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Audiência pública em Vargem Grande. |
Com a realização da audiência pública sobre o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), Vargem Grande deu um passo decisivo rumo à solução de um problema histórico: a destinação inadequada de resíduos sólidos. O evento reuniu autoridades municipais, estaduais, técnicos ambientais e a população local para apresentar oficialmente o projeto de implantação do Aterro Sanitário de Vargem Grande, que atenderá ao município e a pelo menos outros cinco da região.
O novo aterro é fruto de uma concessão pública e será operado pela CGR Vargem Grande SPE LTDA, empresa especializada no setor, com atuação em mais de 25 municípios brasileiros. A iniciativa é inédita na região e representa um avanço concreto na superação dos lixões, promovendo saúde pública, geração de empregos e sustentabilidade. “É o começo do fim do nosso lixão. Estamos colocando Vargem Grande no caminho certo da gestão ambiental, sem custos para os cofres públicos. Quem ganha é o cidadão e o meio ambiente”, afirmou o prefeito Preto, durante a cerimônia de abertura da audiência.
Presente ao evento, o ex-prefeito Carlinhos Barros, responsável por iniciar o projeto de concessão em sua gestão, destacou a importância histórica do momento. “Esse é um passo de grande valor para Vargem Grande. Lutamos por essa conquista e hoje vemos esse sonho próximo de se tornar realidade. O aterro representa saúde, dignidade e oportunidade para todos.”
O vice-prefeito Toinho Juvenil também celebrou o avanço. “Estamos resolvendo um problema histórico com uma solução moderna e segura. É um momento de alegria para Vargem Grande e para os municípios vizinhos que também serão beneficiados.”
Estrutura e impacto
Com previsão de receber até 171 toneladas de resíduos por dia ao longo de 30 anos, o aterro será construído em uma área de 132 hectares, localizada a 7 km da zona urbana. A área total adquirida pela empresa ultrapassa 400 hectares, incluindo zonas de preservação, acessos e áreas para futuras ampliações. O projeto contempla estrutura para triagem e reciclagem, além de medidas rigorosas de impermeabilização do solo, drenagem de chorume e tratamento de gases, conforme normas da ABNT.
Segundo o engenheiro projetista Itacir Pasini, responsável técnico pelo projeto, o empreendimento foi planejado para atender aos mais exigentes critérios técnicos e ambientais, sendo a melhor solução para a realidade dos municípios da região. “O Nordeste ainda convive com índices alarmantes de resíduos descartados em lixões. Apenas 37% recebem destino adequado. Este projeto vai mudar esse cenário em Vargem Grande e cidades vizinhas”, explicou Pasini.
Durante sua fala, Bruna Klein, gestora da CGR, destacou que a empresa só começará a receber após o início da operação, ou seja, não há custo para o município até que o serviço esteja efetivamente em funcionamento. Ela também ressaltou o programa 'Transformando Lixões em Oportunidades', voltado à valorização dos catadores e à recuperação de áreas degradadas. “Mais do que tratar resíduos, queremos transformar vidas. Nossa missão é ambiental e também social”, disse Bruna.
O projeto é considerado uma das maiores conquistas da gestão ambiental de Vargem Grande, resultado da articulação entre gestores públicos, iniciativa privada e apoio da sociedade civil. “Esse é um projeto de todos. É uma vitória coletiva, construída com seriedade, técnica e compromisso com o futuro”, afirmou o secretário municipal de Infraestrutura José Barros Filho.
A previsão, segundo a CGR, é que o aterro inicie suas operações em meados de 2026, após a conclusão das etapas de licenciamento e construção — que deve levar de quatro a seis meses após a liberação da licença de implantação.
Da Ascom PMVG.
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