Uber foi assassinado na Liberdade. |
A Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) cumpriu mandado de prisão contra um dos passageiros do motorista de aplicativo Edmilson Pimenta Azevedo, de 54 anos, que foi morto após uma tentativa de assalto no bairro da Liberdade no último fim de semana.
Soni Anderson Silva de Oliveira foi preso logo após prestar depoimento. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto. O caso pode se tratar de um suposto acerto de contas. Uma das linhas de investigação é de que o homem suspeito de atirar no motorista de Uber tinha intuito de alvejar Soni Anderson do veículo e não a vítima.
Na discussão de trânsito, o atirador teria reconhecido um dos passageiros e efetuado os disparos que acabaram atingindo Edmilson Pimenta. O motociclista realizou entre 5 e 6 disparos de arma de fogo contra o veículo.
Os passageiros entraram no automóvel no bairro Ipase e o destino da corrida era a Madre Deus. O primeiro disparo ocorreu na região da Avenida Kennedy, fazendo com que o motorista desviasse a rota, indo parar na Avenida Luiz Rocha, na área da Liberdade. Um dos tiros acertou fatalmente Edmilson Azevedo. Os quatro ocupantes do veículo já foram ouvidos na SHPP.
Delegado descarta hipótese de latrocínio
O delegado da Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP) em São Luís, Clarismar Campos, informou que os quatros ocupantes do carro relataram em depoimento que a briga teria partido do próprio motorista, mas a polícia diz que é pouco provável que isso tenha ocorrido.
"Os depoimentos dos ocupantes informaram que o motorista do Uber, em certo momento, efetuou uma ultrapassagem e teria ofendido um motociclista, que o teria perseguido e efetuado os disparos contra o carro e vitimando o motorista. (...) A outra vertente é que os próprios ocupantes do carro - que vinham de uma festa carnavalesca e poderiam ter consumido bebida alcoólica - teriam provocado esse motociclista, que em razão disso efetuou os disparos"
"Nós temos imagens de que, em certo momento da viagem, o motorista e o motociclista ficaram lado a lado. Junto com os depoimentos, isso sugere que essa discussão pode ter acontecido", declarou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado Clarismar Campos, a segunda linha de investigação trata o caso como um suposto acerto de contas pelo fato de o atirador ter reconhecido um dos passageiros, seu suposto desafeto.
"Pelo histórico de prisão por roubo de um dos ocupantes, temos ainda outra linha de investigação. Há a possibilidade desse motociclista ter identificado um dos indivíduos do carro por desafeto. Em razão disso, o motivou a perseguir e efetuar os disparos", afirmou.
A Polícia Civil também ressaltou que, até o momento, os ocupantes do carro Uber estão no caso como testemunhas, sendo um como vítima porque chegou a ser alvejado. No entanto, haveriam suposições de que um dos ocupantes estaria usando o motorista para cometer assaltos, o que deve ser confirmado ou descartado a partir de informações da Uber sobre todo o trajeto realizado pelo motorista no dia do crime. A polícia ainda não conseguiu fazer a identificação do assassino.
Do Blog do Gilberto Lima.
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