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sábado, 31 de julho de 2021

Clubes querem Fernando Sarney na presidência da CBF

Copa América de 2019 realizada no Brasil.
Com o presidente Rogério Caboclo afastado pelo Comitê de Ética acusado por uma funcionária de assédio sexual e moral, e com a Justiça decidindo colocar interventores no comando da entidade por contestação na eleição realizada em 2018, a CBF vive uma crise institucional inédita e deverá ter, nos próximos meses, um novo mandatário para terminar o mandato em 2022. E os clubes têm um nome preferido.

Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney, é um dos oito vices da CBF e um dos quatro representantes da América do Sul no Conselho da Fifa, importante grupo que define as diretrizes da modalidade.

Considerado discreto, e de bom trânsito com vários entes (clubes, federações, associações de atletas e árbitros, além de políticos), Sarney hoje é quem, na visão de alguns cartolas ouvidos pela coluna, teria melhores condições para tocar a CBF em um momento de transição no qual se desenha a criação de uma Liga para organizar o Brasileirão.

A questão é se Sarney toparia assumir a função e nenhum dos ouvidos ousou cravar que sim.


Do Marcel Rizzo/UOL.

sábado, 22 de agosto de 2020

Fernando Sarney ganhou R$ 1,3 milhões da Fifa em 2019

Fernando Sarney (primeiro, da esq. para dir.), Alejandro Dominguez,
Jair Bolsonaro e Rogério Caboclo na Copa América 2019.
A Fifa gastou em 2019 mais de R$ 74 milhões em remuneração aos 36 membros do seu Conselho. O valor está em documento divulgado nesta quarta-feira (19) e enviado aos filiados para análise antes do Congresso virtual da entidade que será realizado em 18 de setembro. Neste dia se votará as contas do ano passado.

Cada membro do Conselho recebe por ano US$ 250 mil (R$ 1,38 milhão), antes da taxação de impostos, mais diárias variáveis de R$ 830 a R$ 1.400 durante as viagens para reuniões ou representações em eventos. O Brasil tem um representante no Conselho, Fernando Sarney, que é vice-presidente da CBF e filho do ex-presidente José Sarney. Ele é membro desde 2015.

Mas há quem receba mais no Conselho. Os vice-presidentes da Fifa que ao mesmo tempo comandam confederações filiadas ganham por ano US$ 300 mil (R$ 1,65 milhão). Casos, por exemplo, do presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Alejandro Dominguez, e de Aleksander Ceferin, o chefão da Uefa (União Europeia de Futebol).

O Conselho é o novo nome do Comitê Executivo. A Fifa alterou o formato do grupo, aumentando os representantes e exigindo a presença de mulheres, e a nomenclatura depois dos seguidos escândalos de corrupção, a partir de 2015, que levaram para a prisão dezenas de cartolas e derrubaram o ex-presidente Joseph Blatter.

Ex-presidente da CBF, o brasileiro José Maria Marin foi condenado à prisão pela Justiça dos EUA por, segundo a denúncia, receber propina para vender direitos comerciais de torneios para empresas de marketing esportivo. Ele sempre negou as acusações e por causa da pandemia foi autorizado a voltar ao Brasil em março de 2020.

O Comitê Executivo da Fifa também entrou em desgraça com as denúncias de compra de votos para as escolhas da Rússia e do Qatar como sedes das Copas de 2018 e 2022, respectivamente. Por isso a Fifa alterou o sistema de votação para definir o local dos Mundiais — agora não são os membros do Conselho, mas o representantes dos 211 países filiados que votam.

Gianni Infantino, presidente da Fifa, receberá bonificação de mais de R$ 6,2 milhões por metas atingidas em 2019. Essa bonificação, que a secretária-geral Fatma Samoura também recebe (R$ 1,5 milhão), foi criada em 2018. A ideia foi ter mecanismos parecidos com o de uma empresa, onde os CEOs ganham fixos, mas também extras dependendo do desempenho da companhia.

Com o salário fixo de R$ 11,5 milhões por ano, Infantino embolsou por ser o presidente da Fifa em 2019 o total de R$ 17,7 milhões, sem contar benefícios. Samoura teve um total de pouco mais de R$ 9 milhões. 

Do UOL Marcel Rizzo