domingo, 30 de abril de 2017

Profissionais do sexo da Oscar Frota, em São Luís, recebem assistência médica-psicológica e tratamento por uso de drogas

Atendimentos médicos, de enfermagem, psicológicos e de serviço
social foram disponibilizados.
Mais uma ação articulada pelo Fórum Estadual de Políticas Públicas Sobre Drogas foi desenvolvida no Centro de São Luís. Em parceria com a Associação das Profissionais do Sexo do Maranhão (Aprosma), a ação de saúde e assistência social voltada para as profissionais do sexo aconteceu nesta quinta-feira (27), na Travessa do Portinho - região conhecida popularmente como Oscar Frota. 

Vários serviços foram prestados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Articulação das Políticas Públicas (Seepp), Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) e Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas). 

Atendimentos médicos, de enfermagem, psicológicos e de serviço social foram disponibilizados. Aplicação de vacinas contra o tétano, hepatite B e tríplice viral, além de testes rápidos de HIV/Aids e hepatites virais. Equipes de abordagem social fizeram o trabalho de convencimento para que profissionais do sexo que usam drogas pudessem iniciar o tratamento adequado no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps ad). 

Atendimentos médicos, de enfermagem, psicológicos e de serviço
social foram disponibilizados.
Uma delas, usuária e em situação de rua, foi encaminhada para a Unidade de Acolhimento (UA) da Cohab. Marcos Pacheco, secretário de Estado Extraordinário de Articulação das Políticas Públicas, contou que no local circulam cerca de 100 mulheres, e que nem sempre procuram os serviços básicos de saúde. “São mulheres muito vulneráveis, que nem sempre vão até uma unidade de saúde, até pelo preconceito que sofrem. Por isso nós viemos aqui ao encontro delas”, explicou o secretário. 

Francisca de Sousa, de 31 anos, trabalha no local há mais de 10 anos, e, nesse percurso acabou tornando-se usuária de crack. Após receber os serviços de saúde e assistência social, aceitou iniciar o tratamento e foi encaminhada imediatamente ao Caps ad, e também para acolhimento na UA da Cohab, já que estava em situação de rua. “Hoje senti algo dentro de mim dizendo que é a hora de parar, de buscar ajuda. Comecei a usar quando vi as pessoas usando também, e continuei”, revelou Francisca. 

A presidente da Associação das Profissionais do Sexo do Maranhão (Aprosma), Maria de Jesus Almeida, destacou que a ação é multiplicadora de cuidados de saúde e assistência. “Ser líder é pensar na situação da companheira. Minha história de vida não é diferente da delas. E saúde é uma prioridade na vida da gente. Saúde, moradia, segurança, são muito importantes. Mas a saúde sempre fica na frente, pois sem ela a gente não consegue nada. Cada ação dessas é muito multiplicadora”, finalizou De Jesus, como é popularmente conhecida.

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