sábado, 4 de maio de 2019

“O Maranhão hoje é visto nacionalmente como exemplo de boa gestão”, declara Flávio Dino

Governador Flávio Dino destaca ações importantes para o
Maranhão adotadas neste começo de ano (Foto: Gilson Teixeira)
Na manhã deste sábado (4), o governador Flávio Dino concedeu entrevista ao programa Resenha, da TV Difusora. Essa foi a primeira declaração ao vivo e exclusiva do governador sobre as ações do seu segundo mandato.

Aos jornalistas John Cutrim, Adalberto Melo e Robson Júnior, o governador falou, entre outros temas, sobre a situação das estradas, a base de Alcântara, o crescimento do Porto do Itaqui, combate à extrema pobreza, mudanças no governo maranhense, além de desmentir notícia falsa que circulou na internet sobre suposto aumento salarial para presos no Maranhão.

Flávio Dino enfatizou que o Maranhão consegue ser visto hoje como exemplo de boa gestão, apesar da “situação econômica do país piorando ano a ano” devido à crise econômica.

“O Maranhão consegue ser visto hoje como exemplo de boa gestão, isso todos dizem nacionalmente, porque conseguimos manter as coisas de um modo geral funcionando, as políticas públicas, direitos e programas. Estamos lutando muito para manter esse caminho”, disse.

Ele assegura que os maranhenses podem “ter a certeza que continuam a contar com um governador que trabalha muito, um governador honrado e honesto, que se dedica obstinadamente todos os minutos para obter bons resultados para a população”, completou.

Estradas

Logo no início da entrevista, o governador foi perguntado sobre quais medidas serão adotadas após o período chuvoso para restaurar estradas que se deterioraram no primeiro semestre de 2019 devido às fortes chuvas.

O governador explicou que não tem competência legal para intervir, por exemplo, na manutenção de estradas federais, como é o caso da BR-316, que liga a região central do Maranhão ao Pará, mas que mantém junto com a bancada maranhense, no Parlamento Federal, cobranças contínuas ao Ministério da Infraestrutura e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que se comprometeram em recuperar “os trechos mais sofridos”.

Entretanto, o governador ressaltou que as estradas estaduais, como é o caso da rodovia que liga Barreirinhas a Paulino Neves, serão reconstruídas “sem nenhum ônus para o Estado” por ainda estarem na chamada “garantia contratual”. Ele destacou que apesar da prioridade ser as estradas maranhenses, posteriormente o Governo do Estado ajudará os municípios a recuperar ruas e avenidas, por meio do programa Mais Asfalto.

Base de Alcântara

Sobre o acordo firmado entre o Brasil e os Estados Unidos que vai permitir que o governo americano faça uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), Flávio Dino avalia que não adianta que a medida traga benefícios econômicos ao país sem que antes atenda aos interesses da população local, em especial às comunidades quilombolas da região.

“A questão sobre a base de Alcântara é: ela será utilizada em favor da população ou ficará inutilizada? A palavra chave que tenho buscado é equilíbrio entre interesses da população e da economia. A base de Alcântara pode ser boa para a economia, mas tem um passivo social para ser resolvido. Para o foguete subir precisamos antes ver os compromissos firmados com a população quilombola”, defende o governador.

Porto do Itaqui, Mais IDH, Cheque Cesta Básica Gestante e mudanças no governo

Durante a entrevista, Flávio Dino rechaçou a possibilidade de privatização do Porto do Itaqui. Ele citou os números positivos que o Porto vem acumulando nos últimos anos e classificou o terminal como patrimônio maranhense.

“A gestão do Porto do Itaqui é respeitada nacional e internacionalmente. Isso faz com que operadores queiram investir no Maranhão. Existem 16 mil empregos diretos e indiretos em torno da movimentação econômica. O porto é um patrimônio do povo do Maranhão”, frisou.

Sobre o aumento do índice de extrema pobreza apontado no Maranhão pelo IBGE, o governador disse que não descredibiliza os números do instituto, no entanto, ele pondera que a extrema pobreza cresceu no Brasil inteiro e que existe uma série de ações realizadas desde 2015 para combater esse problema.

“É falsa a ideia que a extrema pobreza cresceu no Maranhão, a extrema pobreza cresceu no Brasil. Basta pegar os dados do mesmo IBGE e ver que a extrema pobreza cresceu no país inteiro, porque nós saímos de 5% de desemprego, para 13% [no país]. E por isso eu tenho lutado tanto para voltar a ter crescimento econômico”, declara.

O governador ressaltou que, em meio ao caos econômico nacional, por meio de programas como o Mais IDH e o Cheque Minha Básica – Gestante, o Maranhão conseguiu avançar em três pilares atinentes ao desenvolvimento humano: crescimento em renda, longevidade e educação. “Cinco ou seis estados andaram para trás, nos conseguimos andar para frente”, ressalta o governador, destacando como exemplo a redução da mortalidade materno-infantil, foco do programa Cheque Cesta Básica – Gestante.

Ele também falou sobre o fechamento do ciclo de mudanças na gestão estadual iniciado em janeiro, com alterações na direção da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), da Fundação da Criança e do Adolescente do Maranhão (Funac), da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e do Viva/Procon. Além do coronel Ismael de Sousa, que no mês passado assumiu o comando da PMMA, durante a entrevista deste sábado, Flávio Dino anunciou o advogado Carlos Sérgio para a presidência do VIVA/Procon; o professor André Santos na Fapema; e a assistente social Sorimar Sabóia para a chefia da Funac.

Notícia falsa sobre ‘salário’ para presidiários

O governador derrubou uma notícia falsa que circulou nas redes sociais, sobre suposto aumento salarial para presos no Maranhão. Para Flávio Dino, a divulgação desse tipo de ‘fake news’ é “criminosa” e tem “interesses políticos” em sua origem.

“Infelizmente a internet é uma invenção que tem coisas positivas e têm pessoas que a usam para o mal, para o crime. Isso nunca existiu. Essa extrema direita que está aí me critica por cumprir a Lei de Execuções Penais. O preso tem direito a 2/3 do valor do salário mínimo e esse dinheiro é repassado para as famílias. Naquela foto [que circulou com a notícia falsa], os presos estão recebendo pelo trabalho na produção de blocos de cimento. O evento era alusivo ao fato das penitenciárias terem saído do cenário onde se cortavam cabeças. É isso que eles querem? Antes do nosso governo tinha toque de recolher. Era esse o clima no Maranhão. Enquanto eu for governador, Pedrinhas não voltará ao passado”, afirma.

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