sábado, 25 de setembro de 2021

André Fufuca, Marreca Filho e Cléber Verde enfrentam dificuldades para 2022 após fim das coligações proporcionais; Veja a análise completa

Deputados encontram dificuldade em seus partidos.
A decisão do Senado Federal de manter a regra atual que proíbe a formação de coligações proporcionais para eleição de deputados estaduais e deputados federais traz uma enorme dor de cabeça para detentores de mandato que são presidentes de partido, mas não possuem uma boa lista de filiados competitivos para a disputa (saiba mais). A manutenção da regra favorece aos que estão focando a disputa majoritária ou lastro eleitoral, uma vez que podem aglutinar vários nomes em determinados partidos, viabilizando a eleição.

Flávio Dino (PSB), Carlos Brandão (PSDB), Weverton Rocha (PDT), Roseana Sarney (MDB) e Josimar de Maranhãozinho (PL) são os maiores beneficiados com a disputa sem coligações proporcionais, afinal conseguem controlar o fluxo de filiações de acordo com os seus interesses político-partidário.

O governador do Maranhão, por exemplo, tornou o discreto PSB no estado em um dos mais competitivos. Se antes, tinha apenas um federal e dois estaduais, agora a sigla tem um time completo para eleger pelo menos dois federais e quem sabe até seis estaduais, uma vez que novos nomes devem chegar além dos que já estão. Para a Câmara Federal, Bira do Pindaré e Duarte Júnior são os principais nomes para estadual tem os secretários Carlos Lula, Catulé Júnior, Rogério Cafeteira etc.

O mesmo acontece com o PCdoB, que está fragilizado, mas por um compromisso com a nacional, Flávio Dino deve manter o partido competitivo com os nomes de Clayton Noleto, Márcio Jerry e Rubens Júnior para deputado federal e Ana do Gás, Adelmo Soares e outros para estadual.

Carlos Brandão também possui uma robusta lista de seguidores que aguardam seu sinal para tomar uma decisão. No âmbito federal ele tem ao seu lado Gastão Vieira, Dr Gonçalo, Fábio Macedo e outros. Para estadual ele tem Rafael, Ariston, Thaiza Hortegal, Daniela Tema, Paulo Neto, todos dispostos a filiar no partido indicado pelo vice-governador.

No PDT, Weverton vem construindo uma das nominadas mais forte. Para federal a briga tá aberta, o que facilita ele atrair aliados como Jefferson Portela e outros que podem ficar em dificuldade de se eleger em outras siglas. Para estadual, ele tem vários nomes de mandato e outros que despontam como pré-candidatos, a exemplo de Inácio Melo, marido da senadora Eliziane Gama.

No MDB, Roseana é o trunfo por completo. Além de alimentar a expectativa dela ajudar a eleger outros filiados, a ex-governadora pode atrair mais filiados por conta da importância do seu partido. Na disputa de deputado federal, além da própria presidente, figuram nomes como os atuais parlamentares João Marcelo e Hildo Rocha, e outros que querem o cargo como Lobão Filho, Victor Mendes e Wolmer Araújo. Para estadual, o partido tem Roberto Costa, Arnaldo Melo e Socorro Waquim, ainda que os dois últimos deixem a legenda é possível ganhar filiações competitivas para a disputa.

No PL, está um dos mais arrojados políticos do Maranhão no momento. Josimar de Maranhãozinho apostou na manutenção da regra atual e está montando uma lista “pesada” paras as disputas de federal e estadual. Para a Câmara Federal, ele tem sua esposa Detinha, Júnior Lourenço, Pastor Gil e outros que desejam o cargo, caso de Paulo Marinho Júnior. Para estadual, a lista é mais robusta ainda, a qual é encabeçada por Leonardo Sá, Hélio Soares, Vinicius Louro. Prevendo esse cenário, o Moral da BR, tirou a sua sobrinha Fabiana Vilar da presidência do Avante, a filiou ao PL, para viabilizar sua disputa a deputada estadual.

Se por um lado, esses nomes estão fortalecidos, outros políticos maranhenses estão em alerta e vão ter que se movimentar para salvar o mandato. Isso vale para André Fufuca que está lutando para montar uma nominada no Partido Progressistas, assim como para Juscelino Filho do DEM, Cléber Verde e Gil Cutrim do Republicanos, Marreca Filho do Patriotas e Aluísio Mendes do PSC.

Todos estes citados vão ter que buscar uma composição de nomes para a disputa de deputado federal e estadual, caso contrário vão ter que migrar para outros partidos em busca da viabilidade eleitoral.

Em 2018, apenas dois deputados federais maranhenses foram eleitos com sua própria votação, ou seja, atingiram o quociente eleitoral e eles mesmo fizeram as suas vagas: Josimar de Maranhãozinho com 195.768 votos e Eduardo Braide 189.843 votos. Para deputado estadual, apenas Detinha alcançou a votação necessária: mais de 88 mil votos.

Para 2022, a disputa por uma vaga de deputado federal e deputado estadual vai exigir muita destreza de todos os pretensos candidatos, por isso se aliar a um projeto competitivo na majoritária será fundamental e é por conta disso, que os citados inicialmente podem ser os mais privilegiados.

Do Blog do Diego Emir.

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