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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Urgente! Mais um condenado pela morte do ex-prefeito de Presidente Vargas Bertin é preso

PM's condenados pelo homicídio.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

A polícia civil do Maranhão cumpriu, nesta quarta-feira (02), um mandado de prisão condenatória decretado contra um policial militar condenado pela morte do ex-prefeito de Presidente Vargas Raimundo Bartolomeu dos Santos Aguiar, o Bertin, assassinado a tiros em março de 2007 às margens da BR-222 (relembre o crime).

Trata-se do PM reformado Benedito Manoel Martins Serrão, condenado a 34 anos de prisão durante júri popular realizado em 2018, na Câmara Municipal de Itapecuru-Mirim. A prisão aconteceu a tarde em Humberto de Campos, sendo efetuada por policiais civis da cidade e de Barreirinhas.

Em março deste ano, foi preso em Vargem Grande o também policial militar Raimundo Nonato Gomes Salgado, condenado pelo mesmo crime (saiba mais). Com isso, somente o PM José Evangelista Duarte Sousa continua em liberdade, mesmo condenado.

quinta-feira, 9 de março de 2023

Polícia Civil divulga todos os detalhes da prisão de condenado pela morte do ex-prefeito de Presidente Vargas Bertin

Delegacia regional de Itapecuru-Mirim.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

A polícia civil do Maranhão, através da delegacia regional de Itapecuru-Mirim, divulgou todos os detalhes sobre a prisão do policial militar aposentado Raimundo Nonato Gomes Salgado, efetuada nesta quarta-feira (08) em Vargem Grande. O caso foi divulgado pelo Titular do Blog em primeira mão (relembre).

Conforme repassado pelo delegado regional Samuel Morita, a equipe policial cumpriu uma ordem judicial de prisão definitiva decretada pela 2ª Vara da Comarca de Itapecuru-Mirim em desfavor do militar pelo crime de homicídio qualificado ocorrido em março de 2007, portanto, há 16 anos. A vítima foi o então prefeito de Presidente Vargas Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o 'Bertin', que estava acompanhado de 'Pedro Pote', que conseguiu sobreviver. O caso da morte do prefeito Bertin ganhou destaque na imprensa local e nacional.

Raimundo Salgado e mais dois policiais militares, José Evangelista Duarte Sousa e Benedito Manoel Martins Serrão, foram condenados a 34 anos de prisão durante júri popular realizado em 2018, na Câmara Municipal de Itapecuru-Mirim (saiba mais).

Detalhes do crime AQUI.

quarta-feira, 8 de março de 2023

Condenado pela morte do ex-prefeito de Presidente Vargas Bertin é preso em Vargem Grande

Delegacia de Vargem Grande.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

A polícia civil do Maranhão, através das delegacias de Itapecuru-Mirim e de Vargem Grande, cumpriu mandado de prisão contra um policial militar aposentado na manhã desta quarta-feira (08) em Vargem Grande. Segundo apurado preliminarmente junto ao delegado regional Samuel Morita, que comandou a operação, a prisão é oriunda de uma sentença definitiva decretada pelo poder judiciário.

O caso diz respeito a morte do ex-prefeito de Presidente Vargas Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin, assassinado a tiros em março de 2007 às margens da BR-222. Os três envolvidos no crime foram condenados a 34 anos de prisão em 2018, em júri popular realizado em Itapecuru-Mirim (saiba mais).

sexta-feira, 6 de março de 2020

Assassinato do ex-prefeito de Presidente Vargas Bertin completa 13 anos

Ex-prefeito Bertin.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

Hoje, dia 06 de março de 2020, completam exatos 13 anos do assassinato do então prefeito de Presidente Vargas Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin, que na época tinha 47 anos. Pedro Pereira de Albuquerque, o Pedro Pote, que também estava no carro com o prefeito, conseguiu sobreviver e foi peça fundamental na identificação dos assassinos e nas investigações.

CONDENAÇÃO

Os policiais José Evangelista Duarte Santos, Benedito Manoel Martins Serrão e Raimundo Nonato Gomes Salgado foram condenados pelo crime em dezembro de 2018. Os três acusados foram considerados culpados por decisão dos jurados cidadãos do Conselho de Sentença, sendo todos condenados à mesma pena de 34 (trinta e quatro) anos, 4 (quatro) meses e 15 (quinze) dias de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado. Mas, já estão em liberdade e não perderam a farda da PM (saiba mais).

O CRIME

De acordo com informações do inquérito policial que apurou a ocorrência, no dia 6 de março de 2007, por volta das 22h45min, na altura do Km 193 da BR 222, em Itapecuru- Mirim, no povoado "Cigana", as vítimas Raimundo Aguiar e Pedro Albuquerque viajavam no sentido Itapecuru-Mirim - Vargem Grande, em carro conduzido pelo primeiro, quando outro carro os alcançou, forçando a parar, sob a mira de armas de fogo, tendo sido disparados dois disparos, na porta esquerda do veículo das vítimas. 

Em seguida, os três denunciados, todos militares, renderam as vítimas, tentando algemá-las uma à outra. Um denunciado efetuou dois disparos em Bertin - um na região frontal, e outro na região mandibular -, e os outros denunciados tentaram imobilizar a segunda vítima, Pedro Pote, tendo um denunciado efetuado um disparo na região mamária direita, transfixando o tórax. 

Depois de lutar contra o soldado Salgado, a vítima Pedro Pote conseguiu se livrar das algemas mas ao tentar fugir foi perseguido e golpeado, com estocadas de faca na cabeça. Após os crimes, os acusados fugiram ao notar a chegada de um terceiro veículo trafegando na BR.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

"A verdade prevaleceu", diz irmão do ex-prefeito Bertin após condenação de assassinos

Entrevista do irmão do Bertin.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

Em entrevista ao repórter Telmar Félix, da TV Vale do Itapecuru, o irmão do ex-prefeito de Presidente Vargas Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin, falou sobre o tribunal do júri que condenou os três policiais militares acusados do crime de assassinato contra o ex-gestor.

Francisco Aguiar criticou a tentativa da defesa dos acusados em desqualificar o depoimento de Pedro Pote, que à época do declinou o nome dos três PM's. "Em nenhum momento nós duvidamos do depoimento dele. A verdade prevaleceu", disse.

Veja a entrevista:

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Promotor aposentado Benedito Coroba fala sobre condenados no 'Caso Bertin'

Promotor aposentado Benedito Coroba.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

O promotor de justiça recém aposentado Benedito Coroba, que foi titular da Comarca de Vargem Grande por vários anos, concedeu entrevista ao repórter Telmar Félix, da TV Vale do Itapecuru, onde falou a respeito das condenações dos três acusados do assassinato do ex-prefeito de Presidente Vargas Bertin.

O assassinato aconteceu no dia 06 de março de 2007 e o promotor esteve à frente das investigações durante todo esse período, inclusive tendo sofrido ameaças e feito greve de fome. "Hoje foram julgados os executores e o processo contra os mandantes irá continuar", disse Coroba.

Veja a entrevista:

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Condenados no 'Caso Bertin' cumprirão pena em regime fechado, mas não perderam a farda da PM

Condenados pela morte de Bertin.
Após três dias de duração, encerrou na noite desta quarta-feira (12) a sessão do Júri Popular que levou a julgamento José Evangelista Duarte Santos, Benedito Manoel Martins Serrão e Raimundo Nonato Gomes Salgado, acusados pelos crimes de assassinato contra o prefeito do Município de Presidente Vargas, Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar – o "Bertin", e tentativa de homicídio contra Pedro Pereira de Albuquerque - o "Pedro Pote", crimes ocorridos no dia 6 de março de 2007, na região do Município de Itapecuru-Mirim.

A sessão teve início na manhã da última segunda-feira (10), na Câmara Municipal de Itapecuru-Mirim, sendo presidida pela juíza titular da 2ª Vara da comarca, Mirella Cezar Freitas. Durante os três dias, os jurados ouviram 20 depoimentos, sendo 17 entre testemunhas de acusação e defesa, e os três acusados. Os debates aconteceram nesta quarta-feira (12).

Os três acusados foram considerados culpados por decisão dos jurados cidadãos do Conselho de Sentença, sendo todos condenados à mesma pena de 34 (trinta e quatro) anos, 4 (quatro) meses e 15 (quinze) dias de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado. A sentença ainda determinou a expedição imediata dos mandados de prisão em desfavor dos condenados, para o início da execução provisória das penas impostas, com a expedição das Guias Provisórias de Execução. O Conselho de Sentença confirmou, por maioria, a autoria, a materialidade dos crimes e rejeitou, por maioria, as teses da defesa.

O Ministério Público estadual - responsável pela acusação -foi representado pelos promotores de Justiça Pedro Lino Silva Curvelo (2ª Vara de Execuções Penais de São Luís), Carla Alencar (2ª Vara de Itapecuru) e Carlos Augusto Soares (1ª Vara de Codó). O acusado José Evangelista foi representado pelo advogado Márcio Coutinho; enquanto Raimundo Nonato foi assistido pelo advogado Erivelton Lago, e Benedito Serrão pelo defensor público Alex Pacheco.

Pedro Pote durante depoimento.
A sentença elencou os fundamentos para a fixação das penas para cada um dos crimes, com qualificadoras e agravantes. Quanto ao crime de homicídio, a culpabilidade foi considerada grave, pois o acusado agiu com premeditação e frieza, demonstrando uma elevada reprovabilidade da conduta. “Já quanto aos motivos do crime, tem-se que este foi cometido por motivo torpe, em virtude de paga ou promessa de recompensa”, frisou.

A condenação considerou também as circunstâncias do homicídio como graves, tendo em vista que, além de sido cometido de emboscada, dificultando a defesa da vítima, o fato foi praticado mediante concurso de agentes, sendo três os executores do crime. “As consequências do crime foram graves, uma vez que a vítima, Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, era, ao tempo do crime, prefeito do Município de Presidente Vargas/MA, e o seu homicídio extrapolou as consequências naturais do tipo penal, trazendo caos e instabilidade política para a cidade. A vítima não concorreu para a prática do delito”, cita o documento.

De acordo com o documento, foram praticados dois crimes da mesma espécie, nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução -, representando o instituto do crime continuado e autorizando a fixação da pena mais grave. “Em sendo aplicável ao caso a regra prevista no artigo 71 do Código Penal, à vista da existência concreta da prática de 2 (dois) crimes, que tiveram suas penas individualmente dosadas em patamares diversos; e considerando que os crimes foram dolosos, praticados contra duas vítimas, cometidos com violência à pessoa, bem como considerando a culpabilidade aumentada do acusado, as circunstâncias, as consequências e os motivos dos crimes desfavoráveis, aplico a pena mais grave”, diz o documento.

A sentença deixou de decretar a perda do cargo público dos réus José Evangelista Duarte Sousa, Benedito Manoel Martins Serrão e Raimundo Nonato Gomes Salgado, pois a medida de cassação da aposentadoria deve dar-se na órbita administrativa, não sendo atribuição do juiz criminal. “Os réus já passaram para a inatividade (aposentadoria), portanto, não podem ser afetados por condenação criminal, ainda que esta advenha de fato cometido quando ainda estavam ativos. Se for cabível, a medida de cassação da aposentadoria deve dar-se na órbita administrativa, não sendo atribuição do juiz criminal”, entendeu.

Com o trânsito em julgado da sentença, a magistrada determinou a comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral; ao setor de identificação da Secretaria de Segurança do Estado, noticiando a condenação dos acusados para que sejam efetuados os respectivos registros; e a expedição da guia de recolhimento definitivo com a remessa à Vara de Execuções Criminais. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Assassinos do ex-prefeito de Presidente Vargas Bertin são condenados a mais de 34 anos de prisão

Assassinos condenados. (Foto: Reprodução TV Mirante).
Por Blog do Alpanir Mesquita.

Após três longos dias, chegou ao fim na tarde desta quarta-feira (12) o Tribunal do Júri Popular sobre o 'Caso Bertin'. Os réus José Evangelista Duarte Santos, Benedito Manoel Martins Serrão e Raimundo Nonato Gomes Salgado foram condenados a mais de 34 anos de prisão pelo assassinato do ex-prefeito de Presidente Vargas Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin.

Mas, e os mandantes?

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão se pronuncia sobre adiamento do júri do caso Bertin

Juíza Mirella Freitas acatou pleito da defesa. (Foto: Asscom CGJMA)
Atendendo aos pedidos das defesas dos réus José Evangelista Duarte Santos (apresentação de novas testemunhas) e Raimundo Nonato Gomes Salgado (maior tempo para trabalhar a defesa, que trocou de advogado) a magistrada Mirella Freitas, presidente do Tribunal do Júri da 2ª Vara de Itapecuru-Mirim, remarcou o julgamento para o dia 10 de dezembro de 2018, no auditório da Câmara Municipal de Itapecuru Mirim. 

O pleito teve parecer favorável do Ministério Público. O júri estava marcado para esta segunda-feira, 26.

A defesa do réu Benedito Manoel Martins Serrão (ausente), pela Defensoria Pública, também solicitou adiamento do julgamento, mas a Justiça negou o pedido. Jurados, testemunhas, réus, Ministério Público e advogados já saíram do ato intimados da nova data.

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão

MAIS...

O CRIME - De acordo com informações do inquérito policial que apurou a ocorrência, no dia 6 de março de 2007, por volta das 22h45min, na altura do Km 193 da BR 222, em Itapecuru- Mirim, no povoado "Cigana", as vítimas Raimundo Aguiar e Pedro Albuquerque viajavam no sentido Itapecuru- Mirim-Vargem Grande, em carro conduzido pelo primeiro, quando outro carro os alcançou, forçando a parar, sob a mira de armas de fogo, tendo sido disparados dois disparos, na porta esquerda do veículo das vítimas. Em seguida, os três denunciados, todos militares, renderam as vítimas, tentando algemá-las uma à outra. O primeiro denunciado efetuou dois disparos em Bertin - um na região frontal, e outro na região mandibular -, e o segundo e o terceiro denunciados tentaram imobilizar a segunda vítima, Pedro Pote, tendo o terceiro denunciado efetuado um disparo na região mamária direita, transfixando o tórax. Depois de lutar contra o soldado Salgado, a vítima Pedro Pote conseguiu se livrar das algemas mas ao tentar fugir foi perseguido e golpeado, com estocadas de faca na cabeça. Após os crimes, os acusados fugiram ao notar a chegada de um terceiro veículo trafegando na BR.

Juíza Mirella Freitas fala sobre adiamento do Júri Popular do caso Bertin

Juíza Mirella Freitas.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

A juíza Mirella Cezar Freitas, titular da segunda vara da comarca de Itapecuru-Mirim, concedeu entrevista ao repórter Telmar Félix e deu mais detalhes dos motivos pelo qual adiou o júri popular do caso do assassinato de Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, conhecido como Bertin, que à época do crime ocupava o cargo de prefeito de Presidente Vargas (reveja). 

A nova data é 10 de dezembro. Confira a entrevista na íntegra.


Júri Popular sobre assassinato do ex-prefeito de Presidente Vargas Bertin é adiado

Júri popular aconteceria hoje.
A juíza Mirela Freitas, titular da segunda vara da comarca de Itapecuru-Mirim, adiou o júri popular do caso Bertin que aconteceria na manhã desta segunda-feira (26) (reveja).

A magistrada aceitou pedido do advogado de defesa, Erivelton Lago, que por ser novo no caso alegou não estar a par dos autos com mais de 3 mil laudas. O júri seria realizado no plenário da câmara de vereadores de Itapecuru-Mirim, às 9h da manhã. A nova data será dia 10 de dezembro de 2018, também uma segunda-feira.

Ao contrário de julgamentos recentes realizados na câmara de vereadores, as transmissões do júri também não foram permitidas pelo juízo. 

Do Itapecuru Notícias.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Presidente Vargas: Acusados da morte do ex-prefeito Bertin são pronunciados a júri popular

Ex-prefeito de Presidente Vargas Bertin.
A 2ª Vara da Comarca de Itapecuru-Mirim marcou para o dia 26 de novembro, às 9h, na Câmara Municipal, a sessão do Tribunal do Júri Popular para o julgamento dos réus José Evangelista Duarte Santos, Benedito Manoel Martins Serrão e Raimundo Nonato Gomes Salgado, acusados do assassinato do prefeito do Município de Presidente Vargas, Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar – o "Bertin", e da tentativa de homicídio contra Pedro Pereira de Albuquerque - o "Pedro Pote", em emboscada ocorrida no dia 6 de março de 2007, na região do Município de Itapecuru-Mirim.

Os réus foram denunciados pelo Ministério Público estadual. Conforme a denúncia, as investigações policiais revelaram que os denunciados executaram esses crimes a mando de terceiros – fato apurado em outros autos – que tinham interesse em se beneficiarem de esquema de corrupção existente naquele município, concluindo que os crimes ocorreram em razão do controle político do município e do uso indevido de dinheiro público.

Com o assassinato do prefeito, os mandantes seriam beneficiados, pois Bertin deixaria o comando da prefeitura, permitindo que o então presidente da Câmara de Vereadores assumisse e pudesse pôr em prática um esquema de corrupção. Os três policiais acusados não obteriam qualquer benefício direto com o assassinato, mas sim os mandantes.

Após a análise da denúncia, o Judiciário de Itapecuru decidiu, diante da existência de materialidade e indícios suficientes de autoria do crime, pronunciar os três executores nas penas do artigo 121, §2º, I e IV combinado com o artigo. 29, todos do Código Penal, em relação a Bertin, e nas penas do artigo 121, §2º, IV combinado com o artigo 14, II e artigo 29 do Código Penal, em relação à vítima Pedro Pote, a fim de que sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri.

O CRIME - De acordo com informações do inquérito policial que apurou a ocorrência, no dia 6 de março de 2007, por volta das 22h45min, na altura do Km 193 da BR 222, em Itapecuru- Mirim, no povoado "Cigana", as vítimas Raimundo Aguiar e Pedro Albuquerque viajavam no sentido Itapecuru-Mirim - Vargem Grande, em carro conduzido pelo primeiro, quando outro carro os alcançou, forçando a parar, sob a mira de armas de fogo, tendo sido disparados dois disparos, na porta esquerda do veículo das vítimas.

Em seguida, os três primeiros denunciados, todos militares, renderam as vítimas, tentando algemá-las uma à outra. O primeiro denunciado efetuou dois disparos em Bertin - um na região frontal, e outro na região mandibular -, e o segundo e o terceiro denunciados tentaram imobilizar a segunda vítima, Pedro Pote, tendo o terceiro denunciado efetuado um disparo na região mamária direita, transfixando o tórax. Depois de lutar contra o soldado Salgado, a vítima Pedro Pote conseguiu se livrar das algemas mas ao tentar fugir foi perseguido e golpeado, com estocadas de faca na cabeça. Após os crimes, os acusados fugiram ao notar a chegada de um terceiro veículo trafegando na BR.

A PRONÚNCIA - Na pronúncia, o Judiciário constatou a materialidade do delito, diante das provas anexadas aos autos, como o laudo de exame em local de morte violenta e o laudo de exame cadavérico e de lesão corporal nos quais fica patente a morte da vítima Raimundo Aguiar por traumatismo crânio encefálico por projétil de arma de fogo; bem como a tentativa de homicídio contra a vítima Pedro Albuquerque, o qual fora alvejado por arma de fogo no tórax, além de ter sofrido ferimentos na cabeça, resultando em perigo de vida. E, em relação à autoria do delito, entendeu que os indícios foram suficientes, vez que uma das vítimas sobreviveu e apontou os três acusados como executores do crime.

A DEFESA - Encarregada da defesa dos executores do crime, a Defensoria Pública propôs a conversão do julgamento em diligência e a impronúncia dos acusados por falta de indícios suficientes de autoria delitiva ou, ainda, pela desclassificação da conduta criminosa para excluir a qualificadora. Nas alegações finais, argumentou que em momento algum da instrução processual restou demonstrada ou, ao menos indicada, a possibilidade, seja mesmo remota, de qualquer recebimento de valores por parte dos acusados ou promessa futura de recompensa. O pedido de diligência foi desconsiderado pela juíza, por ter sido considerado “meramente protelatório". Quanto ao crime de encomenda, a magistrada citou o fato de que, além dos réus executores do crime, também foram acusadas mais seis pessoas, apontadas como mandantes, tendo o processo sido desmembrado em relação aos últimos. "Não há de se dizer, portanto, que tal possibilidade seja remota, mas trata-se, antes, de uma possibilidade perfeitamente factível e dedutível", diz a sentença.

A pronúncia data de 25 de outubro de 2016, mas a designação da sessão do Tribunal do Júri só foi possível após o julgamento do Recurso em Sentido Estrito providenciado pela defesa dos acusados junto ao Tribunal de Justiça do Estado, o qual foi relatado pelo desembargador Fróz Sobrinho e negado por unanimidade dos membros julgadores da 3ª Câmara Criminal, em 9 de outubro de 2017, confirmando a pronúncia da 2ª Vara de Itapecuru-Mirim.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Presidente Vargas: Acusados da morte de Prefeito Bertin são pronunciados a júri popular

A 2ª Vara de Itapecuru-Mirim vai realizar os julgamentos de José Evangelista Duarte Sousa, Benedito Manoel Martins Serrão e Raimundo Nonato Gomes Salgado. Eles são acusados de tentativa de homicídio praticado contra Pedro Pereira (Pedro Pote) e pelo assassinato de Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin, que era prefeito do Município de Presidente Vargas. O caso da morte do Prefeito Bertin ganhou destaque na imprensa local e nacional, esperando desfecho desde o ano de 2007, quando aconteceram os crimes.

Consta do inquérito policial que no dia 06 de março de 2007, por volta das 22:45 horas, aproximadamente à altura do Km 193, da BR 222 em Itapecuru-Mirim, precisamente na localidade denominada Cigana, as vítimas Raimundo Bartolomeu, o Bertin, e Pedro Pereira, o Pedro Pote, viajavam num veículo S10, placa HPI – 4779, conduzido pelo prefeito. Eles viajavam no sentido Itapecuru-Mirim / Vargem Grande quando foram parados por um outro carro, sob mira de armas de fogo.

De pronto, dois disparos foram efetuados na porta esquerda do veículo das vítimas. Em seguida, os três denunciados (todos militares) renderam as vítimas, tentando algemá-las uma a outra. Segue o inquérito: “O primeiro denunciado, Evangelista, então havendo rendido Bertin, teria efetuado nele dois disparos de arma de fogo, sendo um na região frontal, e outro na região mandibular, denotando, com eficiência, o estilo tiro encostado”.

O segundo e o terceiro denunciados, por suas vezes, tentaram imobilizar Pedro Pote, sendo que o Soldado Salgado teria efetuado um tiro no peito de Pedro Pote. As informações policiais dão conta de que Bertin morreu imediatamente. O Sargento Evangelista teria, então, entrado no veículo assumindo a direção e manobrando para fora da pista do lado oposto. O inquérito registra, ainda, que Pedro Pote teria lutado contra o Soldado Salgado. Ele teria conseguido fugir, mas foi alcançado e foi golpeado com estocadas de faca e coronhadas na cabeça. “Na execução dos crimes descritos, os policiais poderiam estar acompanhados de uma quarta pessoa, ainda não identificada”, ressalta a denúncia.

Destaca o Judiciário na pronúncia: “Conforme versa o Código de Processo Penal, a decisão de pronúncia deve ser proferida quando, ante as provas produzidas durante o sumário da culpa, convencer-se o magistrado da existência do crime e de que há indícios suficientes de que foi o réu o autor do crime em apuração. Cumpre asseverar, ainda, que a decisão de pronúncia é mero juízo de admissibilidade da acusação, portanto, não opera qualquer efeito condenatório, já que competente para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida é o Egrégio Tribunal do Júri”.

(CGJ)