quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Mulher relata que também foi agredida por PM que matou jovem em Coroatá: "Carol poderia ter sido salva se ele estivesse na cadeia"

Andreia Aguiar.
No dia 5 de setembro completaram dois meses do assassinato da jovem Carol, de 17 anos, morta dentro da residência onde morava com o Policial Militar Gilgleidson. O caso ganhou grande repercussão, destaque até mesmo a nível nacional. Hoje, para a equipe de investigação do crime não resta dúvidas de que Gilgleidson, que está preso, foi quem matou Carol (reveja e relembre). 

Recentemente a família da vítima procurou a delegacia de Coroatá para saber mais sobre a investigação e a avó da jovem explicou que só faltam “alguns detalhes” para a finalização do caso e que Gilgleidson será submetido a júri popular (veja o momento da prisão).

A polícia continua colhendo depoimento para reforçar o inquérito. Um desses depoimentos será da jovem Andreia Aguiar, que conviveu durante 8 meses com o policial Gilgleidson. Em conversas com o portal Coroatá Online, Andreia revelou acreditar que Carol poderia ter sido salva se o ex-companheiro, e principal suspeito do crime, tivesse sido preso na época em que a agrediu.

“Ele (Gilgleidson) é um ser humano desprezível. Me agrediu covardemente, ameaçou minha mãe, meu filho. Eu fiz o boletim, o laudo comprovou as agressões e ele deveria ter sido preso, mas não foi. Carol poderia ter sido salva se ele estivesse na cadeia. Veja bem, há muitos policiais bons, como na civil que estavam do meu lado, inclusive disseram que eu deveria ter pedido a prisão dele, mas como ia fazer isso com eles me ameaçando a todo momento? Eu consegui a medida protetiva, o pai dele passava na minha porta para intimidar. Eu estava traumatizada e sufocada. Hoje tenho mais confiança e quero que ele pague pelo que fez”, disse Andreia.

A jovem fez um desabafo sobre a violência que acontece contra as mulheres e que muitas vezes a sociedade finge desconhecer.

“Nós sabemos que em muitos casos a justiça falha e a corrupção destrói a sociedade. Como pode uma jovem mulher ser agredida covardemente, comprovada em laudo, e ainda assim a tacharem de louca, como muitos colegas dele me falavam. Como pode uma pessoa que se diz policial fazer isso com alguém e estar livre como se nada tivesse acontecido? Felizmente hoje ele está preso e espero de verdade que pague pelos crimes que cometeu, tanto pelo homicídio como pela Lei Maria da Penha, que está respondendo”, disse.

Confira a seguir o vídeo onde a jovem deu detalhes sobre as agressões sofridas:


Do Blog Coroatá Online.

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