quinta-feira, 24 de julho de 2025

Filha tentou matar a própria mãe com chumbinho no Maranhão

Mulher presa.
O Ministério Público apresentou uma ação penal contra Maria Eduarda Marques, de 22 anos, suspeita de tentar envenenar a própria mãe, quando a vítima estava internada no Hospital Geral da Vila Luizão, em São Luís. A suspeita nega. As investigações apontam que Maria Eduarda tentou aplicar chumbinho na mãe, mas foi descoberta pela equipe médica. Após os crimes, ela se mudou para Santa Rita, mas foi presa, quando saía de uma academia.

"Chumbinho" é um veneno clandestino e ilegal, feito com substâncias tóxicas e usado como pesticida, normalmente para matar ratos. Ele costuma ser vendido de forma irregular e sem controle, geralmente em pó preto ou bolinhas, e é altamente perigoso para humanos e animais domésticos.

Após a prisão, Maria Eduarda foi encaminhada para a delegacia de Santa Rita. Segundo o Ministério Público, Maria Eduarda Marques tentou envenenar a mãe duas vezes, quando a vítima, Sandra Maria Marques, estava hospitalizada com diagnóstico de atrofia multissistêmica. No dia 24 de abril, por volta das 19h, a filha, que estava como acompanhante, solicitou a uma técnica de enfermagem que substituísse um medicamento que era aplicado na mãe, por outro que ela carregava, sob o argumento de que a substância usada pelo hospital era um 'genérico'.

Maria Eduarda entregou um frasco à técnica, mas a profissional identificou a existência de bolinhas pretas no recipiente. A técnica comunicou o caso à médica do hospital, que confirmou que o medicamento no frasco estava adulterado. Em seguida, o frasco foi encaminhado à polícia para exame pericial. Três dias depois, por volta das 9h, Maria entregou outro frasco de medicamento a uma médica do hospital, alegando que "se tratava de um medicamento que havia sumido desde o último plantão" e que deveria ser aplicado na mãe, que não estava conseguindo dormir.

A médica comunicou o caso ao diretor do hospital, que acionou a polícia. Na época, Maria foi levada à delegacia e disse que não manipulou os medicamentos. No depoimento, ela ainda tentou atribuir os frascos ao irmão, que negou envolvimento no caso.

Exame confirmou a tentativa de envenenamento

Após o depoimento, Maria Eduarda foi liberada, mas posteriormente os exames confirmaram que os frascos continham terbufós e alfametrina, pesticidas presentes no chamado “chumbinho”. O caso foi encaminhado ao Ministério Público, que denunciou Maria Eduarda por tentativa de feminicídio qualificado, com base no uso de veneno e na impossibilidade de defesa da vítima. A promotoria destacou ainda que a acusada agiu contra a própria mãe, em situação de violência doméstica, aproveitando-se de sua condição de saúde.

Do Imirante.

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