terça-feira, 7 de outubro de 2025

Polícia Civil prende líderes de facção criminosa no São Francisco, Barreto, Planalto Pingão e Turu

Operação Captura.
A polícia civil do Maranhão deflagrou, nesta terça-feira (07), mais uma ação de combate ao crime no âmbito da Operação Captura, visando o cumprimento de 15 mandados judiciais, sendo 4 de prisão domiciliar e 11 de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa com atuação interestadual. A operação foi deflagrada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), por meio do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), e os mandados foram cumpridos nos bairros São Francisco, Barreto, Planalto Pingão e Turu, em São Luís, onde o grupo mantinha núcleos ativos.

Até o momento, seis pessoas foram presas. Entre elas, quatro lideranças da organização que tinham contra si mandados de reclusão domiciliar, uma em flagrante por tráfico de drogas e outra por crime ambiental. Um deles, residente no Barreto, é filho de um investigado, suspeito de ser um dos mais perigosos criminosos do Maranhão. Entre os alvos de mandado, foi preso um homem que já cumpria prisão domiciliar por outro crime, com uso de tornozeleira eletrônica. 

Na residência de outro alvo, uma mulher, no São Francisco, foi apreendido um macaco-prego, cuja origem também está sendo investigada. Além do animal silvestre, os policiais também apreenderam, durante as demais buscas, 10 aparelhos de celulares que serão analisados.

Segundo a Seic, os quatro alvos dos mandados de prisão — dois homens e duas mulheres — apresentam alto grau de periculosidade e são reincidentes em diversos crimes. Dois deles já cumpriam prisão domiciliar, enquanto um se encontra preso em unidade prisional. As duas mulheres são companheiras dos investigados. Mesmo preso, um dos alvos mantinha forte liderança no comando das ações criminosas da organização. A polícia representou pela prisão preventiva dos quatro, porém não foram deferidas pela Vara Colegiada do Crime Organizado, sendo decretada prisões domiciliares. Todos os mandados foram cumpridos com o apoio da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

A operação é resultado de investigações iniciadas a partir da análise de celulares apreendidos em 2023, que revelaram provas da prática de tráfico de drogas, associação criminosa e outros delitos. O trabalho conduzido pelo DCCO apontou a atuação estruturada do grupo na capital maranhense e conexões em outros estados do Nordeste. Os presos possuem extensa ficha criminal e integravam uma organização criminosa com modus operandi sofisticado, responsável pela distribuição de entorpecentes e movimentação de valores ilícitos. As investigações identificaram transferências financeiras incompatíveis com a renda declarada dos alvos, indicando fortes indícios de lavagem de dinheiro.

Além da Seap, também deram apoio na operação policiais da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC), da Superintendência de Repressão ao Narcotráfico (Senarc), da Força Estadual (Feisp), e dos batalhões de Operações Especiais (Bope) e de Choque (BPChoque), da Polícia Militar. As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos e desarticular completamente o núcleo financeiro e operacional da facção.

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