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segunda-feira, 10 de março de 2025

AML é contra retirada do nome do vargem-grandense Raimundo Nina Rodrigues de Hospital

Hospital Nina Rodrigues.
A Academia Maranhense de Letras (AML) manifestou-se em carta contra a possível mudança de nome do Hospital Nina Rodrigues, em São Luís. O debate surgiu a partir de questionamentos sobre a obra do médico e antropólogo maranhense, nascido em Vargem Grande no dia 04 de dezembro de 1862, acusado de racismo em seus estudos (relembre). A AML, no entanto, defende a permanência da homenagem, destacando a importância histórica e científica de Nina Rodrigues para diversas áreas do conhecimento.

Patrono da Cadeira nº 3 da AML e reconhecido também na Bahia, onde ocupa a Cadeira nº 39 da Academia de Medicina, Nina Rodrigues foi um dos fundadores da antropologia criminal no Brasil. De acordo com a carta da Academia, assinada pelo presidente Lourival Serejo e aprovada em sessão no dia 27 de fevereiro, ao longo de sua trajetória, Rodrigues publicou mais de 60 obras, incluindo “Regime alimentar no Norte do Brasil” (1881), “A Morféia em Andajatuba” (1886) e “O alienado no Direito Civil brasileiro” (1901). O nome do escritor, segundo a AML, está registrado na história da imprensa maranhense, baiana e de periódicos internacionais.

Além de sua produção intelectual, Nina Rodrigues destacou-se na medicina, atuando em prol das populações mais vulneráveis. Esse trabalho lhe rendeu o título de “Doutor dos Pobres”. Para a AML, apagar sua contribuição sob o argumento de um revisionismo histórico equivale a desconsiderar sua relevância para a ciência e para o país. A instituição ressalta, no entanto, que reconhece e respeita as lutas legítimas contra o racismo e as injustiças sociais. No entanto, defende que a preservação da memória de Nina Rodrigues não deve ser confundida com a conivência com práticas discriminatórias.

BIOGRAFIA

Raimundo Nina Rodrigues (Vargem Grande, 4 de dezembro de 1862 – Paris, 17 de julho de 1906) foi um médico legista, psiquiatra, professor, escritor, antropólogo e etnólogo brasileiro. Notório eugenista, foi ainda dietólogo, tropicalista, sexologista, higienista, biógrafo e epidemiologista. Nina Rodrigues é considerado o fundador da antropologia criminal brasileira e pioneiro nos estudos sobre a cultura negra no país. Foi o primeiro estudioso brasileiro a abordar a temática do negro como questão social relevante para a compreensão da formação racial da população brasileira, apesar de adotar uma perspectiva racista, nacionalista e cientificista em seu livro Os Africanos no Brasil (1890-1905).

sábado, 18 de janeiro de 2025

Advogada e filho são vítimas de racismo no Supermercado Mateus do Renascença

Denúncia da advogada.
A advogada Luanna Lago publicou vídeos, em seu perfil em rede social, relatando uma situação que passou com seu filho adolescente no supermercado Mateus do bairro Renascença, em São Luís, e que ela classificou como “humilhante” e “vexatória”. O caso aconteceu no dia 10 de janeiro.

Ela começa os vídeos contando que foi abordada por um homem que disse que o filho dela havia pegado o carrinho de compras dele. Ela respondeu que “não” e explicou que o carrinho dela também havia sumido por algum momento, mas que conseguiu recuperar. “Então tem alguém brincando com isso aqui porque o nosso também tinha sumido e fomos encontrar lá no hortifruti”, relatou.

Segundo ela, o homem respondeu: “Nós vimos a filmagem e apareceu seu filho pegando meu carrinho”, acusou. Ela continuou negando, e o homem percebeu depois, segundo ela conta, que no carrinho havia apenas um produto em comum com as compras dele. “Continuei minha compra com meu filho tranquilamente e fomos para a fila depois de um tempo para fazer o pagamento”, narra a advogada nos vídeos.

Enquanto passava as compras no caixa para efetuar o pagamento, a advogada relata que sofreu uma nova abordagem, dessa vez, por parte de uma fiscal da loja. Ao lado da funcionária estava o homem que acusou o filho de Luanna de ter “subtraído” o carrinho dele, além de uma mulher e uma criança. “Foram até mim no caixa insistirem em dizer que meu filho havia pego o carro”, conta. 

Eles voltaram a dizer, segundo a advogada, que viram a filmagem do momento em que o carrinho deles foi levado. “Aquilo foi me sufocando de uma forma tão gigante que tomou uma proporção que eu jamais esperaria. De repente eu me vi aos gritos”, segue descrevendo a situação. “Eu me vi num desespero muito grande, protegendo meu filho de uma injustiça, de uma acusação falsa. Comecei a gritar, gritei muito”, afirma.

“Absolutamente ninguém do supermercado Mateus quis me ouvir, nem quando eu estava falando baixinho, calma, nem quando eu estava gritando”, continua a advogada, alegando que somente a outra família teve apoio naquele momento. “Eu não vou nem precisar dizer para vocês qual é a cor da pele daquelas pessoas”, destaca.

"Esse estabelecimento tinha a obrigação de me ouvir, de entender o que realmente tinha acontecido. Somente depois que eu fiz gritos e gritos e gritos, foram puxar novamente a filmagem e verificaram que o meu carrinho, que havia sumido quando eu estava lá no frigorífico, foi retirado de lá pela pessoa que estava me acusando. E quando meu filho pegou o carrinho, ele estava pegando o meu carrinho que aquela pessoa havia subtraído. Dentro do nosso carrinho não havia um item sequer daquela pessoa, tudo ainda era nosso, não havia usado nosso carrinho para absolutamente nada, e só levou de um local para outro. Mas em nenhum momento ele admitiu o erro dele", disse a advogada.

A advogada disse ainda que conversou com o gerente da loja, que se recusou a se retratar em público naquele momento. “Ele disse que a família que tinha que me pedir desculpa e a família obviamente não pediu porque estava se achando cheia de razão. Eu não vou pegar o microfone para pedir desculpa. Eu peço desculpa pra senhora pelo constrangimento. E eu tenho a gravação integral do diálogo que eu tive com o gerente”, disse.

“Provamos que estávamos certos e saímos de lá de cabeça erguida”, escreveu a advogada na postagem. Luanna registrou um boletim de ocorrência após o episódio. Procurado, o Grupo Mateus não se manifestou até o momento sobre o caso.

Do Imirante.

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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Advogado diz que vargem-grandense Raimundo Nina Rodrigues era racista e quer retirar nome dele de Hospital

Hospital Nina Rodrigues.
Pessoas da comunidade poderão participar da audiência pública que será realizada pelo Judiciário nesta quinta-feira (21), às 9h, no auditório Madalena Serejo, do Fórum de São Luís, no bairro do Calhau, para discutir sobre manter ou alterar o nome do Hospital Nina Rodrigues. Durante a audiência pública serão apresentados e analisados aspectos históricos, sociais e culturais em torno dessa questão, que foi levada à justiça na Ação Popular apresentada por um advogado, na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís.

A ação questiona a moralidade administrativa da homenagem, considerando discordâncias que há em torno de supostas ideias “eugenistas” que teriam sido defendidas pelo médico psiquiatra Raimundo Nina Rodrigues, nascido em Vargem Grande em 04 de dezembro de 1862, que criminalizariam e marginalizariam grupos em situação de risco social, como a população negra e indígena. A teoria da eugenia busca selecionar a espécie humana, com base na genética.

LEGALIDADE DE HOMENAGEM

A decisão de promover a audiência pública sobre a legalidade da homenagem ao médico resultou de audiência entre o autor do processo, advogado Thiago Cruz e Cunha e procuradores do Estado do Maranhão, realizada em 24/09, sem haver acordo. Nessa audiência, os representes legais do Estado alegaram que alterar o nome do Hospital Nina Rodrigues não traria qualquer benefício prático à administração pública, tratando-se de uma “irrelevância jurídica”.

Mas, para o juiz Francisco Reis Júnior, a ação popular tem o objetivo de garantir a legalidade e a moralidade dos atos da Administração Pública, como assegura a Constituição Federal. “O ponto central reside na incompatibilidade da homenagem prestada a uma figura histórica que, conforme alegado pelo autor, sustentava ideais racistas e eugenistas”, declarou o juiz na decisão.

INTERESSE PÚBLICO

A audiência pública foi a maneira encontrada pelo Judiciário para possibilitar que as pessoas interessadas participem, assim como historiadores e especialistas nesse tema, a fim de permitir que o debate seja coletivo, democrático e orientado pelo interesse público. “No caso em questão, a alteração do nome do hospital, ao retirar a homenagem a uma figura histórica cujas ideias se mostram incompatíveis com os valores constitucionais, busca proteger a moralidade administrativa e assegurar a conformidade da atuação estatal com os princípios republicanos”, concluiu o juiz.

Foram convidados a participar da audiência pública o professor Hamilton Raposo; representantes da Comissão de Direitos Humanos e de Igualdade Racial da Seccional da OAB/MA, representantes das Secretarias de Estado da Cultura, de Direitos Humanos e da Administração e Secretaria Extraordinária de Igualdade Racial e representantes da UFMA, da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e organizações da sociedade civil.

BIOGRAFIA

Raimundo Nina Rodrigues (Vargem Grande, 4 de dezembro de 1862 – Paris, 17 de julho de 1906) foi um médico legista, psiquiatra, professor, escritor, antropólogo e etnólogo brasileiro. Notório eugenista, foi ainda dietólogo, tropicalista, sexologista, higienista, biógrafo e epidemiologista. Nina Rodrigues é considerado o fundador da antropologia criminal brasileira e pioneiro nos estudos sobre a cultura negra no país. Foi o primeiro estudioso brasileiro a abordar a temática do negro como questão social relevante para a compreensão da formação racial da população brasileira, apesar de adotar uma perspectiva racista, nacionalista e cientificista em seu livro Os Africanos no Brasil (1890-1905).

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Urgente! Preto procura a Polícia Civil e o Ministério Público após ser alvo de ataque racista em Vargem Grande

Everaldo Juvenil.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

O candidato a prefeito de Vargem Grande Preto foi alvo de ataques racistas durante um debate que aconteceu em uma TV local na última quarta-feira (02). Na ocasião, o candidato a vice-prefeito da oposição Everaldo Juvenil afirmou que Preto não compareceu ao programa, que teve transmissão pelo YouTube, porque está fazendo 'política de brincadeira' e se 'macaqueando'.

O termo 'macaqueando' é uma clara consumação do crime de injúria racial, cometido por Everaldo contra Preto. Por essa razão, Preto procurou a delegacia de polícia civil e registrou um boletim de ocorrência junto a autoridade policial. Além disso, segundo apurado pelo Titular do Blog, foi promovida uma Notícia Crime junto ao Ministério Público para que sejam tomadas todas as providências judiciais cabíveis.

Confira mais detalhes (clique para ampliar):


Lamentável que a política em Vargem Grande tenha chegado a esse ponto. Vamos aguardar o desenrolar do caso!

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Homem recebe voz de prisão por racismo e durante abordagem ainda desacata policiais em Vargem Grande

Delegacia de Vargem Grande.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

Na tarde desta quarta-feira (17), policiais civis de serviço em Vargem Grande efetuaram a prisão em flagrante delito de um indivíduo identificado apenas pelas iniciais L.G.A.C., também conhecido como 'Boludo', pelos crimes de racismo, difamação majorada, ameaça, desacato e posse irregular de arma de fogo.

De acordo com o delegado Tiago Castro, várias vítimas procuraram à delegacia relatando as ameaças e os atos racistas praticados por ele, bem como apresentaram vídeos das ofensas raciais, principalmente com o uso da palavra 'macaca'. Desta forma, uma equipe da polícia civil foi até a residência do suspeito, localizada no bairro de Fátima, e efetuou sua prisão, encontrando, ainda, uma arma de fogo do tipo espingarda que era utilizada para ameaçar os moradores.

"O preso tentou intimidar e desacatou os policiais, sendo autuado também por difamação majorada contra servidor público e desacato. Após audiência de custódia, a prisão em flagrante foi homologada pelo poder judiciário e ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da justiça", explicou o delegado.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Racismo, agressão e tortura praticados no Mateus da Avenida Castelo Branco resulta em condenação de R$ 20 milhões

Ilson Mateus, dono do Grupo Mateus.
O juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, condenou o Mateus Supermercados a pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 20 milhões e a apresentar, no prazo de seis meses, um plano de ação antirracista para todas as suas filiais.

A sentença acolheu pedido do Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos “Pe. Josimo”, para reparar dano moral coletivo e dano social causado à população negra e ao povo brasileiro, em razão de possível “crime de tortura”. O centro também pediu o pagamento de indenização de R$ 100 milhões ao Fundo Estadual de Direitos Difusos previsto na Lei da Ação Civil Pública (nº 7.347/1985).

A ação é baseada em inquérito policial no qual a vítima R.N.S.P.J, de 35 anos, foi detida, algemada e amarrada com um pedaço de cabo elétrico e tira de plástico, no almoxarifado do Supermercado Mateus da Avenida Castelo Branco, no bairro Laranjeiras, em Santa Inês (relembre).

AGRESSÃO E TORTURA

A vítima teria comprado 2kg de frango e, após pagar pelos itens no caixa, quando saía com as compras e a nota fiscal, foi abordada pelo segurança do supermercado e teria sido torturada e apanhado com ripas de madeira, sofrendo lesões que deixaram marcas roxas no corpo.

O Mateus Supermercados alegou não ter havido a prática de qualquer ato de racismo, tampouco essas pessoas foram alvo de atos de tortura praticados por empregados ou terceirizados da empresa, “uma vez que nenhum dos procedimentos adotados ofenderia direitos e garantias”. Sustentou ainda que as pessoas consideradas como vítimas seriam, na verdade, “autores de furto ou de tentativa de furto”, que foram abordados no exercício regular de um direito, não podendo ser a empresa obrigada a retirar seus meios de proteção para permitir livremente a ação de criminosos, uma vez que o Mateus Supermercados possui o direito de proteger seu próprio patrimônio e o dever de proteger seus consumidores.

ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

Na sentença, o juiz faz um apanhado das normas internacionais e brasileiras que regulamentam os direitos humanos e o crime de racismo que fundamentaram a decisão judicial. Martins cita a Constituição Brasileira, a Lei nº 12.288/2010, conhecida como Estatuto da Igualdade Racial e a Lei nº 7.716/1989 (Lei do Racismo), que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor. Nesse caso, diz a sentença, ficou comprovado que a rede de Supermercado Mateus tem praticado condutas discriminatórias, atentando não só contra a vida e a integridade física de suas vítimas/clientes, mas contra toda a coletividade, especialmente a população negra.

A sentença relata, ainda, ter havido outros casos nas dependências das filiais da empresa, a exemplo do ocorrido com a senhora J.D.C.O., jovem negra que foi torturada e agredida com ripas de madeira, após abordagem semelhante ao último. “Além da evidente falha na prestação do serviço, a atitude da ré constitui ato ilícito. Do acervo probatório, verifico a ocorrência de uma sucessão de atos segregatórios, voltados, principalmente, às pessoas negras”, diz o juiz na sentença.

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Homem chega embriagado no Posto Natureza, chama segurança de 'macaco' e acaba baleado

Caso aconteceu no Posto Natureza.
Na madrugada deste domingo (12), um segurança que trabalha em um posto de gasolina atirou contra um homem após um suposto ataque racista, no Posto Natureza, no Turu, em São Luís. Segundo testemunhas, um homem chegou próximo a uma loja de conveniência apresentando sinais de embriaguez. Em certo momento, ele discutiu com o segurança o chamando de 'preto, macaco'.

Além das supostas ofensas, o segurança alegou que o homem teria ido em direção a ele, o que provocou o disparo. O tiro, no pé, o deixou ensanguentado em frente a loja de conveniências. Até o momento, não houve registro de Boletim de Ocorrência por nenhuma das partes. No entanto, o delegado Rondineli, da 7ª Delegacia de Polícia do Turu, afirmou que aguarda o comparecimento do segurança ou do homem baleado para instaurar o Inquérito Policial.

Do G1 MA.

domingo, 31 de março de 2024

VÍDEO: Briga generalizada com ataques racistas é registrada na Península da Ponta d'Areia

Momento da briga generalizada.
Um vídeo que circula em redes sociais mostra uma briga generalizada em um bar, situado na Península da Ponta d’Areia, em São Luís, por volta da meia-noite deste domingo (31). Um homem, de 26 anos, acabou sendo conduzido à delegacia suspeito de fazer ataques racistas a um funcionário do estabelecimento, além de desacato contra policiais e violência contra uma mulher.

A guarnição do 1º Batalhão de Polícia Militar de Turismo (BPTur) foi ao local, onde recebeu informação de que clientes não teriam pago a conta do bar e, por isso, estavam em meio a uma confusão generalizada com seguranças do estabelecimento. A polícia teve que conter a briga e, durante uma conversa, foi efetuado o pagamento da conta do bar, restando apenas R$ 53,80. Segundo informações do BPTur, mesmo depois do pagamento, um homem continuou ameaçando um funcionário do bar e ainda o chamou de “preto” e “macaco”.
Em seguida, ele desacatou, com palavrões, um sargento e outro PM e chegou também a ameaçar e agredir a ex-namorada, com quem se deparou no local, ainda de acordo com informações do BPTur. O autor destas agressões foi conduzido para a Casa da Mulher Brasileira em São Luís. Os demais envolvidos neste caso também foram chamados para serem ouvidos.

Confira o exato momento da briga generalizada no Instagram do Blog do Alpanir Mesquita:

Do Imirante. 

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Vídeo: Motoboy negro é esfaqueado, mas quando PM chega é ele que vai preso

Motoboy negro foi preso.
O que seria o atendimento a uma ocorrência corriqueira por policiais militares do 9º BPM de Porto Alegre se transformou em polêmica e acusações de racismo contra os agentes. Na tarde deste sábado, 17. O motoboy Ewérton Guadeli da Silva, de 40 anos, que é negro, foi ferido levemente no pescoço por um homem branco, de cabelos grisalhos durante uma discussão no bairro Rio Branco. 

O agressor desferiu um golpe de faca, depois de reclamar da concentração de entregadores em frente ao seu prédio. A polícia foi acionada pelos vizinhos. No entanto, quando chegaram ao local, os PMs encontraram a vítima aos gritos e detiveram o motoboy por desacato a autoridade. Algemado, Ewérton foi encaminhado à 2ª Delegacia de Polícia da capital gaúcha.

Já o agressor, cujo nome não foi divulgado, ainda foi levado até a sua residência para vestir uma camisa. Só depois disso é que foi algemado e levado em outra viatura para a 2ª DP. O homem é conhecido no bairro por reclamar constantemente da presença de entregadores de aplicativo em frente ao prédio onde mora. Na discussão deste sábado, Ewérton bateu boca com o morador e recebeu um golpe de faca no pescoço, saindo levemente ferido.


De acordo com os PMs, o motoboy recebeu voz de prisão por se mostrar agressivo e gritar com os agentes. A ação dos policiais militares gerou revolta entre os motoboys que costumam se concentrar no local e de pessoas que testemunharam a confusão. Vídeos com imagens da abordagem a Ewerton e do tratamento diferenciado dispensado ao agressor circularam pelas redes sociais, gerando protestos e acusações de racismo contra os PMs.

A vítima e o agressor, após prestarem depoimento na delegacia, foram liberados. O caso foi registrado como “vias de fato” (briga) — e não como tentativa de homicídio. Os PMs insistiram para que Ewérton fosse autuado por desacato, mas o delegado de plantão rejeitou a acusação. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se manifestou nas redes sociais: "Sobre a prisão de um homem negro que seria vítima de tentativa de homicídio em POA, determinamos via Corregedoria da Brigada Militar a abertura de sindicância para ouvir imediatamente testemunhas e apurar as circunstâncias da ocorrência, com a mais absoluta celeridade. Renovo minha absoluta confiança na Brigada Militar e nos homens e mulheres que compõem nossas forças de segurança. Inclusive, em respeito aos dedicados profissionais que as integram, é que a apuração da conduta será célere e rigorosa".

Confira o exato momento da prisão:

Do Jornal O Dia. 

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Em agenda com ministra Anielle Franco, Iracema afirma que criação de Centro da Mulher Negra fortalece pauta antirracista

Agenda no Maranhão.
A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), participou, nesta segunda-feira (31), da posse da nova diretoria do Centro Estadual de Referência da Mulher Negra Ana Silvia Cantanhede, que contou com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Na solenidade, o governador Carlos Brandão (PSB) assinou o decreto que oficializa a criação da instituição e inaugurou a Área de Vivência Marielle Franco no local.

Iracema Vale destacou a satisfação do Parlamento Estadual em estar irmanado para o fortalecimento de uma pauta tão importante como a luta e a educação antirracistas. “Para nós da Assembleia essa é uma bandeira de luta, pois fazemos política para o povo do Maranhão, que tem uma comunidade negra muito forte e é a nossa descendência. Então, estamos muito felizes em apoiar essa causa e esse movimento”, afirmou.

A ministra Anielle Franco disse que o Centro Estadual de Referência da Mulher Negra é um exemplo concreto do que são políticas públicas voltadas para as mulheres negras e a população preta em geral. “É uma honra ser recepcionada não só pelo governador Carlos Brandão, mas também estar ao lado das parlamentares maranhenses, que têm à frente essa pauta que é uma luta muito importante para o país inteiro. A inauguração desse espaço é um marco e esperamos que iniciativas como esta sejam replicadas em mais estados”, disse a ministra.

Iniciativa

O Centro Estadual de Referência da Mulher Negra tem como propósito oferecer um local seguro e acolhedor às mulheres negras vítimas de racismo, discriminação de gênero e violência estrutural e religiosa. O governador Carlos Brandão frisou que o espaço é o primeiro do Nordeste criado com essa finalidade e que a iniciativa é um exemplo para todo o país.

“Aqui será um local onde vamos desenvolver políticas públicas voltadas para as mulheres negras, além de ser uma ponte para discutir com o governo ações nas áreas da saúde, educação, combate ao racismo e políticas para a população negra”, completou Brandão.

Também estiveram presentes os deputados Roberto Costa (MDB), Ana do Gás (PCdoB), Janaína Ramos (Republicanos) e Fabiana Vilar (PL), que ratificaram a importância do espaço para as mulheres e toda a população negra do estado.

“Esse é um passo importante que o governador Carlos Brandão dá ao priorizar as políticas de inclusão social para a população negra do nosso estado. Mostra também a necessidade de fortalecermos a presença da mulher negra dentro da sociedade, uma vez que o Maranhão é composto em sua maioria pela população negra”, afirmou o deputado Roberto Costa.

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Flávio Dino quer punir espanhóis que praticaram atos racistas contra Vini Jr.

Flávio Dino.
O ministro da Justiça Flávio Dino disse nesta segunda-feira (22) que estuda a possibilidade de usar o Código Penal para aplicar a lei brasileira contra os ataques racistas ao jogador Vinicius Júnior, do Real Madrid. De acordo com ele, entretanto, não é algo que será feito imediatamente. A medida vai depender das providências adotadas pelas autoridades espanholas.

Nesse domingo (21), o atleta voltou a ser alvo de injúrias raciais durante partida do campeonato espanhol contra o Valencia. Durante toda a partida, torcedores do time gritavam “mono” (macaco) sempre que Vinícius estava com a bola.

O ministro afirmou que o Ministério da Justiça pode recorrer ao dispositivo da “extraterritorialidade”, previsto no Código Penal, para aplicar a lei brasileira em casos de crimes cometidos contra brasileiros no exterior. 

“O Código Penal prevê que, em algumas situações excepcionais, é possível que, no caso de crimes contra brasileiros, mesmo no exterior, haja a aplicação da lei brasileira”, disse. Dino afirmou que esse é um recurso “extremo”, que não deve ser usado neste momento, mas que pode vir a ser necessário, dada a reincidência dos ataques.

Do Metrópoles.

sábado, 22 de abril de 2023

Estudante é xingada de 'macaca' e humilhada por colegas de turma em ônibus escolar no Maranhão

Vítima foi atacada pelos próprios colegas de turma.
Uma estudante, de 15 anos, foi vítima de racismo e bullying por parte de colegas de turma da Unidade Escolar Leuda Silva Cabral, em Santa Inês. O caso aconteceu na quarta-feira (19), dentro de um ônibus que faz o transporte escolar dos estudantes. O vídeo que mostra as agressões foi divulgado nas redes sociais e gerou revolta na cidade. A adolescente estava com os colegas, voltando da escola para a sua residência, localizada na zona rural da cidade.

Nas imagens, a menina é chamada de 'macaca' e 'preta velha' por colegas da mesma turma dentro de um ônibus que faz o transporte escolar. Ela também teve a cabeça suja de milho. A equipe do JM1 tentou falar com a estudante. Abalada, ela não quis se manifestar sobre o caso. "Eu só entrego tudo isso nas mãos de Deus, que Deus possa me dá força e que eu possa voltar a minha alegria outra vez. Não quero falar nada agora no momento", disse a menina em mensagem.

A direção da Escola Leuda Silva Cabral publicou uma nota repudiando a ação dos estudantes que atacaram a colega. A Prefeitura de Santa Inês, responsável pelo transporte escolar dos estudantes, também se manifestou sobre o caso e disse que tomou medidas cabíveis junto ao Conselho Tutelar.

Do G1 MA.

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Mulher negra é acusada de furto e passa por constrangimento no Supermercado Mateus; veja vídeo

Mulher vítima de racismo.
A dona de casa Weslane Sousa denuncia ter sido vítima de racismo, nessa terça-feira (18), dentro de uma unidade do supermercado Mateus em Imperatriz. Ela conta que foi acusada, injustamente, de ter escondido um iogurte em um carrinho de bebê. O vídeo que mostra a situação foi gravado pela própria vítima. 

Weslane Sousa tinha ido passar o dia na casa da mãe e foi ao supermercado, localizado no bairro Vila Redenção, na companhia dela e das duas filhas, de seis meses e seis anos. Na saída do supermercado um funcionário, que não foi identificado, pediu a nota fiscal da compra para a dona de casa e checou a lista. Weslane Sousa explicou que, em determinado momento, ele a acusou de ter escondido os iogurtes em uma parte do carrinho da bebê e pediu para que ela fosse para fora do supermercado para 'evitar constrangimentos'.

Nas imagens, gravadas por Weslane, as compras dela aparecem reviradas na porta do estabelecimento, enquanto ela explica que não havia roubado nada. "No momento em que eu estava saindo ele pediu a nota fiscal para minha mãe. Ela deu. E aí, eu falei: 'a minha está mais na frente'. Ai, ele pegou, olhou, viu que estava tudo e depois, ele esbarrou em mim e disse: 'É o seguinte, você roubou uns 'danones' aí? Está no capô do carrinho da bebê e para evitar mais constrangimento, você vai tirando para fora'. E foi a hora que pedi para minha mãe gravar, mas nervosa, ela não conseguiu. Foi aí, eu escutei no rádio: 'É essa aí que estava saindo agora', a moça disse isso", contou.

Todo o constrangimento que a Weslane passou foi na frente da filha, de seis anos. A menina ficou bastante abalada com a situação, chorou muito e relatou para a mãe que estava sentindo dores no peito e medo. A vítima fez um Boletim de Ocorrência online já que, no momento do crime, o atendente da delegacia estava em horário de almoço. Weslane acredita que foi tratada desta forma devido à cor da pele e pela forma simples como estava vestida.

"Minha mãe começou a gritar querendo falar com o gerente, veio duas moças se apresentando como gerente. Primeiro, veio uma, disse que era negra também e não aceitava aquele tipo de comportamento", disse.

A advogada da vítima, Sara Martins, protocolou uma solicitação pedindo as imagens do circuito interno de câmeras de segurança do supermercado. "A situação como um todo é inadmissível desde o momento inicial, essa é a grande verdade. Ainda ontem nós pedimos as imagens das câmeras de segurança do supermercado, porque ainda que a gente faça esse pedido, no momento, ele geralmente não fornecem essas imagens. Mas nós já pedimos porque pelo vídeo a gente já consegue sentir a dor daquele momento", explicou a advogada. Procurada, a rede de supermercados Mateus não se manifestou sobre as acusações.

Confira o momento do constrangimento no Instagram do Blog do Alpanir Mesquita:

Do G1 MA. 

segunda-feira, 6 de março de 2023

Secretária recém-empossada por Carlos Brandão expõe funcionárias na internet para mostrar que gosta de negras

Brandão empossando Abigail.
A deputada estadual Abigail Cunha (PL), que acabou de ser nomeada como secretária da Mulher no Maranhão pelo governador Carlos Brandão (PSB), postou uma foto na internet com suas empregas domésticas para dizer que gosta de mulheres negras. A publicação que já saiu do ar foi criticada nas redes sociais.

“Para quem anda dizendo que não gosto das mulheres negras. Puro preconceito, as donas da minha casa são negras e são mulheres de batalha e verdadeiras”, escreveu Abigail junto a foto em que está no meio de suas funcionárias.

Veja a publicação feita por Abigail e apagada logo em seguida:

Internautas enxergaram um teor racista na publicação e criticaram a secretária. "Dos criadores de 'não sou racista' vem aí 'tenho até empregadas que são', estrelando Abigail Cunha, Deputada Estadual pelo PL do Maranhão", escreveu um seguidor.

Abigail foi anunciada na última quinta-feira (02) como nova integrante do governo de Carlos Brandão. A posse aconteceu no sábado (04), em Imperatriz (saiba mais). O atual chefe do Executivo do Maranhão foi reeleito no ano passado após ser vice de Flávio Dino (PSB), atual ministro da Justiça e Segurança Pública.

Do Jornal O Globo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Prefeitura de Presidente Vargas promove II Encontro em Alusão ao Dia da Consciência Negra

II Encontro em Alusão ao Dia da Consciência Negra.
O Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, marca a luta pela garantia de direitos dos negros, e a prefeitura de Presidente Vargas, por meio da secretaria municipal de Assistência Social e coordenação municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, realizou o segundo encontro de conscientização e valorização da cultura negra.

O evento, que ocorreu na última sexta-feira (18) no Clube Social Espaço Jovem, reuniu secretários, servidores municipais, estudantes e representantes de comunidades quilombolas, e contou com momentos de falas, apresentações, interpretações, participações e atividades culturais com o objetivo de estimular o respeito às diferenças e a igualdade racial.

Em entrevista, a coordenadora de Igualdade Racial Euciane Valéria disse: "Hoje estamos realizando o nosso segundo encontro alusivo ao Dia da Consciência Negra, um tema muito importante dentro das nossas comunidades quilombolas presvarguenses. A nossa luta contra o racismo é constante, não só em novembro, mas durante todo ano. Juntos podemos vencer e somos mais fortes! A nossa cor é linda", finalizou.

Da Ascom PMPV.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Trabalhadoras rurais denunciam que foram vítimas de racismo na Baixada: 'Ele me chamou de preta ladrona'

Quebradeiras de coco.
Quatro quebradeiras de coco denunciam que foram vítimas de agressões verbais e de ofensas racistas no município de Viana, localizado na Baixada Maranhense. As trabalhadoras rurais afirmam terem sofrido, no dia 20 de junho, ataques racistas do proprietário de uma área localizada no povoado Esperança, também no município de Viana, onde as mulheres costumam coletar coco babaçu.

As quatro quebradeiras de coco, que vivem no povoado Santa Maria dos Tejus, comunidade remanescente de quilombo, procuraram a polícia e foi aberto um inquérito para apurar o caso. “Ele me xingou, me chamou de preta ladrona”, denuncia a quebradeira de coco Sandra Maria Sousa.

Integrantes do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) também foram à delegacia prestar apoio e solidariedade às trabalhadoras rurais. “É muito triste porque eu sou também de comunidade quilombola e a gente também já sofreu essas coisas. É uma humilhação, porque negro é gente e tem que ser respeitado”, disse Maria Antônia dos Santos, coordenadora executiva do MIQCB/Baixada.

O proprietário do terreno compareceu à Delegacia de Viana acompanhado de parentes e de um advogado, mas preferiu não se pronunciar sobre o caso. Se forem comprovadas as denúncias, o suspeito poderá responder pelo crime de injúria racial.

Do G1 MA.

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Presos se revoltam com internos que faziam sexo dentro de cela e realizam motim em presídio de Bacabal

Presídio de Bacabal.
Sete detentos que participaram de um motim, nesse domingo (19), e tentaram matar outros dois internos na Unidade Prisional de Bacabal tiveram a prisão preventiva decretada. De acordo com a Polícia Civil, um grupo de internos tentou assassinar outros dois que teriam relações sexuais homoafetivas dentro de uma das celas do presídio. 

Inicialmente, segundo informações policiais, os internos utilizaram barras de ferro para tentar matar as vítimas. Eles também usaram colchões e blocos de concreto nas bases das camas das celas para imprensar as vítimas e asfixiá-las contra as grades do Pavilhão B do presídio. Diante da quantidade de concreto que pressionavam os corpos das vítimas, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados. 

Os bombeiros cortaram algumas barras das grades que dão acesso à saída do pavilhão para que pudessem salvar a vida dos dois internos. Como não conseguiu concretizar o crime, o grupo iniciou uma rebelião na UPR, que foi contida pela polícia penal. Ontem, o comando da Polícia Militar do Maranhão informou que a rebelião foi causada por insatisfação dos detentos com a situação da unidade prisional e com o diretor da casa.

Todos os responsáveis pelos crimes - tentativa de duplo homicídio qualificado por motivo torpe, racismo por orientação sexual e identidade de gênero, motim de presos e associação criminosa - foram identificados e encaminhados à Delegacia Regional de Bacabal. O procedimento foi encerrado  às 5h desta segunda-feira (20).

Do Imirante.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Repórter da TV Quilombo de Vargem Grande participa de intercâmbio nos Estados Unidos

Comitiva nos EUA.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

O repórter da TV Quilombo de Vargem Grande Raimundo José Leite, que ficou conhecido em todo Brasil após levar sua câmera de papelão com tripé de bambu para o Domingão com Huck, programa apresentado por Luciano Huck na Rede Globo (relembre aqui e aqui), está nos Estados Unidos desde a semana passada.

O motivo? Participar do Programa de Liderança para Visitantes Internacionais (IVLP), o principal programa de intercâmbio profissional do Departamento de Estado dos EUA. O objetivo da iniciativa é promover a troca de experiências entre personalidades norte-americanas e estrangeiras. Neste ano, a ação foi desenvolvida com o foco na desigualdade social e chamou profissionais de imprensa negros brasileiros para o encontro.
Raimundo em Washington.
Raimundo José viajou ao lado de mais 12 jornalistas negros brasileiros, como por exemplo, Aline Aguiar, da Globo Minas; Edsoul Amaral, da NSC Santa Catarina; Rita Batista, da Globo Rio; Basília Rodrigues, comentarista de Política da CNN; dentre outros.

"Está sendo uma grande experiência, conhecer de perto a história de luta de homens e de mulheres que lutaram pela emancipação do povo preto, nos traz um sentimento que tudo que fazemos para o fim do preconceito e do racismo em qualquer lugar do planeta é mais que essencial, é necessário", disse o quilombola, que está em sua primeira viagem internacional.

A viagem terá duração de 15 dias e a comitiva passará por Washington, Iowa, Carolina do Norte e Atlanta, onde poderão trocar experiências com a mídia norte-americana. 

Confira o vídeo de Raimundo diretamente de Washington:

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Sargento da Marinha que matou vizinho no RJ foi candidato a vice-prefeito no Maranhão

Sargento matou vizinho no RJ.
O sargento da Marinha do Brasil que matou o vizinho Durval Teófilo Filho com três tiros na porta do condomínio onde os dois moravam, no Rio de Janeiro, é maranhense e foi candidato a vice-prefeito do município de Paço do Lumiar, nas Eleições Municipais de 2020 (saiba mais detalhes do caso).

Aurélio Alves Bezerra, de 51 anos, é natural de São Luís, sendo conhecido como Sargento Aurélio. Ele foi candidato a vice-prefeito pelo Partido Social Cristão (PSC) no município localizado na Região Metropolitana da capital maranhense. A chapa que ele concorria ficou em quarto lugar nas eleições com cerca 1.886 votos e obteve pouco mais de 3% dos votos válidos.

Sargento preso

A Justiça manteve, durante uma audiência de custódia nesta sexta-feira (4), a prisão do sargento. O militar foi indiciado por por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Na audiência, no entanto, o Ministério Público informou à Justiça que entende que a tipificação correta é homicídio doloso, ou seja, com intenção.

Em depoimento, o sargento afirmou que atirou ”para reprimir a injusta agressão iminente que acreditava que iria acontecer”. O militar esteve na Delegacia de Homicídios às 7h45 de quinta-feira (3), pouco mais de nove horas após o crime, no fim da noite de quarta (2).

Do G1 MA.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Sargento da Marinha mata vizinho negro e diz que o confundiu com bandido

Homem assassinado.
Um homem foi morto pelo próprio vizinho, na porta de casa, em São Gonçalo, na noite desta quarta-feira (2). Segundo a polícia, Durval Teófilo Filho, de 38 anos, foi baleado ao ser confundido com um bandido.

O autor dos disparos foi o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que chegou a socorrer a vítima e foi preso em flagrante. O crime foi na Rua Capitão Juvenal Figueiredo 1520, no Colubandê, por volta das 23h.

À PM, Aurélio disse que chegava em casa quando avistou um homem se aproximando de seu veículo “muito rápido”. O militar afirmou ter atirado três vezes, atingindo a barriga de Durval.

Luziane Teófilo, mulher de Durval, disse que escutou os tiros. Ela afirma ainda que o marido morreu porque era preto. “A minha filha, que tem 6 anos, estava esperando por ele. Imediatamente ela olhou pela janela e disse que era o pai dela”, narrou.

Aurélio então se aproximou de Durval e viu que ele não estava armado. Ainda segundo o depoimento, Durval chegou a dizer a Aurélio que era morador do mesmo condomínio. O militar, então, socorreu o vizinho ferido, levando-o ao Hospital Estadual Alberto Torres, onde foi preso. Durval não resistiu e morreu na unidade. Aos PMs, Aurélio informou que “a localidade é perigosa e costuma ter muitos assaltos”.

Veja o vídeo:


Do G1.