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Jociedson de Aguiar. |
Por Blog do Alpanir Mesquita.
O vereador Jociedson, o mesmo que tentou impedir o show do cantor Pablo até os últimos instantes e representou a prefeitura de Vargem Grande até mesmo na Procuradoria Geral de Justiça para que não fosse realizado o Carnaval 2023, agora, diante da repercussão negativa perante à população, tenta passar a ideia de que "nunca mais pisou no MP", segundo o próprio. Bem contraditório, né?
O Procurador do Município Dr. Daniel Silveira escreveu um texto sobre o caso e você pode lê-lo na íntegra abaixo. Confira:
O Ministério Público acaba de expedir o documento REC-PJVAG – 82022 para a Prefeitura de Vargem Grande. Nele, a clara recomendação de que o prefeito se abstenha de promover o carnaval de 2023. Foi a primeira vez que o município recebeu uma orientação tão dura como essa, durante os seis anos da gestão Carlinhos Barros.
O Ministério Público está errado? Não, de jeito nenhum, muito pelo contrário, as ações do Ministério Público Maranhense têm sido exemplares. Somente no primeiro semestre deste ano, gastos públicos de R$ 5.357.505,00 foram evitados graças ao embargo de eventos musicais em sete municípios maranhenses: Vitória do Mearim, Barra do Corda, Bacabal, São Luís Gonzaga, Lago Verde, Arari e Presidente Dutra. Tais recursos seriam destinados aopagamento dos cachês de Wesley Safadão, Xand Avião e Matheus Fernandes. E não parou por aí, recentemente, por exemplo, o MP recomendou que o município de Timon se abstivesse de promover a festa de aniversário de 132 anos, no dia 21 de dezembro, com o cantor João Gomes, cujocachê era de R$ 400 mil para a ocasião. Ou seja, esse sempre foi o papel do Ministério Público: fazer com que os prefeitos coloquem o dinheiro público no lugar certo!
Então, já que o MP sempre teve a obrigação de agir assim, como explicar os grandes eventos realizados em Vargem Grande? Porque Carlinhos Barros sempre pensou grande! Enquanto alguns municípios sangravam seus orçamentos em mais de R$ 1 milhão para pagar apenas a apresentação de um artista mediano, num único dia de festa, em Vargem grande acontecia o oposto. O prefeito liderava uma grande corrente em prol de uma parceria público/privada a fim de bancar os maiores carnavais do Maranhão, sem, no entanto, sobrecarregar o orçamento da Prefeitura. Resultado: eventos de grande valor, mas de baixíssimos preços.
E como explicar o embargo do Ministério Público dessa vez? Porque a oposição de Vargem Grande continua pensando pequeno! Se não, vejamos: o prefeito Carlinhos Barros resolveu seguir a mesma fórmula de sempre para promover uma confraternização que pudesse homenagear professores e funcionários da Educação municipal, no dia 21 passado. Contratou o renomado artista Pablo por sua própria conta, uma vez que não julgava oportuno repassar esse custo para a Prefeitura. Contudo, movida pela inveja ou pela raiva, a oposição criou uma grande confusão em torno do evento que não contava com nenhum centavo público para sua realização. Foram à imprensa, promoveram Fake News, exigiram que o Ministério Público agisse com o intuito de impedir o evento. A festa aconteceu, mas as ações de ódio trouxeram um efeito colateral muito caro, a recomendação do não realização do evento que mais enche de orgulho o povo vargem-grandense: o nosso carnaval!
De um lado, um prefeito que pensa grande; do outro, uma oposição que pensa pequeno. E o curioso é que o mesmo vereador que agora tenta impedir um evento corporativo bancado pelo empresário Carlinhos Barros para os professores, é o mesmo que provoca o Ministério Público a recomendar o cancelamento do carnaval 2023, e também o mesmo que se notabilizou pela célebre frase “ser rico é foda!”. Ou seja, já que ele está tão incomodado com o uso dos recursos privados do prefeito, quem sabe, diante de tanta riqueza, não consiga ele próprio bancar, do próprio bolso dele, o carnaval do povo de Vargem Grande. Com a palavra, o vereador invejoso e gabola!
Por Daniel Silveira - Procurador do Município.