Teve folia, cultura, criatividade, diversão. O Bloco Criolina formado pelos cantores maranhenses Alê Muniz, Luciana Simões e convidados, arrastou uma multidão de gente a perder de vista, na segunda-feira, 12, segundo dia do circuito Joãozinho Trinta – Beira Mar, realizado pelo Governo do Maranhão, em parceria com a Prefeitura de São Luís. O bloco comandado pela dupla consagrada da música maranhense teve como grande atração da festa Elza Soares que levou ao palco criatividade, irreverência e muita música.
Bloco Criolina com Elza Soares arrasta multidão na Beira-Mar. |
A concentração do bloco começou às 16h, na Praça Maria Aragão, com os blocos Afros que abriram o circuito com um banho de axé. Logo em seguida, os Blocos Alternativos continuaram a festa mostrando beleza e encantos do carnaval de São Luís. A animação era grande e a expectativa do público, também.
O governador Flávio Dino participou de todo o circuito da folia na noite da segunda-feira, tanto na Beira-Mar, como na passarela do samba, e com muita animação, ressaltou o crescimento do carnaval como festa tradicional do calendário brasileiro que valoriza a criatividade e pluralidade da cultura e também como forma de geração de renda e trabalho para a população.
A proposta visual do bloco foi inspirada numa estética psicotropicalista. Em homenagem a Elza Soares, cujo álbum mais recente se chama A Mulher do Fim do Mundo, Alê Muniz encarnou o Guerreiro do Fim do Mundo enquanto Luciana Simões se vestiu de Gladiadora do Centro da Terra pra chamar atenção de uma campanha contra o assédio feminino.
No palco, a dupla levantou os foliões com clássicos do carnaval brasileiro, além de releituras de canções de Jorge Benjor, Sérgio Sampaio, Beth Carvalho, Caetano Veloso e Zé Ramalho, entre outros. Na força do refrão, a multidão seguiu atrás do bloco, que formou uma grande corrente de alegria, caminhando pela Beira Mar, em direção à Casa do Maranhão.
Bloco Criolina com Elza Soares arrasta multidão na Beira-Mar. |
Antes de iniciar o Show, a convidada especial do bloco, Elza Soares, falou sobre a felicidade de cantar no Carnaval do Maranhão. “Gosto do circuito de rua. Quando vejo o povo feliz, eu fico feliz também. O Maranhão faz parte da minha vida desde que comecei minha carreira artística. O Estado me escolheu, e hoje vou oferecer o melhor de Elza Soares ao público”, prometeu e cumpriu a cantora.
Já no palco, pode-se nitidamente ver e sentir que o mundo não acabou, mas a mulher do fim do mundo ‘botou pra moer’ no Carnaval de Todos 2018. Elza Soares colocou o público para sair do chão com sucessos de sua extensa carreira musical.
A cantora abriu o show com “Meu choro não é nada além de carnaval, é lágrima de samba na ponta dos pés. A multidão avança como vendaval. Me joga na avenida que não sei qual é”… (A Mulher do fim do mundo). Além de outros sucessos da cantora como ‘Carne Negra’, ‘Malandro e Dança’ esteve no repertório que lavou a alma de quem pulava no bloco.
Mas se Elza subisse ao palco e não fizesse a galera pensar em um País melhor, em igualdade social, racismo, violência doméstica, homofobia e empoderamento feminino, não seria Elza Soares. A artista que já começou a gravar o próximo álbum, que agora proclama no título: “Deus É Mulher”, pediu que o povo brasileiro vá as ruas não só para pular o carnaval.
A diversidade sonora do circuito foi completa, ainda, com as participações de Rosa Reis, Jegue Folia e Bicho Terra com o melhor da música maranhense.
Foi um grande evento, o poder público está de parabéns pelas atrações.
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