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Ary Menezes. |
Por causa das irregularidades, Nova Olinda do Maranhão terá novas eleições, em data ainda a ser marcada. Até o novo pleito, a gestão do município ficará sob responsabilidade do presidente da Câmara de Vereadores. Em nota conjunta, divulgada nas redes sociais, Ary Menezes e Ronildo da Farmácia afirmaram que seus advogados adotarão as medidas cabíveis, apresentando recurso, tão logo sejam devidamente intimados. Eles disseram, ainda, que receberam a decisão com serenidade e reafirmam sua confiança no Poder Judiciário.
Segundo a juíza Patrícia Bastos de Carvalho Correia, da 80ª Zona, sediada em Santa Luzia do Paruá, a campanha eleitoral de Ary Menezes em 2024 foi marcada por práticas ilícitas, como a oferta de dinheiro, materiais de construção e empregos em troca de votos. Testemunhas confirmaram repasses em espécie e via PIX, além da distribuição de telhas e promessas de cargos na administração municipal. Também foram relatadas ameaças a eleitores que se recusaram a apoiar Ary Meneses.
A juíza destacou que a diferença de apenas dois votos entre Ary Menezes e Thaymara Muniz foi determinante para comprovar o impacto das irregularidades no resultado final da eleição. Para ela, o abuso de poder econômico e a compra de votos, tipificados pela legislação eleitoral, feriram a igualdade da disputa e a liberdade do voto.
A defesa de Ary e Ronildo alegou que as provas apresentadas eram ilegais, sustentando que parte do material teria sido obtido de forma irregular e que houve tumulto processual com a inclusão de novos elementos durante a ação. Os argumentos, no entanto, foram rejeitados pela magistrada. Na sentença, Ary Menezes e Ronildo Costa foram declarados inelegíveis por oito anos, receberam multa individual de R$ 25 mil e tiveram os diplomas cassados.
PRISÃO
Ary Meneses chegou a ser preso no âmbito da Operação 'Cangaço Eleitoral', da Polícia Federal, em dezembro de 2024. Na época, ele era considerado foragido da Justiça por conta de um mandado de prisão pelos crimes de compra de votos, aliciamento, intimidação e ameaça a eleitores. No entanto, após se entregar e cumprir três dias de prisão temporária, Ary foi solto no dia 17 de dezembro e aguardava o resultado do processo de cassação (saiba mais).
Do G1 MA.
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