Madalena e Zezé Braga. |
Escrevo estas palavras com lágrimas. Rasgam o coração, rasgam a alma, rasgam o corpo. Não morre com o Sr. José Mercedes Braga somente o comerciante, o político, o amigo, o amante da antiga Manga, mas sobretudo um pedaço da Cidade de Nina Rodrigues, um pedaço do Maranhão, uma substância dinâmica da vida do Estado, já hoje implorando por lideranças, pedindo talentos, suplicando grandezas e gestos de amor.
O Poeta Pablo Neruda, certa feita, disse que um amigo morto era como um carvalho tombado no meio da casa. Eu não me acostumo à ideia de que esse carvalho seja uma criatura tão amável e tão sem defeitos como o nosso querido Zezé Braga. A Cidade de Nina Rodrigues, a partir de hoje, está menor, perdeu uma grande parcela de sua expressão humana. É como se os rios Munim, Preto e Iguará ficassem sem suas águas lustrais.
O Sr. Zezé Braga era um verdadeiro Cavalheiro Amoroso, sempre tinha um sorriso no rosto e uma palavra de afeto e carinho para os amigos. Tive a grata ventura de gozar e privar da amizade deste Irmão amoroso que hoje deixa este “Vale de Lágrimas” para habitar o Reino dos Bem-Aventurados. Meu pai Raimundo Rosa Silva, Seu Limunde, era compadre e grande amigo de Zezé Braga, amigos a vida inteira.
O que nos conforta é a certeza de que a morte não é o fim, mas o grande início do reencontro definitivo com o Criador. Fernando Pessoa dizia que morrer é continuar.
Com um verso de Fernando Pessoa, deixo o meu preito de saudade e o meu abraço solidário aos familiares de José Mercedes Braga, com o sentimento de que um dia estaremos junto na Grande Festa da Ressurreição:
“Não haverá
Além da morte e da imortalidade
Qualquer coisa maior? Ah, deve haver".
Receba um forte e fraterno abraço maranhense e renovador.
Por Georgino Melo e Silva - Procurador Federal.
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