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Comunidade quilombola. |
Desde 2022, a comunidade vinha sofrendo restrições impostas por um fazendeiro que alegava ser proprietário da área, o que dificultava o cultivo de suas roças e resultava em desmatamento dentro do território tradicional, prejudicando o sustento e o modo de vida das famílias quilombolas. “Essa vitória assegura não apenas o direito à moradia e ao sustento de mais de 100 pessoas, mas também protege um meio ambiente ecologicamente equilibrado, reconhecendo as práticas sustentáveis e a importância cultural, histórica e ambiental da comunidade”, ressaltou o defensor público Jean Nunes.
Em decisão judicial proferida pela Vara Agrária da Comarca de São Luís, foi reconhecida a posse tradicional da comunidade quilombola, valorizando sua função social e o uso sustentável da terra. A sentença destacou a importância do modo de vida baseado na agricultura e no extrativismo para a subsistência da comunidade, sobrepondo-se a títulos de propriedade que não refletiam o uso socioeconômico efetivo do território.
O caso representa um marco importante para a comunidade quilombola Cancela e fortalece a luta de outros povos e comunidades tradicionais no Maranhão na defesa de seus direitos originários.
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