Ranking da redução da gasolina. |
A queda de 17,9% é efeito da redução de tributos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nos estados. Antes da lei aprovada pelo Congresso, cada ente federativo tinha autonomia para determinar a taxa sobre o combustível.
"Como se sabe, a redução do preço da gasolina se deve a uma renúncia fiscal. Os estados abriram mão de parte do ICMS arrecadado com o combustível, e isso diminuiu a distância entre o preço nas refinarias e na bomba ao consumidor", afirma o economista Robson Gonçalves, professor de MBAs da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Segundo ele, reduções tributárias dessa natureza em um preço relevante como é o da gasolina são difíceis de reverter. "Acredito que, ao longo dos próximos anos, a gente deve conviver com esse preço mais baixo, fruto de uma menor carga de ICMS", avalia.
Nos últimos dois anos, o preço médio da gasolina nos postos de combustíveis chegou a variar 45%. O aumento foi resultado da política de paridade internacional da Petrobras e dos impactos que a pandemia e a guerra na Ucrânia trouxeram ao mercado de commodities, de acordo com Gonçalves.
"Isso somado ao dólar caro no Brasil fez com que o preço do combustível em reais subisse muito. Se algum desses fatores ceder, teremos mais um elemento a favor da redução do preço nas bombas a longo prazo. No entanto, a resolução do conflito na Ucrânia, o fim definitivo dos efeitos da Covid, em termos, por exemplo, de lockdown na China, ou mesmo a revalorização do real, nenhum desses fatores parece muito provável em curto prazo", diz o economista.
Porém, em mais uma tentativa de abaixar o preço dos derivados de petróleo, em ano eleitoral, o governo federal propôs que o ICMS se limitasse a 18% sobre esses produtos. O projeto foi aprovado em 13 de junho e os governadores passaram a reduzir o imposto a partir de 27 de junho, quando o primeiro deles, Rodrigo Garcia, de São Paulo, anunciou a medida. Antes, o governo já havia zerado os impostos federais sobre os combustíveis, como o PIS, Cofins e a Cide. A expectativa do Executivo federal é de queda média de R$ 1,55 no preço da gasolina.
Redução da gasolina nos estados:
• Acre – R$ 1,34
• Alagoas – R$ 1,28
• Amapá – R$ 1,27
• Amazonas – R$ 0,86
• Bahia – R$ 1,60
• Ceará – R$ 1,32
• Distrito Federal – R$ 1,73
• Espírito Santo – R$ 1,47
• Goiás – R$ 1,65
• Maranhão – R$ 0,76
• Mato Grosso – R$ 1,08
• Mato Grosso do Sul – R$ 1,53
• Minas Gerais – R$ 1,72
• Pará – R$ 1,36
• Paraíba – R$ 1,24
• Paraná – R$ 1,55
• Pernambuco – R$ 0,89
• Piauí – R$ 1,05
• Rio de Janeiro – R$ 1,74
• Rio Grande do Norte – R$ 1,30
• Rio Grande do Sul – R$ 1,10
• Rondônia – R$ 1,46
• Roraima – R$ 0,90
• Santa Catarina – R$ 1,33
• São Paulo – R$ 1,08
• Sergipe – R$ 1,23
• Tocantins – R$ 1,26
Confira a reportagem:
Do Portal R7.
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