“Abro os jornais, as revistas e os blogs, principalmente por conta do feriado prolongado de fim de semana, e me deparo com notícias novas em torno de problemas velhos, porque cá entre nós, estamos às voltas com a ameaça de interdição da ponte Marcelino Machado, a ponte do Estreito dos Mosquitos, e com o velho atraso na obra de duplicação da BR-135, até Bacabeira”.
Com esta declaração, o deputado Fábio Braga - SD/MA, abriu um discurso crítico nesta quarta-feira, 19, em relação aos problemas que envolvem a ameaça de interdição da Ponte do Estreito dos Mosquitos e do já demorado processo de duplicação da BR 135, no trecho que vai do Campo de Peris, até a cidade de Bacabeira.
Na fala, o parlamentar ressuscitou o fantasma que assusta o povo maranhense há anos, nas ocasiões em que precisa sair ou chegar a capital do estado, sobretudo nos finais de semana e feriados, quando sua paciência é desafiada a enfrentar engarrafamentos longos e insuportáveis, horas estressantes perdidas dentro de um automóvel ou de um coletivo, mas quando precisa desafiar principalmente o maior dos perigos que é o risco de um acidente fatal, já que a ponte do Estreito dos Mosquitos integra, juntamente com a obra inacabada do Campo de Peris, o mais sinistro corredor da morte do estado do Maranhão, conforme mostram as estatísticas na última década.
Fábio Braga recordou, ainda, “que em outubro do ano passado, o tal problema da ponte já estava identificado e para opinar sobre o assunto, foi chamado o Conselho Regional de Engenharia do Maranhão, que em parceria com a Defesa Civil do Estado e com o Corpo de Bombeiros Militar, produziram um laudo de avaliação dando conta de que a situação era preocupante, já que a construção estava comprometida e que se nada fosse feito num breve espaço de tempo, haveria risco de toda a estrutura entrar em colapso”.
O DNIT – prosseguiu o deputado, “ciente do problema também em outubro de 2016, informou que o serviço para restauração da obra seria iniciado de forma emergencial somente a partir de janeiro deste ano, porque entendia que a rachadura naquele momento não oferecia perigo para a trafegabilidade no local, promessa que até a presente data ainda não foi cumprida” - cobrou.
O deputado alertou para o fato dos diagnósticos de CREA e DNIT serem diametralmente opostos sobre o mesmo tema, e que ele, na condição de apenas deputado, bacharel em direito e usuário do sistema, não iria entrar no mérito da questão porque “todos esses órgãos são do ramo, têm expertise e entendem do assunto”, mas avisou: “quero deixar bem claro que meu compromisso aqui em primeiro lugar é com o povo do Maranhão, que é quem está sofrendo com o problema”, e resumiu o que pensa numa frase: “você pode até ignorar a realidade dos fatos, mas não pode ignorar as consequências decorrentes de ignorar a realidade dos fatos. E essas consequências, as famílias que perderam entes queridos sabem disso”, arrematou.
E concluiu sua crítica em tom profético: “queira Deus que o DNIT esteja certo e que de fato a ponte suporte ainda por um bom tempo a demanda de tráfego sem necessidade da recuperação apontada nos laudos, mas, aconselho que todos passem de vidro aberto para o caso de surgir uma emergência" e, em nome do povo do Maranhão, conclamou aos deputados federais, aos representantes do Ministério do Transporte e de outros Órgãos Federais, para que pensem e repensem sobre o tema, porque não há mais como a duplicação e o reparo dessa ponte se estender por mais tempo, porque nosso Estado e nosso povo não merece esse atraso.
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