Dino foi indicado para o STF e deixará a política. |
Foi Dino quem alçou à categoria de lideranças estaduais figuras como o próprio atual governador, Carlos Brandão (PSB), os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD), o vice-governador, Felipe Camarão (PT), o ex-presidente da Assembleia Othelino Neto (PCdoB), o ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior (sem partido) e os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB) e Duarte Júnior (PSB). Além destes, conseguiu ainda eleger o ex-senador Roberto Rocha (PTB), que depois rebelou-se antes da primeira metade do seu mandato já era oposição ao socialista.
Quem ganha?
Dentre todos os aliados, aquele que mais espaço pode ocupar é o governador Carlos Brandão. Sempre exaltado como um político leal por Flávio Dino, o governador conseguiu reeleger-se no ano passado no primeiro turno, após um racha na base governista que levou o senador Weverton Rocha para a oposição. Demonstrou força política, mas sempre teve decisões atreladas ao hoje ministro da Justiça. Com este fora da vida política, o atual chefe do Executivo estadual torna-se a principal liderança do grupo. E por ele devem passar todas as decisões sobre o futuro dos aliados. Aqui, um adendo: se Brandão fica mais forte, a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), também fica.
Outro que se vê fortalecido é o deputado estadual Othelino Neto, atual secretário da Representação Institucional do Maranhão em Brasília. Marido da suplente de senadora Ana Paula Lobato (PSB), ele agora vê a esposa garantida no Senado até 2030, tempo durante o qual poderá articular-se até para voos mais altos.
Um terceiro beneficiado seria o senador Weverton Rocha. Não que se fortaleça, já que perdeu muito do poder que poderia vir a ter ao decidir romper com Dino em 2022, mas recupera fôlego. E, sem a sombra de Dino como possível candidato a governador do Maranhão em 2026, pode trilhar uma reaproximação para tentar reeleger-se ao Senado – numa possível composição com o próprio Brandão -, ou voltar a tentar organizar uma base sólida para se viabilizar novamente como candidato a governador. Sem Flávio na jogada, as forças se reequilibram.
Quem perde?
Entre os que podem perder terreno estão, principalmente, aqueles que construíram a carreira em função do tripé política-advocacia-administração de Dino, a saber, Eliziane Edivaldo Júnior, Márcio Jerry e Duarte Júnior (PSB), além de nomes como os deputados estaduais Rodrigo Lago (PCdoB) e Carlos Lula (PSB), que, atualmente nos seus primeiros mandatos na Assembleia, contavam com a força de Dino para possíveis voos mais altos.
O vice-governador, Felipe Camarão, está numa espécie de limbo. O futuro dele depende de Brandão, mas a conjuntura o ajuda. Com Flávio na política, existia uma remota possibilidade de Brandão seguir no governo até o fim do mandato, e encerrar, ele sim, sua carreira política. Sem Dino, o governador deve ser candidato a senador em 2026, o que garante a Camarão o comando do Estado e o posto de nova liderança estadual. Nesse caso, caberia a ele trilhar seu futuro.
Do Imirante/Gilberto Léda.
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Quem perde verdadeiramente é a população em ambos os resultados.
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