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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Assassinos confessos da Vereadora Marielle Franco são condenados a 78 e 59 anos de prisão cada

Assassinos confessos.
O tribunal do júri condenou os assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ronnie Lessa e Élcio Queiroz devem cumprir pena em regime fechado. Lessa terá pena de 78 anos, 9 meses e 30 dias. Já para Élcio, os jurados decidiram pena de 59 anos, 8 meses e 10 dias. A sessão foi encerrada nesta quinta-feira (31), às 18h30, no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

Além da prisão, os dois foram condenados ao pagamento de uma indenização por danos morais no valor de R$ 706 mil para cada uma das vítimas (filhos dos assassinados e viúva de Marielle). As vítimas a serem indenizadas são: Arthur (filho de Anderson), Ágatha (esposa de Anderson); Luiara (filha de Marielle); Mônica (viúva de Marielle) e Marinete (mãe de Marielle).

Também caberá aos condenados o pagamento, até os 24 anos de Arthur, filho de Anderson Gomes, motorista de Marielle, morto no atentado, de uma pensão. Eles devem pagar ainda as custas do processo e tiveram a prisão preventiva mantida, além de terem o pedido de recorrer em liberdade negado.

Do Metrópoles.

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Alexandre de Moraes retira sigilo da delação do assassino da Vereadora Marielle Franco; veja na íntegra

Assassino Ronnie Lessa.
O Supremo Tribunal Federal disponibilizou a delação à Polícia Federal do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter matado a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Gomes. O ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo de parte material. Assista à íntegra dos vídeos tornados públicos.

O ministro retirou o sigilo da delação após trechos serem divulgados na imprensa. Porém, Moraes manteve em sigilo outros anexos do processo. A PF também apontou não existir mais necessidade do sigilo para as investigações. Moraes também autorizou a transferência de Lessa para Tremembé, no interior de São Paulo.

Assista a delação na íntegra:


Do UOL.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Câmara mantém prisão do deputado Chiquinho Brazão, envolvido na morte de Marielle Franco

Deputado Chiquinho Brazão.
A Câmara decidiu manter a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O parlamentar está preso desde 24 de março por suspeita de ser mandante da execução da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Brazão, que está na penitenciária federal de Campo Grande, nega participação no crime (relembre).

Foram 277 votos a favor e 129 contrários. Houve 28 abstenções. Eram necessário aos menos 257 votos favoráveis para que o parlamentar continuasse preso, referendando a decisão do Supremo Tribunal Federa (STF), e seguindo o relatório do deputado Darci de Matos (PSD-SC). Após a proclamação do resultado, um grupo de parlamentares gritou “justiça” no plenário da Câmara.


Por se tratar de um deputado, cabia à Câmara avaliar a medida cautelar sobre a prisão. Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aprovou manter o congressista preso. Cleber Lopes, advogado de Brazão, ao fazer a defesa do deputado falou sobre o risco de relativizar a regra sobre a prisão em flagrante de congressistas. Ele também questionou os procedimentos realizados na prisão do deputado, como o uso de algemas.

Cassação do mandato

A decisão da Câmara de manter a prisão não tem impacto sobre o mandato dele. Mas já há uma ação na Câmara que pede a cassação de Brazão. Nesta quarta-feira (10), o Conselho de Ética da Câmara abriu um processo disciplinar que pode cassar o mandato de Brazão. A ação foi apresentada pelo PSOL, partido do qual Marielle fazia parte.

Da CNN Brasil.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Veja passo a passo como foi executado o plano de assassinato de Marielle Franco

Marielle Franco.
A Polícia Federal prendeu neste domingo (24) Domingos Brazão, conselheiro do tribunal de contas do Rio, Chiquinho Brazão (União Brasil–RJ), deputado federal, e o ex-chefe de polícia do Rio Rivaldo Barbosa. Os dois primeiros foram apontados como mandantes do crime e o último como coautor (relembre). Confira os detalhes descobertos pela investigação sobre como se deu o planejamento e a execução do crime.

Planejamento

Segundo Ronnie Lessa, no segundo semestre de 2017 ele foi procurado por Edmilson Macalé, pessoa que lhe apresentou a proposta idealizada pelos Irmãos Brazão de matar a Vereadora do Município do Rio de Janeiro Marielle Franco, em pleno exercício de seu mandato pelo Partido Socialismo e Liberdade–PSOL. De antemão, Macalé revelou a Lessa qual seria a contrapartida para a realização da execução: ambos “ganhariam” um loteamento a ser levantado nas imediações da rua Comandante Luís Souto, Tanque, Rio de Janeiro. Os pormenores que cercam essa promessa de recompensa serão trazidos à baila em conjunto com a motivação.

Primeiro encontro com os irmãos Brazão em hotel

Ao vislumbrar uma boa oportunidade de negócio e se desgarrar da imagem de ser um mero sicário, Ronnie Lessa prontamente aceitou, de modo que Macalé o levou, mediante a intermediação de Robson Fonseca, vulgo “peixe” ou “peixão”, assessor pessoal e outrora assessor de Domingos Brazão na Alerj e no Tribunal de Contas do Estado, para a primeira reunião do enlace, que aconteceu nas imediações do então Hotel Transamérica, situado na Barra da Tijuca.

Infiltrado no Psol

Ali Domingos Brazão, segundo Lessa, o mais verborrágico da dupla, passou a limpo todo o contexto da demanda e indicou que havia alocado um infiltrado de nome Laerte Silva de Lima nas fileiras do PSOL para levantar informações internas do partido. Segundo Lessa, Domingos lhe relatou, de forma superficial, que Laerte o alertou que Marielle Franco, em algumas reuniões comunitárias, pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia.

Exigência para a execução do crime

Por fim, o último tema da reunião foi a fixação da única exigência imposta pelos mandantes: a execução não poderia se originar da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Conforme narrado por Lessa e detalhado mais adiante, Domingos ressaltou que tal exigência partiu do então Diretor da Divisão de Homicídios da PCERJ, o Delegado Rivaldo Barbosa, fato que, inicialmente, o tranquilizou ante a notória pactuação da garantia de impunidade da ação que lhe foi encomendada.

Origem da arma do crime

Acerca da arma, a única exigência feita a Macalé é que não fosse um revólver. Segundo Lessa, para a consecução do crime bastava que lhe fosse destinada uma pistola. No entanto, para sua grata surpresa, Macalé, em meados de setembro de 2017, e apresentou uma HK MP5, submetralhadora alemã da predileção de Lessa, visto que ele operava com esse tipo de armamento no período em que fora lotado no Batalhão de Operações Especiais — BOPE da PMERJ.

Origem do carro

Para falar acerca da origem do veículo devemos relembrar o capítulo das inferências externadas pelo colaborador Élcio de Queiroz no bojo de suas declarações. De acordo com o que foi apurado, além da encomenda do homicídio de Marielle Franco, Macalé encaminhou a Ronnie Lessa a tarefa idealizada pelo contraventor Bernardo Bello para matar a então Presidente do Acadêmicos do Salgueiro, Regina Celi.

Início do monitoramento de Marielle

Acerca do levantamento de informações e monitoramento de Marielle Franco, Ronnie Lessa destaca que, a princípio, recebera o suposto endereço residencial dela situado à rua do Bispo, Rio Comprido, Rio de Janeiro/ RJ. Com base nessa informação, Ronnie e Macalé, quando este estava disponível, foram a campo estudar e observar todas as peculiaridades atinentes ao local. Inicialmente Ronnie destacou que se tratava de local de difícil monitoramento. Com o passar do tempo, Lessa foi ficando impaciente com a falta de avanço na empreitada e resolveu buscar uma alternativa mais fácil: monitorar Marielle na saída da Câmara dos Vereadores.

Segundo encontro com irmãos Brazão

Assim, Lessa provocou Macalé para que fosse agendada uma nova reunião com os Irmãos a fim de que eles fossem demovidos de tal exigência, sob pena, inclusive, dele desistir de participar do enlace. Deste modo, nas mesmas circunstâncias da reunião anterior, Lessa, Macalé, Domingos, e Chiquinho Brazão se encontraram nas imediações do Hotel Transamérica, na Barra da Tijuca, ocasião na qual foi estabelecido pelos Irmãos que eles não poderiam passar por cima das ordens de Rivaldo. Apesar de frustrado, Lessa não desistiu do negócio.

Quatro vigilâncias feitas sobre a vereadora assassinada

Neste ínterim, durante as investigações encetadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o Núcleo de Inteligência Policial identificou quatro potenciais vigilâncias sobre a Vereadora Marielle Franco, dada a proximidade observada entre o veículo GM/Cobalt, placa KPA-5923, e a vítima, nos dias 1º, 02, 07 e 14 de fevereiro de 201.

Participação de Major Ronald

Todavia, ao atender o telefone, Macalé se surpreendeu ao constatar que o interlocutor, na verdade, era Ronald Pereira, vulgo Major Ronald. Em que pese isso, Macalé indicou a Lessa que Ronald lhe passara a informação de que na noite daquele dia haveria o evento na Casa das Pretas e que Marielle Franco estaria presente. Depois de receber tal informação sobre a presença de Marielle no evento a ser realizado na Casa das Pretas, Ronnie contata Écio por meio do aplicativo Confide e o convoca para a execução.

Assassinato

Foram diretamente para a Casa das Pretas. Uma vez no local, permaneceram em vigilância até o final do evento, ocasião na qual, visualizado o embarque de Marielle no GM/Ágile conduzido por Anderson Gomes, Élcio o seguiu até a esquina das ruas Joaquim Palhares e João Paulo I, local no qual Ronnie efetuou os disparos que vitimaram a Vereadora e o motorista. Em fuga, a dupla se dirigiu até a casa da mãe de Ronnie Lessa, onde abandonaram o GM/Cobalt e solicitaram, por intermédio de Denis Lessa, irmão do executor, um táxi que os levou até as imediações do Vivendas da Barra, local no qual a dupla embarcou no veículo de Lessa e seguiu rumo ao Resenha para acompanhar o restante do jogo do Flamengo x Emelec que estava sendo transmitido naquele dia.

Do ICL Notícias.

Veja a íntegra do relatório final da PF AQUI.

domingo, 24 de março de 2024

Conselheiro do TCE, deputado federal e delegado são presos acusados de mandar matar Marielle Franco

Chiquinho, Rivaldo e Domingos.
Os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram presos neste domingo (24) apontados como mandantes do atentado contra Marielle Franco, em março de 2018, no qual também morreu o motorista Anderson Gomes. Os três foram alvos de mandados de prisão preventiva na Operação Murder, Inc., deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF).

Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ); Chiquinho é deputado federal pelo União Brasil; Rivaldo era chefe da Polícia Civil à época do atentado e hoje é coordenador de Comunicações e Operações Policiais da instituição. 

Mandados de busca

Além das três prisões neste domingo, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado. A TV Globo apurou que entre os alvos estão o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios à época do atentado e o primeiro a investigá-lo, e Marcos Antônio de Barros Pinto, um de seus principais subordinados. Os agentes apreenderam documentos e levaram eletrônicos para perícia.

Motivação e contrainvestigação

Os investigadores ainda trabalham para definir por que Marielle foi morta. Do que já se sabe, o motivo tem a ver com a expansão territorial da milícia no Rio. Já Rivaldo é suspeito de ter combinado não investigar o caso. Os investigadores decidiram fazer a operação no início deste domingo para surpreender os suspeitos. Informações da inteligência da polícia indicava que eles já estavam em alerta nos últimos dias, após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa.

Ao aceitar o acordo de colaboração com a PF, Lessa apontou quem eram os mandantes e também indicou a motivação do crime. Lessa está preso desde 2019, sob acusação de ser um dos executores do crime. Os mandantes, segundo o ex-PM, integram um grupo político poderoso no Rio com vários interesses em diversos setores do Estado. O ex-PM deu detalhes de encontros com eles e indícios sobre as motivações.

Do G1.

terça-feira, 19 de março de 2024

Delação premiada do assassino de Marielle Franco é homologada

Ronnie Lessa e Marielle Franco.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta terça-feira (19) que a delação premiada de Ronnie Lessa foi homologada. Lessa está preso sob acusação de ser um dos executores do assassinato de Marielle Franco. Vereadora pelo PSOL do Rio de Janeiro, Marielle foi assassinada a tiros há 6 anos, junto com o seu motorista, Anderson Gomes.

A delação foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Quando faz uma delação, o investigado se compromete com a Justiça e com o Ministério Público a contar o que sabe sobre um crime em troca de redução da pena. A polícia investiga quem são os mandantes da morte de Marielle. Segundo Lewandowski, após a homologação da delação, a conclusão do caso será "breve".

"Nós sabemos que esta colaboração premiada, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que em breve teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco", afirmou o ministro da Justiça.

Do G1.

quinta-feira, 14 de março de 2024

No dia que completa seis anos, Caso Marielle é enviado ao STF após deputado federal ser mencionado

Caso Marielle Franco.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018. A informação é da TV Globo.

O STJ teria enviado a investigação ao STF após identificação de um suposto envolvimento de uma pessoa com foro privilegiado no Supremo na execução da parlamentar e do motorista da vereadora. De acordo com o jornalista Aguirre Talento, do UOL, o suspeito seria um parlamentar federal. Não se sabe, no entanto, o real envolvimento, se seria um possível mandante ou outra relação.

Têm foro privilegiado presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais, integrantes dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores. A investigação corre em sigilo e não há mais informações sobre a identidade da pessoa que teria foro privilegiado. O caso havia avançado ao STJ por uma menção ao conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro Domingos Brazão.

Relembre o caso AQUI.

Do Portal ICL Notícias.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Apontado como mandante da morte de Marielle Franco concede entrevista...

Brazão, Lessa e Marielle.
“Não mandei matar Marielle”, garante, em entrevista ao Metrópoles, Domingos Brazão, político de longa carreira no Rio e atual conselheiro do Tribunal de Contas do estado (TCRJ). Ele é citado nas apurações do caso Marielle Franco há mais de 3 anos, mas as investigações andaram pouco no período – até a entrada da Polícia Federal no circuito, em 2023.

A temperatura sobre Brazão está aumentando com a notícia de que ele teria sido delatado pelo PM reformado Ronnie Lessa como mandante do assassinato da vereadora, em 2018, num crime que também vitimou seu motorista, Anderson Gomes. A delação ainda não teria sido homologada pela Justiça (saiba mais).


Em entrevista exclusiva, Brazão diz viver um drama injusto. “Mas não tira mais meu sono”, afirmou na tarde desta terça-feira (23). Para o político, “ninguém lucrou mais com o assassinato da vereadora do que o próprio PSOL”. Membro de uma família de políticos, ele nega conhecer Lessa, Élcio, que confessou ter dirigido o carro para o atirador no dia do crime, e a própria Marielle. Também faz questão de dizer que nunca teve relação com milicianos.

Veja a entrevista na íntegra:


Do Metrópoles.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Assassino de Marielle Franco faz acordo de delação premiada e indica mandante com foro privilegiado

Vereadora Marielle Franco foi assassinada em março de 2018.
A coluna confirmou nesta terça-feira (23) junto a interlocutores do ex-PM Ronnie Lessa que a pessoa com foro de prerrogativa de função citada pelo miliciano nas declarações feitas à Polícia Federal é o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

Por isso, um procedimento preparatório de um acordo de colaboração premiada foi enviado para o STJ (Superior Tribunal de Justiça). O acordo, porém, ainda não está concluído. A fase é de corroboração das declarações de Ronnie, mas o documento do acordo em si não está pronto e ainda precisa ser levado à homologação.

O encaminhamento do acordo de Ronnie Lessa com a PF foi noticiado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e confirmada pelo portal ICL Notícias. Se concluída, a delação do ex-policial militar dependerá de homologação no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nos casos criminais, a Corte é responsável pelo julgamento de governadores, integrantes dos tribunais de contas e desembargadores.


A coluna apurou que a investigação avançou desde o fim do ano passado e, com a delação, existe uma possibilidade real do esclarecimento completo do caso. Autoridades da PF, porém, estão muito preocupadas com o vazamento da existência das tratativas da delação. Acham que até o momento da conclusão do acordo pode haver uma reviravolta, que os policiais querem evitar.

Por causa do acerto, o escritório que atua na defesa de Lessa, autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, deve deixar o caso. A notícia foi revelada pela coluna com exclusividade. O escritório não faz acordos de delação premiada (informações da jornalista Juliana Dal Piva).

E MAIS: O site Intercept Brasil diz que, o nome em questão, trata-se do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Inácio Brazão.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Delação premiada aponta intermediário entre mandante e assassino de Marielle Franco

Assassino e vítima.
O ex-PM Élcio Queiroz afirmou em delação premiada que o sargento da Polícia Militar Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé e executado em 2021, foi o intermediário entre a "missão" da execução da vereadora Marielle Franco e Ronnie Lessa. Não há menção, no entanto, a quem seria o mandante. Lessa e o próprio Élcio estão presos desde 2019 acusados pelos assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Os dois vão a júri popular pelos crimes.

Macalé foi executado na Avenida Santa Cruz, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Um vídeo mostra quando ele andava com duas gaiolas nas mãos e um carro passa com criminosos fazendo disparos. Ainda de acordo com Élcio, além de apresentar o "trabalho" para Ronnie, Macalé também ajudou Lessa a desvendar a rotina da vereadora, seguindo e monitorando Marielle meses antes do crime que aconteceu em março de 2018.

"Sim, da vigilância, o Edimilson Macalé esteve presente em todas, inclusive foi através do Edimilson que trouxe, vamos dizer, esse trabalho para eles. Essa missão para eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie", disse Élcio de Queiroz em sua delação.

DELAÇÃO

Nesta segunda-feira (24), o g1 informou que o ex-PM Élcio Queiroz firmou delação premiada com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e deu detalhes do atentado contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. No depoimento já homologado pela Justiça, Élcio confessou que dirigiu o Cobalt prata usado no ataque e afirmou que Ronnie de fato fez os disparos com uma submetralhadora contra Marielle. Élcio disse ainda que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, fez campanas para vigiar a vereadora e participaria da emboscada, mas acabou trocado por ele. Nesta segunda, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam o ex-bombeiro Suel, na Operação Élpis.

Confira mais detalhes:


Do G1.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Caso Marielle: Porteiro volta atrás e afirma que errou ao dizer que havia falado com 'seu Jair'

Condomínio Vivendas da Barra.
O porteiro do condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa no Rio prestou novo depoimento à Polícia Federal. A informação foi publicada nesta quarta-feira (20) pelo colunista Ancelmo Góis, do jornal "O Globo".

O Jornal Nacional apurou que, no depoimento desta terça-feira (19), o porteiro voltou atrás sobre a informação que tinha dado anteriormente à Polícia Civil, nos dias 7 e 9 de outubro.

Como o Jornal Nacional revelou no dia 29 de outubro, o porteiro disse nos depoimentos que em 14 de março de 2018, dia do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um dos acusados do crime, Élcio Queiroz, entrou no condomínio dizendo que ia para a casa 58, que pertence ao presidente Jair Bolsonaro, na época deputado federal.

Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no crime.

Naqueles depoimentos iniciais, o porteiro disse ainda que ligou para a casa 58 duas vezes e que a autorização para a entrada de Élcio no condomínio veio de alguém cuja voz, segundo ele, era a do "Seu Jair".

O Jornal Nacional também mostrou desde a primeira reportagem que, naquele dia, Jair Bolsonaro estava em Brasília e registrou presença em votações no plenário da Câmara.

Fontes ouvidas pelo Jornal Nacional informaram que, à Polícia Federal, o porteiro voltou atrás no novo depoimento: disse que errou ao dizer que havia falado com o "Seu Jair" e que se equivocou ao anotar o número 58 no registro do condomínio.

Segundo essas mesmas fontes, o porteiro alegou que, quando chamado a depor pela Polícia Civil nos dias 7 e 9, ficou nervoso e não se corrigiu, mesmo sabendo que tinha errado ao anotar como sendo a casa 58 o destino de Élcio.

A Polícia Federal apenas confirmou que o porteiro deu o depoimento, mas não deu detalhes sobre o que ele falou.

O depoimento desta terça do porteiro à Polícia Federal faz parte do inquérito que apura se ele cometeu crimes de obstrução da Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa contra o presidente.

O inquérito, que está em sigilo, foi aberto a pedido do Ministério Público Federal, depois de um ofício encaminhado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao procurador-geral da república, Augusto Aras.

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro declarou que acompanhou o porteiro no depoimento desta terça à PF, mas não quis comentar o que ele disse aos investigadores.

Do G1.

sábado, 2 de novembro de 2019

Flávio Dino vê desvarios judiciais e políticos no Caso Marielle e repudia “ameaça delirante” de líder do PSL

Flávio Dino: duras críticas ao Caso Marielle e ao “sonho”
de Eduardo Bolsonaro sobre volta do AI-5.
Com a segurança e a contundência de sempre, dosando com equilíbrio as visões do ex-magistrado federal e do chefe de Estado, o governador Flávio Dino (PCdoB) comentou, por meio de suas redes sociais, os últimos acontecimentos que envolvem os desdobramentos do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), fuzilada por um vizinho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), morador do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, e a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro, líder do PSL, sugerindo a volta do AI-5 como “resposta” uma “radicalização” da esquerda”.

Sobre os desdobramentos do Caso Marielle, que começaram com a revelação do depoimento do vigia, a citação do nome do presidente da República e a inacreditável derrapagem do Ministério Público fluminense, o governador escreveu:

“A possibilidade de avançarem as investigações sobre o brutal assassinato da vereadora Marielle gerou uma inacreditável sequência de desvarios políticos e jurídicos. Creio que ainda há juízes, promotores e policiais que não se intimidarão nem se curvarão a ameaças e fraudes”.

E sobre o “sonho” do filho do presidente Jair Bolsonaro sugerindo a edição de um novo AI-5 para reprimir uma improvável “radicalização” da esquerda, Flávio Dino comentou:

“O AI-5 trouxe assassinatos, torturas, prisões ilegais, cassações de mandatos, perseguições. Invoco a memória dos ministros do Supremo Evandro Lins e Silva, Hermes Lima e Victor Nunes Leal, cassados pela ditadura, para repudiar a ameaça delirante de um novo AI-5”.

Da Coluna Repórter Tempo/Ribamar Corrêa.