Secretários avaliam que produção do fardamento escolar por detentos maranhenses representará uma economia para os cofres públicos. (Foto: Lauro Vasconcelos) |
Mais uma vez, o Maranhão sai na vanguarda no trabalho de ressocialização realizado com pessoas que cumprem pena no Sistema Penitenciário. Nesta quinta-feira (31), foi anunciado que, a partir de 2020, todo o fardamento escolar entregue pelo Governo do Maranhão para estudantes da rede pública estadual será confeccionado por presos. A ação é fruto de parceria firmada entre as Secretarias de Estado de Educação (Seduc) e de Administração Penitenciária (SEAP).
Ao todo, cerca de 700 mil uniformes serão produzidos com mão de obra carcerária, reforçando o trabalho de ressocialização realizado com presos e a valorização da educação pública, ofertando para estudantes fardamentos totalmente gratuitos. A produção dos uniformes dentro do Sistema Penitenciário representará uma economia de aproximadamente 30% para os cofres públicos.
“O governador Flávio Dino inovou ao entregar gratuitamente fardamentos, demonstrando seu compromisso e preocupação em proporcionar equidade e pertencimento aos estudantes da rede pública estadual. Agora com a fabricação de todo o fardamento com mão de obra carcerária, continuamos oferecendo para mais de 300 mil estudantes uniformes gratuitamente, sem que suas famílias tenham que gastar com a compra dos mesmos, e tudo isso com o resultado de um trabalho belíssimo que está sendo executado dentro dos presídios maranhenses, ressocializando centenas de presos por meio da oportunidade de trabalho digno”, destacou o secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão.
A produção de uniformes escolares é apenas uma das frentes do trabalho que está sendo executado por presos para a educação pública no estado. A parceria entre as Secretarias tem dado resultados, ainda, na reforma de escolas e faróis do saber, além de recuperação de carteiras deterioradas das escolas. De acordo com o secretário de Administração Penitenciária, Murilo Andrade, aproximadamente 500 presos estão envolvidos na execução desses trabalhos para a educação.
“Essa parceria para a gente é de extrema importância, porque por meio dela conseguimos profissionalizar a pessoa que se encontra presa, oferecendo a ela uma nova oportunidade, e há também o benefício para o Estado e para a população, pois os valores gastos são bem menores e a população vai ter aí o fardamento que é utilizado no dia a dia dos alunos e as carteiras que também são utilizadas diariamente”, reforçou.
Murilo ressalta, ainda, que o trabalho executado com os apenados, além de garantir a profissionalização deles e uma nova oportunidade de vida, possibilita a remissão da pena. A cada três dias trabalhados, o preso tem direito a um dia de remissão. E ao final do mês de trabalho, cada preso tem direito a receber o equivalente a 3/4 do salário mínimo.
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