sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Indígenas beneficiados com ações do Mais IDH comemoram resultados do programa

“A gente tem que continuar com as coisas que o governo está construindo. A gente não pode deixar acabar”, declara dona Zelma Muniz, da aldeia Cajueiro Real, do município de Jenipapo dos Vieiras. Ela conta que seu marido saiu com 15 aves para vender na cidade e que o dinheiro será investido para aumentar a criação, além de comprar as coisas que eles não produzem.

A família dela foi contemplada com as ações do Mais IDH, recebeu fomento, investiu na criação de aves e agora vê o resultado: com o aumento da produção. Além das ações do Mais IDH, ela foi uma das moradoras a receber cisternas de 25 mil litros do Programa Cisternas – Segunda Água e que tem também caráter produtivo voltado para hortaliças.

Dona Zelma faz parte das 200 famílias indígenas atendidas diretamente com as ações do Plano Mais IDH do Governo do Maranhão nos municípios de Arame, Jenipapo dos Vieiras, Itaipava do Grajaú e Fernando Falcão.

A superintendente de Organização Produtiva da SAF, Loroana Santana, explica que o Sistema de Agricultura Familiar (composto pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar – SAF -, Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural – Agerp – e Instituto de Colonização e Terras do Maranhão – Iterma) está atendendo as 30 famílias da aldeia Cajueiro Real com ações de acesso à água, assistência técnica e extensão rural e apoio à comercialização. São ações que visam otimizar e potencializar a agricultura familiar aos povos que antes eram invisíveis.

“Acompanhando as famílias, ouvimos relatos que nos motivam a continuar trabalhando pelo fortalecimento da agricultura familiar no estado. Seu Daniel Gomes, por exemplo, que também mora na aldeia nos contou que com a venda da produção conseguiu comprar remédio para sua filha de três anos. Esses exemplos mostram que estamos no caminho certo”, pontuou Loroana Santana.

“É muito gratificante ver esses resultados e a consciência dos beneficiários que devem dar continuidade às ações. O governo dá as condições: fomento, assistência técnica, apoio para comercialização e o beneficiário faz a sua parte, que é trabalhar para continuar crescendo e ter condições de uma vida melhor”, enfatizou o secretário de Estado da Agricultura Familiar, Adelmo Soares.

Acesso à Água


Com investimentos de R$ 40 milhões, o Programa Cisternas – Segunda Água, que possibilita às famílias cisternas com capacidade de 25 mil litros, vai beneficiar um total de 4.067 famílias maranhenses com essa tecnologia social de acesso à água para produção de alimentos em 16 municípios. Além da construção das cisternas, os beneficiários recebem fomento para implantação dos arranjos produtivos com o objetivo de alcançar a plena eficácia do programa.

Dos 16 municípios que serão beneficiados com o Programa Cisternas – Segunda Água, oito estão inseridos no Plano de Ações Mais IDH. Serão beneficiados: Jenipapo dos Vieiras, Itaipava do Grajaú, Marajá do Sena, Belágua, Santana do Maranhão, São Benedito do Rio Preto, Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro do Maranhão, Paulino Neves, Amarante do Maranhão, Arame, Buriticupu, Nina Rodrigues, Presidente Vargas e Cachoeira Grande.

Como Funciona?


As águas pluviais são coletadas do telhadão por meio de calhas e armazenadas em cisternas de placas pré-moldadas de concreto, com capacidade de 25 mil litros, que constitui um reservatório cilindro e coberto. O reservatório, fechado, é protegido da evaporação, das contaminações causadas por animais e dejetos trazidos pelas enxurradas.

No caráter produtivo, as famílias podem investir no cultivo de hortaliças e na criação de suínos e aves. O caráter produtivo proporciona autonomia no consumo e geração de renda com a comercialização do excedente em feiras locais ou nos programas de compras institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

“O Programa Cisternas vem preencher a lacuna da escassez fornecendo água para o consumo básico e um arranjo produtivo que vai dar segurança alimentar e renda às famílias”, informou o presidente da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp), Júlio Mendonça.

“Aqui nós não temos rios e nem açudes e a bomba do poço artesiano vive queimando, então essas cisternas aqui na nossa aldeia melhoram nossa vida”, enfatizou o cacique Silivério Guajajara da comunidade Cajueiro Real.

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