sábado, 18 de janeiro de 2025

Advogada e filho são vítimas de racismo no Supermercado Mateus do Renascença

Denúncia da advogada.
A advogada Luanna Lago publicou vídeos, em seu perfil em rede social, relatando uma situação que passou com seu filho adolescente no supermercado Mateus do bairro Renascença, em São Luís, e que ela classificou como “humilhante” e “vexatória”. O caso aconteceu no dia 10 de janeiro.

Ela começa os vídeos contando que foi abordada por um homem que disse que o filho dela havia pegado o carrinho de compras dele. Ela respondeu que “não” e explicou que o carrinho dela também havia sumido por algum momento, mas que conseguiu recuperar. “Então tem alguém brincando com isso aqui porque o nosso também tinha sumido e fomos encontrar lá no hortifruti”, relatou.

Segundo ela, o homem respondeu: “Nós vimos a filmagem e apareceu seu filho pegando meu carrinho”, acusou. Ela continuou negando, e o homem percebeu depois, segundo ela conta, que no carrinho havia apenas um produto em comum com as compras dele. “Continuei minha compra com meu filho tranquilamente e fomos para a fila depois de um tempo para fazer o pagamento”, narra a advogada nos vídeos.

Enquanto passava as compras no caixa para efetuar o pagamento, a advogada relata que sofreu uma nova abordagem, dessa vez, por parte de uma fiscal da loja. Ao lado da funcionária estava o homem que acusou o filho de Luanna de ter “subtraído” o carrinho dele, além de uma mulher e uma criança. “Foram até mim no caixa insistirem em dizer que meu filho havia pego o carro”, conta. 

Eles voltaram a dizer, segundo a advogada, que viram a filmagem do momento em que o carrinho deles foi levado. “Aquilo foi me sufocando de uma forma tão gigante que tomou uma proporção que eu jamais esperaria. De repente eu me vi aos gritos”, segue descrevendo a situação. “Eu me vi num desespero muito grande, protegendo meu filho de uma injustiça, de uma acusação falsa. Comecei a gritar, gritei muito”, afirma.

“Absolutamente ninguém do supermercado Mateus quis me ouvir, nem quando eu estava falando baixinho, calma, nem quando eu estava gritando”, continua a advogada, alegando que somente a outra família teve apoio naquele momento. “Eu não vou nem precisar dizer para vocês qual é a cor da pele daquelas pessoas”, destaca.

"Esse estabelecimento tinha a obrigação de me ouvir, de entender o que realmente tinha acontecido. Somente depois que eu fiz gritos e gritos e gritos, foram puxar novamente a filmagem e verificaram que o meu carrinho, que havia sumido quando eu estava lá no frigorífico, foi retirado de lá pela pessoa que estava me acusando. E quando meu filho pegou o carrinho, ele estava pegando o meu carrinho que aquela pessoa havia subtraído. Dentro do nosso carrinho não havia um item sequer daquela pessoa, tudo ainda era nosso, não havia usado nosso carrinho para absolutamente nada, e só levou de um local para outro. Mas em nenhum momento ele admitiu o erro dele", disse a advogada.

A advogada disse ainda que conversou com o gerente da loja, que se recusou a se retratar em público naquele momento. “Ele disse que a família que tinha que me pedir desculpa e a família obviamente não pediu porque estava se achando cheia de razão. Eu não vou pegar o microfone para pedir desculpa. Eu peço desculpa pra senhora pelo constrangimento. E eu tenho a gravação integral do diálogo que eu tive com o gerente”, disse.

“Provamos que estávamos certos e saímos de lá de cabeça erguida”, escreveu a advogada na postagem. Luanna registrou um boletim de ocorrência após o episódio. Procurado, o Grupo Mateus não se manifestou até o momento sobre o caso.

Do Imirante.

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