, caíram nas águas do Rio Tocantins. O ácido sulfúrico, substância altamente perigosa, gera um risco elevado de queimaduras graves em contato com a pele, o que aumentou a preocupação das autoridades devido à contaminação das águas, que abastecem várias cidades da região.


Do Imirante. 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Operação Zero Grau efetua prisões e apreende 40 motocicletas no Maranhão

Operação Zero Grau.
Nos dias 27 e 28 de novembro, a Operação Zero Grau foi deflagrada nas cidades de Arari e Vitória do Mearim, para coibir poluição sonora, resultando em prisões e apreensões. A operação de trânsito foi uma ação conjunta entre a Promotoria de Justiça da Comarca de Arari, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Civil Municipal e Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de Arari.

Pelo Ministério Público do Maranhão, conduziu os trabalhos a promotora de justiça Alessandra Darub, titular da Comarca de Arari. A ação teve como objetivo inibir a circulação de veículo irregulares, especialmente motocicletas com escapamento modificado tipo descarga “kadron”, equipamento proibido pelas leis de trânsito e que causam ruído perturbador.

No total, foram apreendidas 40 motocicletas, a maioria portando kadron e 30 pessoas foram conduzidas para lavratura do Termo Circunstanciado de Ocorrência pelo crime ambiental de poluição sonora e perturbação do sossego. Todas as motocicletas foram transferidas para São Luís, onde permanecerão à disposição da Justiça.

A operação também resultou em cinco prisões, sendo duas pelo crime de receptação dolosa, após os autuados terem sido flagrados conduzindo motocicleta furtada; uma decorrente do crime de adulteração de sinal identificador de motocicleta e duas prisões contra foragidos da Justiça, contra quem havia mandados de prisão abertos pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio.

A Operação Zero Grau foi resultado de uma série de denúncias realizadas na Promotoria de Justiça de Arari e na Delegacia de Polícia Civil, noticiando o barulho causado pelo elevado número de motocicletas com a citada descarga adulterada, circulando nas vias públicas do município. O barulho causa distúrbios físicos e mentais; problemas auditivos; insônia, sobretudo em desfavor da população idosa e pessoas portadoras de espectro autista, que possuem sensibilidade auditiva.

Redação: CCOM-MPMA com informações da Polícia Civil.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Kiel Martins, França do Sindicato e Iratan são confirmados no secretariado de Jones Braga em Nina Rodrigues

Kiel, França e Iratan.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

O prefeito eleito de Nina Rodrigues Jones Braga segue anunciando os integrantes de sua equipe de secretários e, por meio das redes sociais, confirmou mais três nomes: o blogueiro Kiel Martins na assessoria de comunicação; Francinalda Paixão, a França do Sindicato, é a nova secretária municipal de Meio Ambiente; e o vereador Iratan Diamantina será secretário de Urbanismo.

Entre as atribuições dos três, estão: facilitar o contato com profissionais de imprensa e garantir uma comunicação mais eficiente com a população; planejamento e execução de projetos de preservação ambiental; e requalificação e revitalização de espaços públicos para melhor uso da população; respectivamente.

"Estamos prontos para avançar juntos rumo a uma cidade ainda mais acolhedora e próspera. Vamos juntos fazer a diferença. Agora é trabalho!", disse Jones Braga.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Prisões, dinheiro e drogas: Veja todos os detalhes da Operação Policial realizada em Vargem Grande

Material apreendido.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

No início da tarde desta quinta-feira (14), por volta do meio dia, policiais civis de Vargem Grande e de Itapecuru-Mirim cumpriram um mandado de busca e apreensão em uma residência localizada na Rua Raimundo Antônio Cardoso, no bairro São Miguel, em Vargem Grande. O imóvel alvo da operação policial, autorizada judicialmente após parecer favorável do Ministério Público, já era identificado como ponto de comercialização de drogas e tinha intensa movimentação de usuários, conforme publicação (relembre).

Segundo informações apuradas pelo Titular do Blog, foram apreendidas sete porções de cocaína, 75 porções de maconha - incluindo Skunk -, a importância de R$ 3.083,65 em dinheiro, quatro balanças de precisão, 10 aparelhos celulares, uma agenda contendo registros detalhados sobre as transações de drogas, máquina de cartão, um automóvel Honda Civic, duas motocicletas, 13 gaiolas com pássaros silvestres, rolos de papel para embalar drogas e demais apetrechos para o tráfico.

Desta forma, conforme repassado pelo delegado Tiago Castro, sete pessoas foram conduzidas para a delegacia de Vargem Grande, onde suas condutas estão sendo individualizadas para as autuações de diversos crimes, dentre eles, tráfico de drogas, associação para o tráfico e maus-tratos a animas (crime ambiental). "A polícia civil solicita à população que faça denúncias anônimas, que têm sido fundamentais para a elucidação de crimes e para a segurança da comunidade. O telefone para denúncias é (98) 9 9216-9797", disse o delegado.


PRESOS

Entre os presos na operação de hoje está Maurício da Conceição, que já respondia em liberdade pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte) que teve como vítima o entregador de lanches Francisco de Assis Silva da Rocha, de 22 anos. O crime, que teve grande repercussão em Vargem Grande e em todo Maranhão, aconteceu em abril do ano passado no Residencial Canaã (relembre).

Veja mais detalhes no Instagram do Blog do Alpanir Mesquita:

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Juiz cancela licença de instalação e operação de posto no Ipase

Posto do Ipase.
Por desrespeitar as normas ambientais, a Justiça cancelou as licenças de instalação e operação do Posto de Gasolina “Século XXI”, localizado próximo à entrada da segunda ponte do Caratatiua, no bairro do Ipase, em São Luís, que teria sido construído em área considerada Zona de Proteção Ambiental

O juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, acolheu pedido de morador da capital em Ação Popular para cancelar o alvará concedido pelo Município de São Luís ao posto de combustível. A ação informa que o posto de gasolina, próximo à entrada da segunda ponte do Caratatiua, teria sido construído contrariando a legislação ambiental, por estar localizado em área classificada como Zona de Proteção Ambiental 2 (ZPA-2).

POLUIÇÃO DO MANGUE

O autor da ação alegou temer a poluição do mangue ciliar do Rio Anil, com risco de ocorrer vazamento de combustível ou óleo lubrificante, tendo em vista que o posto teria sido construído ao lado de todo o escoamento fluvial dos bairros do Maranhão Novo e Ipase. Laudo pericial juntado ao processo atesta que o posto foi construído em Zona de Proteção Ambiental 2 (ZPA2), desrespeitando a distância mínima de 50 metros exigida pela Lei Municipal n.º 3.253/92 em relação à área de mangue da região.

De acordo com uma funcionária da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, testemunha no processo, “houve aterramento de manguezal para a construção do posto e a construção fica localizada próximo a um escoamento fluvial à margem do Rio Anil”. O Município de São Luís contestou a ação, argumentando que não houve ilegalidade na concessão do alvará para a construção do posto, pois a obra estaria conforme a legislação, e que o posto estaria situado na Zona Residencial 5, onde é permitida a construção, conforme a Lei 3.253/92.

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Mas, no entendimento do juiz Douglas Martins, a construção do posto contraria não apenas a Lei Municipal n.º 3.253/92, mas também o Código Florestal da época da licença (Lei nº 4.771/1965) e o atual Código Florestal (Lei n.º 12.651/2012). A Lei n.º 12.651/2012 define como Área de Preservação Permanente (APP) as faixas marginais de qualquer curso d’água, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 30 metros. Já a legislação ambiental do Município de São Luís considera como Área de Preservação Permanente (APP) as faixas marginais dos cursos d’água em uma largura de 50 metros.

Na avaliação do caso, o juiz considerou as conclusões do laudo pericial confirmando que a área onde foi feita a construção do posto é classificada como Zona de Proteção Ambiental 2 e que desrespeitou a distância mínima de 50 metros exigida pela Lei Municipal n.º 3.253/92 em relação à área de mangue. “A norma é clara ao vedar qualquer edificação ou projeto em distância inferior ao limite de proteção ambiental, configurando-se, assim, uma infração à legislação aplicável. Além disso, o laudo pericial demonstra, sem margem de dúvida, que a edificação está situada em Área de Preservação Permanente (APP)”, ressaltou o juiz.