Paulo Victor. |
Paulo Victor afirmou que decidiu levar o caso à tribuna depois de ter recebido uma série de ameaças de ações de busca e apreensão, pedido de prisão e até perda de mandato, segundo ele, feitas pelo promotor, que cobrava a efetivação de cargos e salários para encerrar as investigações. Ele assegurou que pedirá ainda nesta segunda-feira o afastamento do promotor Zanony Passos de qualquer investigação contra parlamentares da Câmara de São Luís e formalizará o pedido de intervenção do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Prints
Paulo Victor apresentou em plenário prints de conversas que manteve com o promotor ao longo de meses, onde constam as cobranças por efetivação de cargos, ameaças e provas, segundo o vereador, de manipulação de ações lideradas por Zanony. Os prints, segundo ele, estão à disposição do Tribunal de Justiça (TJMA), da Procuradoria Geral de Justiça do Maranhão (PGJ) e do CNMP.
De acordo com Paulo Victor, antes da situação se agravar com a ameaça de busca e apreensões feitas contra parlamentares, ele ainda chegou a efetivar dois cargos para o promotor na Câmara. Mas, depois de ter feito a exoneração dos cargos, o promotor passou a ligar - insistentemente para o parlamentar e para o seu gabinete -, fazendo cobranças a respeito dos cargos e dos compromissos financeiros que havia firmado, diante da garantia de recursos que receberia do Legislativo Municipal. "Esse não é um ato de coragem, é um ato de desespero", disse Paulo Victor
Esquema
Paulo Victor afirmou que passou a ser procurado pelo promotor, na ocasião em que ele ainda estava no comando da Secretaria de Estado da Cultura. Depois disso, passou a procurá-lo para tratar de investigações a respeito da indicação de emendas parlamentares à entidade filantrópica A Força do Amor. De acordo com ele, o promotor prometeu ajudá-lo, em troca de cargos na Câmara, e encaminhou o número de telefone da presidente da associação para que houvesse acordos.
Depois de ter recebido dois cargos, o promotor exigiu número maior de matrículas na Câmara, o que foi negado. Depois disso, operações foram realizadas contra a Câmara. “Ele, não satisfeito com o que já tinha me consumido e me pediu mais cargos. Foi o momento em que eu dei o impedimento, falei que não teria mais como avançar dentro dessas circunstâncias, não conseguiria efetuar o que ele estava me pedindo e daí começou toda a perseguição, que com certeza, senhores, ocasionou o que a gente está vivendo hoje”, pontuou.
“O promotor que me fiscalizava e que fiscalizava a execução de emendas de todos aqui, me ligava insistentemente, desde às 7h da manhã. Eu não atendi mais, a partir do momento que eu dei uma negativa aqui da Câmara de São Luís, que não aguentaria mais ser tratado daquela forma”, completou.
Outro lado
O Imirante já entrou em contato com o Ministério Público do Maranhão para obter um posicionamento do promotor Zanony Passos e da instituição, e aguarda retorno.
Do Imirante.
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