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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Vargem Grande: Homenagens a Clomar Rodrigues Viana de Oliveira

Irany e Clomar.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

Faleceu nesta segunda-feira (07) Clomar Rodrigues Viana de Oliveira, vítima de uma infecção generalizada que resultou na falência múltipla dos órgãos, no auge dos seus 79 anos. Dona Clomar, como também era conhecida em Vargem Grande, era servidora pública federal aposentada e descendente de uma das famílias mais tradicionais do município.

Dona Clomar era casada com Irany Barroso de Oliveira, com quem dividiu a vida por mais de 50 anos. Dentre os filhos deste estimado casal, destaca-se o médico Dr. Mauro César Viana de Oliveira, que tem forte atuação na medicina brasileira e também na política estadual.

O prefeito Carlinhos Barros se manifestou por meio das redes sociais. "É com imensa tristeza que recebo a notícia do falecimento de dona Clomar Rodrigues Viana de Oliveira, esposa de Dr. Irany de Oliveira. Nesse momento de dor, me solidarizo com familiares e amigos e expresso as mais sinceras condolências pela perda".

O procurador federal Georgino Melo e Silva, também filho de Vargem Grande, fez um belo relato sobre dona Clomar e o que ela representa para a história vargem-grandense. "Tenho boas recordações de dona Clomar. As nossas famílias sempre foram amigas. A velha Vargem Grande tinha um nível cultural que poucas cidades tinham, com a elevação da alma, da literatura, da ciência e da cultura em geral. Havia uma devoção aos valores espirituais que muito contribuíram para a nossa formação moral e intelectual. Vargem Grande deu ao universo homens da estatura de Nina Rodrigues, Flory Gama, Hemetério Leitão e muitos outros. Dona Clomar fez parte dessa Vargem Grande que agora só existe em nossa memória. Ela era uma senhora de muitas virtudes. Foi servidora pública federal e gozava justa aposentadoria ao lado do seu amoroso esposo Irany Oliveira com a força do amor dos filhos e netos. A sua morte me comove e leva um pouco da alma vargem-grandense".

O Titular do Blog também aproveita o ensejo para lamentar a morte desta estimada vargem-grandense e roga a Deus para que Ele possa confortar o coração de todos neste momento de dor e de luto.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Georgino Melo homenageia José Sarney por aniversário de 90 anos

Georgino Melo e José Sarney.
PRESIDENTE JOSÉ SARNEY 90 ANOS.

Neste dia 24 de abril, chega aos 90 anos, inabalavelmente situado no seu outono feliz e bem-aventurado, o nosso estimado mestre e amigo José Sarney.

Foi no solo sacrossanto de Pinheiro, tradicional e culta urbe maranhense, numa manhã chuvosa, sob a proteção de Santo Inácio, que José Sarney abriu seus olhos para este mundo e recebeu de Deus um balde cheio de estrelas.

T.S. Eliot, no seu magnífico “Terra Arrasada”, verberou que abril é o mais cruel dos meses:
“Abril é o mais cruel dos meses, germina
Lilases da terra morta, mistura
Memória e desejo, aviva
Agônicas raízes com a chuva da primavera”.

No Maranhão o mês de abril é um mês virtuoso. Na terra timbira, onde todos que dormem acordam poetas, mesmo admirando o gênio poético do grande dramaturgo e poeta T.S.Eliot, a crueldade de abril é uma miragem, pois para nós, devotos de Sarney, abril é mês sagrado do benfazer.

A vida luminosa e a biografia de Sarney deixam seus amigos emocionados, não só por ser uma história importante para o Maranhão, mas sobretudo porque é fundamental para o País. Tenho a convicção plena de que José Sarney encontra-se entre aqueles poucos escolhidos que personificam, na mais sublime essência da naturalidade, caridade e solidariedade cristã. Sua história é de dignidade, integridade e de luta perene de compaixão ao próximo e defesa da vida. 

A atuação de José Sarney na arena política atingiu o ponto culminante, com a sua investidura  como o mais alto mandatário da República. O seu descortínio, o seu talento, a sua vocação de estadista e a sua capacidade de mediador foram decisivos para a nossa travessia do regime autoritário para a mais plena e longa quadra democrática da História do Brasil. Ele teve a noção exata de como conduzir o xadrez nos momentos mais difíceis do jogo político. Conhecedor da História e das grandes ideias políticas, Sarney sabe que a política não é uma dádiva para os pobres de espírito, como ensinou Maquiavel.

Cícero ensinava que amizade é antes de tudo confiança. O pressuposto para que a relação entre duas pessoas se solidifique é olhar com simpatia o outro no seu modo de ser. Sarney compreende essa grande aventura humana que é a amizade, compreende também que muitos e variados são os seus desafios. Quem tem amigos sabe quanto é gratificante superar desafios para solidificar a amizade. Relembro Albert Camus: "só quem ama a si próprio pode amar o próximo”.

Outra marca peculiar do Presidente Sarney é a amorosa fraternidade que ramifica àqueles com quem cria laços, afetivos ou profissionais. A minha convivência com o amigo Sarney me faz lembrar o momento em que Jesus, no Lago de Genesaré, convocou os seus discípulos a fim de se tornarem pescadores de homens.

A minha amizade com o Presidente Sarney se tornou mais substanciosa e profunda com a abençoada interveniência de um fraterno e grande amigo, o Professor Benedito Buzar, o noivo de Itapecuru-Mirim.

Quando nos encontramos no Maranhão, sob os acordes das águas lustrais da baia de São Marcos, é parada obrigatória fazer-se presente no aconchego maranhense da residência do casal Dona Marly e José Sarney. Sarney  é dotado de memória prodigiosa e tem o ritmo gostoso do "causeur” temperado pela sua cultura gigantesca e enciclopédica.

Mas, Sarney gosta mesmo é de ser membro da Academia Brasileira de Letras e ser reconhecido como um grande escritor. Sua produção literária já foi traduzida para vários idiomas e seu talento de mestre da ficção foi reconhecido por Claude Lévy Strauss: “Com o seu texto eu reencontrei o sabor, a linguagem carregada de imagens, sobretudo a qualidade profundamente humana de sua população. Eu amei e admirei o livro (Norte das águas)”. Octavio Paz definiu: “José Sarney, poeta e defensor da liberdade”.

A obra literária de José Sarney, como se vê, atingiu uma projeção universal. Ele, com o seu realismo mágico e fantástico, nos apresenta a realidade e a magia dos mares e dos pescadores do Maranhão fantástico, abrindo-nos um painel onde se revelam conflitos, vitalidade e um humor que concilia, numa verdadeira superação da visão presencial da morte.

As velhas tragédias gregas já nos ensinaram que são poucas as coisas que de fato movem a humanidade: o amor, o medo da morte e o poder. Observando atentamente a caminhada vitoriosa de Sarney, constatamos, com muita nitidez, uma extraordinária jornada de bravura, superação, vigor, harmonia e reconciliação, pois ele teve a graça de entender que nada é intocável, perfeito ou definitivo; tudo deve ser examinado, criticado e, se possível, transformado, porque essa é a lógica da trajetória humana na face da terra, a lógica da mudança e da transformação.

É com esse louvor e com a dupla alegria da amizade e da admiração, que venho deixar a minha homenagem ao grande político e escritor José Sarney, nessa feliz efeméride dos seus 90 anos.   

Georgino Melo e Silva, maranhense, amigo de Sarney e procurador federal em Santa Catarina.

* Texto publicado originalmente na Coluna Roda Viva, do escritor Benedito Buzar, no Jornal O Estado do Maranhão.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Minha Professora Dona Odinéia (Por Georgino Melo e Silva)

Odinéia Mesquita.
MINHA PROFESSORA DONA ODINÉIA

Foi com muita tristeza, que hoje recebi a infausta notícia do falecimento da minha grande e amada Professora Dona ODINÉIA PEREIRA DE MESQUITA.

Foi na velha Escola Paroquial Nossa Senhora das Graças, sob o comando do saudoso Padre Carvalho e sob a regência de Dona Odinéia, que comecei a navegar nessas eternas águas do saber que me levaram a muitos mares e a realizar muitos sonhos.

As professoras, todas elas, do antigo curso primário estão dentro de mim, regendo todas as palavras que emanam do meu ser: Tia Concita, Dinda, Tia Fernanda, Dona Nazaré Abreu, Dona Socorro Abreu, Dona Lelé e Dona ODINÉIA, elas foram sempre extensão de minha alma.

A cidade de Vargem Grande, minha terra natal, e a Escola Paroquial, minha alma mater, deram-me régua e compasso. Sou eternamente grato à querida Professora Dona Odinéia, que hoje nos deixa, pela grandeza de sua vida luminosa, pelas lições de vida, de amor, de sabedoria e esperança que inoculou em meu espírito. Sou muito grato pelo que ela representa para nossa Vargem Grande e para o Maranhão.

Com a partida da Professora Odinéia, Vargem Grande ficou menor e o céu do Iguará fica menos iluminado, uma estrela ficou encantada.

Obrigado, Dona Odinéia, por tudo de bom que nos transmitiu nas suas aulas magistrais, que tinha a sabedoria da Mestra insuperável e o carinho de mãe amorosa.

Ficaremos com saudades, mas a memória não morre. As pessoas só existem na memória. Fernando Pessoa, ao falar a morte, disse:

"Não haverá
Além da morte e da imortalidade
Qualquer coisa? Ah, deve haver."

Georgino Melo e Silva - Procurador Federal.

sábado, 14 de março de 2020

Justa homenagem a Zezé Braga, um dos fundadores de Nina Rodrigues

Madalena e Zezé Braga.
A morte de José Mercedes Braga, neste dia 12 de março, deixou-me profundamente comovido (saiba mais).

Escrevo estas palavras com lágrimas. Rasgam o coração, rasgam a alma, rasgam o corpo. Não morre com o Sr. José Mercedes Braga somente o comerciante, o político, o amigo, o amante da antiga Manga, mas sobretudo um pedaço da Cidade de Nina Rodrigues, um pedaço do Maranhão, uma substância dinâmica da vida do Estado, já hoje implorando por lideranças, pedindo talentos, suplicando grandezas e gestos de amor.

O Poeta Pablo Neruda, certa feita, disse que um amigo morto era como um carvalho tombado no meio da casa. Eu não me acostumo à ideia de que esse carvalho seja uma criatura tão amável e tão sem defeitos como o nosso querido Zezé Braga. A Cidade de Nina Rodrigues, a partir de hoje, está menor, perdeu uma grande parcela de sua expressão humana. É como se os rios Munim, Preto e Iguará ficassem sem suas águas lustrais.

O Sr. Zezé Braga era um verdadeiro Cavalheiro Amoroso, sempre tinha um sorriso no rosto e uma palavra de afeto e carinho para os amigos. Tive a grata ventura de gozar e privar da amizade deste Irmão amoroso que hoje deixa este “Vale de Lágrimas” para habitar o Reino dos Bem-Aventurados. Meu pai Raimundo Rosa Silva, Seu Limunde, era compadre e grande amigo de Zezé Braga, amigos a vida inteira.

O que nos conforta é a certeza de que a morte não é o fim, mas o grande início do reencontro definitivo com o Criador. Fernando Pessoa dizia que morrer é continuar.

Com um verso de Fernando Pessoa, deixo o meu preito de saudade e o meu abraço solidário aos familiares de José Mercedes Braga, com o sentimento de que um dia estaremos junto na Grande Festa da Ressurreição:

“Não haverá
Além da morte e da imortalidade
Qualquer coisa maior? Ah, deve haver".

Receba um forte e fraterno abraço maranhense e renovador.

Por Georgino Melo e Silva - Procurador Federal.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Justa homenagem a Zé de Fátima

José de Fátima.
Vargem Grande é uma tradicional urbe maranhense, seus filhos são reconhecidos pelo gosto pela cultura, pela ciência e pelas artes. José de Fátima Souza faz parte dessa tradição e iluminou nossa terra com o brilho do seu talento e de sua inteligência. Foi professor, jornalista, radialista, mas, acima de tudo, foi um amante da vida e da arte de viver em plenitude. Ele tinha paixão pela boa conversa, pela polêmica e pela arte de criar um ambiente de sorriso e de boa convivência. Era um provocador sem maldades. Era um "causeur" inveterado. Um homem de palavra fácil.

Hoje fui tomado de grande comoção com a notícia de sua morte prematura. Filho de Seu Bité (Bitemar Souza) e de Dona Sebastiana (Sebastiana Moraes de Souza) era descendente de um clã de fortes raízes fincadas na velha e tradicional Vargem Grande, tinha um talento peculiar para manejar a palavra nas suas vertentes mais nobres e criativas. Zé de Fátima preferiu ficar na sua aldeia, a sua ambição e o seu prazer era caminhar pelas vielas e pelas veredas de Vargem Grande. Foi feliz ao seu modo, certamente, tinha consciência de que quem canta a sua aldeia torna-se universal.

John Donne nos ensina: "A morte de cada homem diminui-me, porque eu faço parte da humanidade; eis porque nunca pergunto por quem dobram os sinos: é por mim." A partida de Zé de Fátima Souza deixa o mundo menor e com um sorriso menos alegre.

Sempre gosto de citar Santo Agostinho quando ele nos leva a refletir que a vida é para conhecer a Deus, a morte para glorificá-lo e a eternidade para adorá-lo. É com esse sentimento e essa fé na eternidade de nosso alma que pago nas mãos frias do Amigo que vai primeiro, mas sentido o calor de sua alma generosa. Até um dia, meu Irmão Zé de Fátima Souza quando todos estaremos juntos para o grande reencontro definitivo.

Por Georgino Melo e Silva - Procurador Federal.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Deputado Fábio Braga presta homenagem ao escritor Benedito Buzar

Aniversário de 80 anos de Benedito Buzar.
Em pronunciamento feito na sessão desta terça-feira, 20, o deputado Fábio Braga (SD), registrou a sua presença no último sábado, 18, à cidade de Itapecuru-Mirim onde foram feitas homenagens ao presidente da Academia Maranhense de Letras Benedito Buzar pela passagem dos seus 80 anos de vida.

As festividades contaram também com as presenças de membros da comunidade, representantes das Academias de Letras do Estado, dos Municípios de Itapecuru, de Arari e de Vitória do Mearim e de vários políticos daquela região. “Eu também quero deixar a minha homenagem ao Benedito Buzar pela passagem dos seus oitenta anos de vida”, disse Fábio Braga, pedindo que seja transcrito nos Anais da Assembleia Legislativa o artigo feito pelo seu conterrâneo, o procurador federal Georgino Melo e Silva, em homenagem a Benedito Buzar.

Da tribuna, Fábio Braga leu o texto que sintetiza a homenagem a Benedito Buzar que é bacharel em Direito, jornalista, escritor, professor e pesquisador. Foi professor titular de Ciências Políticas da Universidade Estadual do Maranhão, deputado estadual, secretário de Estado e da Prefeitura de São Luís e também presidente da MARATUR, dentre outras atribuições.

Deputado Fábio Braga na Tribuna da Assembleia.
“Costumo-me reunir com Dr. Buzar para deliciar-me com a sua cultura, sua inteligência vibrante, sua sabedoria e seu maravilhoso senso de humor. Nascido em Itapecuru, tradicional urbe maranhense, escritor, jornalista, professor e ex-parlamentar, o nosso querido Benedito Buzar é detentor de uma memória prodigiosa e é grande conhecedor da história do Maranhão e do Brasil. Dá gosto ouvi-lo discorrer sobre acontecimentos políticos do nosso amado Maranhão. Mas Buzar é um apaixonado pela sua família, pelos seus amigos, por Itapecuru Mirim e pelo Maranhão. O mar, a terra, a história, as pessoas, as suas qualidades e defeitos, a luz, as paisagens dessa terra querida determina o ritmo de Buzar. Mesmo sem exercer mandato político, Benedito Buzar é um homem de estado. Ora, um homem de estado é antes de tudo homem. Sendo impossível entendê-lo sem nos olharmos dentro de nós mesmos para encontrarmos o que com ele temos em comum. Sentidos, sentimentos, idéias, impulsos, visões e ideais povoam a mente e o coração como a do ser humano mais simples e destituído. O que é singular em um homem como Benedito Buzar é a elevação paulatina dessas capacidades”. Isso transcrito aos Anais desta Casa fará uma homenagem ao nosso ex-deputado Benedito Buzar é a elevação paulatina dessas capacidades. O Dr. Benedito Buzar não foi e nem será cobrado, pois não se omitiu e nem negligenciou. O povo do Maranhão e do Brasil é quem deve muito ao ilustre homenageado  pelo seu exemplo de vida”.

Anistia

Fábio Braga também lembrou que Benedito Buzar, ex-deputado estadual, teve o mandato abreviado pelo Regime Militar por não aceitar a forma como era conduzida a política naquela época. Mas, na gestão do então presidente Arnaldo Melo, a Assembleia Legislativa concedeu-lhe a anistia. “Esta Casa, depois de vários e vários anos, concedeu-lhe essa anistia. Ainda na presidência do deputado Arnaldo Melo foi feita uma homenagem aos deputados que tiveram os seus mandatos cassados naquela época”.