Réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado. |
Após o julgamento dessa quarta-feira (9), Allef Gonçalves, que foi condenado por homicídio triplamente qualificado (feminicídio, asfixia e uso de recurso que impediu a defesa da vítima), foi levado de volta ao presídio, em São Luís, onde já estava preso desde a época do crime. A juíza Rosângela Santos Prazeres Macieira, titular da 1ª Vara do Júri, negou ao réu o direito de recorrer, em liberdade, da decisão dos jurados,
A sessão de júri começou por volta das 9h, no Fórum Des. Sarney Costa, e só terminou às 16h. Na acusação atuou o promotor de Justiça Reinaldo Campos e, na defesa, o defensor público Pablo Oliveira. O julgamento ocorreu durante as atividades da 20ª Semana Nacional “Justiça pela Paz em Casa”, que acontece durante esta semana, em todo o Maranhão.
Foram ouvidas cinco testemunhas, entre elas a mãe e uma tia da vítima, além de funcionários do hotel. O acusado compareceu ao Fórum de São Luís, mas usou o direito constitucional de permanecer calado. Ele também não quis acompanhar a sessão de julgamento. Durante a instrução do processo, Allef Gonçalves confessou a autoria do crime.
Na sentença, a juíza Rosângela Prazeres afirma que a conduta do acusado denota culpabilidade exacerbada, “ante a notória reprovabilidade social do crime de feminicídio ao fato de, no caso em questão, o réu era pessoa próxima da vítima, detentor de sua confiança, o que potencializa o sentimento de repulsa”, consta na sentença. O denunciado valendo-se de relação de afeto com a vítima a levou para um quarto de hotel, onde praticou o delito, acrescentou a magistrada.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Allef Gonçalves Araújo Ribeiro e Jecimara Cristian Marques Pacheco conheceram-se há três anos, por meio de um jogo virtual na internet, passando a manter um relacionamento amoroso desde então. Em janeiro de 2020, o denunciado, que mora em São Paulo, viajou para São Luís para conhecer a vítima pessoalmente. O casal hospedou-se no hotel, no dia 26 de janeiro, sem realizar o pagamento regular das diárias do estabelecimento, motivo pelo qual estava sendo constantemente cobrado pelos funcionários e pela proprietária do estabelecimento.
Consta na denúncia, que no dia do crime o denunciado saiu do hotel por volta das 10h30, afirmando à proprietária que estava indo pegar o dinheiro para realizar o pagamento das diárias, evadindo-se e deixando a vítima, já morta, no local. Conforme os autos, a mulher foi encontrada já sem vida no banheiro do quarto do hotel, por um funcionário, por volta das 18h.
Em depoimento à polícia, Allef Gonçalves confessou a autoria do crime, afirmando que se aproveitou do relacionamento e da confiança que possuía da vítima para fazer com que esta se vendasse, sob a alegação de que “ia fazer uma surpresa”, para, então, asfixiá-la com um cabo de internet, objetivando sair do estabelecimento sem que ela fosse atrás dele.
Esse monstro merece apodrecer na cadeia
ResponderExcluir