** Escrito por Júnior Dias, acadêmico do curso de Direito.
Acompanhando o debate dos candidatos a prefeito de São Luís e em uma intervenção do candidato Eduardo Braide ao questionar seu opositor, uma pergunta básica me chamou atenção: Eduardo disse "O Sr. criticou o prefeito Castelo e disse que se eleito iria operar mudanças". E acrescentou: "Como operar mudanças com os mesmos secretários de Castelo que hoje compõe o seu governo?"
E aí me transportei para o município de Vargem Grande onde a então candidata Irandir Fernandes, em sua campanha, dizia Governo Novo, Ideias Novas. E como seriam ideias novas se Irandir fosse eleita teria os mesmos secretários vitalícios?
Não dá para esconder que ninguém mais em Vargem Grande, nem os mais próximos deles, suportavam a maneira como os secretários tratavam a população. Era como se fossem os donos do município. O que dizia e o que pensavam, era a verdade, eram serem intocáveis e inquestionáveis. E esse comportamento deles, foi uma enorme fenda aberta na estrutura do poder para que desse a esmagadora vitória de Carlinhos Barros. A incompetência aliada a arrogância e a falta de preparo de lidar com o povo, foram fatores determinantes para a derrota da candidata do poder.
Perguntei a diversas pessoas de seguimentos sociais diferentes do município de Vargem Grande o que mais eles detestavam na administração municipal, a resposta foi unânime: os secretários.
Isso vale para qualquer administrador.
Secretários devem ser avaliados tanto no desempenho da função, como também na sua desenvoltura política. E como os secretários que serviram a Dra. Ana, José Pedro, Dr. Miguel e Edvaldo, se achavam as pessoas mais importantes do município e que estavam acima dos cargos, o município voltou ao seu legítimo dono, O povo. Os que pensavam serem os donos de tudo e de todos, tem agora muito tempo para repensar suas vidas e atitudes.
Que o prefeito eleito Carlinhos Barros olhe esse exemplo e busque a sintonia entre administração e política. E política não se faz com secretários inimigos da população, arrogantes e incompetentes.