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Ponte JK. |
A perícia da Polícia Federal durou mais de sete meses. Os peritos usaram drones, scanners a laser e modelagem 3D para reconstruir a cena do colapso. “No momento em que esse vão central foi cedendo, isso causou um esforço lateral na ponte, que causou aquela rachadura que a gente vê na filmagem”, explicou o perito criminal federal Bruno Salgado Lima.
O processo de colapso durou entre 15 segundos. O vão central caiu em menos de um segundo. A ponte foi construída na década de 1960, durante o governo de Juscelino Kubitschek, com um vão livre de 140 metros — um feito de engenharia para a época. A estrutura foi erguida sobre um trecho profundo do rio Tocantins, onde não era possível instalar pilares. Para vencer esse desafio, foi usado concreto protendido, uma tecnologia inovadora no Brasil naquele período.
Com o passar das décadas, a ponte não acompanhou o crescimento da frota de veículos nem o aumento da carga transportada. Além disso, os materiais foram perdendo resistência com o tempo. A última grande reforma da ponte ocorreu entre 1998 e 2000. Os peritos identificaram que, nessa intervenção, foi feito um reforço lateral, retirada a camada original de concreto e aplicada uma nova camada de asfalto. Essa alteração pode ter comprometido a estrutura. O reforço lateral “foi arrancado do concreto como se fosse fita crepe”, descreveu o perito criminal federal Laércio de Oliveira Silva Filho.
Confira a reportagem na íntegra:
Do G1.
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