sábado, 8 de dezembro de 2018

Marcelinho Machado e Iziane trocam experiências em evento promovido pela Estácio São Luís

Marcelinho e Iziane com integrantes do projeto Liberdade com o Basquete,
alunos e docentes da Faculdade Estácio. 
Uma verdadeira lição de vida. Alunos da Faculdade Estácio São Luís e crianças do projeto Liberdade com Basquete puderam por algumas horas conhecer a história de um dos maiores ídolos do basquete na atualidade, Marcelo Magalhães Machado, o Marcelinho. Na capital maranhense, ministrou palestra contando sua história no auditório João Vasquez Ver-Valen na noite desta quinta-feira (6).

“Hoje a Faculdade Estácio São Luís recebe com muito orgulho dois ídolos da história do nosso esporte. É um compromisso da Estácio possibilitar aos nossos alunos e a comunidade em geral essa troca de experiências, um contato mais próximo com grandes personalidades da nossa história. Pessoas que levaram o nome do pais mundo a fora. Optaram pelo esporte sem deixar de lado a educação formal”, ressaltou a gerente Comercial da Estácio, Adriana Pereira Assis.

Olhares e ouvidos atentos a cada detalhe. Assim o público acompanhou a história de luta, glória e superação de Marcelinho que encerrou sua carreira este ano pelo Flamengo, clube do coração. A ex-jogadora Iziane, e coordenadora do projeto Liberdade com o Basquete, mediou o evento O incentivo para o início veio de dentro de casa. De uma família de esportista, Marcelinho soube desde muito cedo o que queria para sua vida. “Meu pai era jogador de basquete, meu tio medalhista olímpico. O esporte fazia parte da minha família. Meus pais sempre incentivaram a prática de esporte, mas sem deixar de lado a parte acadêmica. Quando criança sempre quis jogar basquete”, disse o jogador que se dedicava com afinco aos treinos.

Tanta dedicação assim, prejudicou seu desempenho na escola. Logo, veio a punição por partes dos pais, que sempre priorizavam os estudos. “Quando comecei a tirar notas ruins na escola, meu pai me tirou do basquete. Então percebi que os meus pais queriam que eu valorizasse tudo em minha vida e não deixasse nada de lado, principalmente a escola. No fim das contas, um ajuda o outro.  A prática esportiva vai te dar mais qualidade de vida e a escola o conteúdo necessário para a vida”, complementou o ex-atleta. Marcelinho é formado em Marketing pela Universidade Estácio do Rio de Janeiro e hoje integra e equipe da instituição.

Marcelinho e Iziane em evento promovido pela Estácio.
O craque defendeu a Seleção Brasileira de Basquete cinco campeonatos mundiais (2014/2010/2006/2002/1998), as Olimpíadas de Londres (2012), cinco torneios pré-Olímpicos (2011/2008/2007/2003/1999) e dentre outras competições nacionais e internacionais. Mas nada veio de forma fácil. E dedicou todo o sucesso na carreira aos pais e seus treinadores. “Joguei 18 anos na seleção brasileira onde tenho muito carinho. Depois de muita luta consegui construir uma riqueza e uma história muito boa no Basquete. Devo muito quem eu sou como atleta aos treinadores que eu tive. O conselho que dou hoje é que escutem seus treinadores. Tem de estar sempre atentos aos que as pessoas mais experientes têm a dizer. O que mais me orgulho na minha carreira é a capacidade de enfrentar os desafios. Me orgulho dos títulos que tive, mas me orgulho muito mais da postura que tive, finalizou.

A maranhense Iziane, ídolo da Seleção Brasileira de Basquete e que possui reconhecimento internacional também compartilhou sua experiência de vida. Diferente de Marcelinho, na família de Iziane não havia a cultura do esporte e o início veio na escola que estudava. “Contei com o incentivo da escola que eu estudava. Consegui subir na minha carreira com muito sacrifício”, comentou a ex-atleta.

Um dos maiores adversários de Iziane foi a saudade. Naquele tempo, a tecnologia não possibilitava o contato diária e a saudade era minimizada apenas em uma ligação semanal. “Fui para o exterior e lá convivia com saudade que eu tinha dos meus pais. Eu sou de uma família tipicamente maranhense. Sempre nos reunimos na casa da vó. A casa é sempre cheia. Naquele tempo não tinha smartphone falava com minha família uma vez por semana pelo orelhão que tinha perto de onde eu morava. Era difícil. Mas consegui. Treinava de manhã e à tarde. A noite eu ia para a faculdade. Foi assim na perseverança que consegui tudo que eu quis na vida”, contou.

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