sexta-feira, 14 de março de 2025

Polícia Civil revela motivação e valor pago pelo assassinato de delator do PCC

Gritzbach foi assassinado a tiros.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito da execução de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator da facção criminosa PCC executado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo (relembre), e indiciou seis pessoas pelo crime. Também foi pedida à Justiça a conversão da prisão temporária de todos eles em preventiva.

O relatório da investigação foi finalizado com 486 páginas, onde os investigadores detalham as provas colhidas ao longo dos quatro meses de investigação. Tiveram a prisão preventiva pedida à Justiça: Emílio Carlos Gongorra, o Cigarreira - apontado como traficante e mandante do crime (foragido); Diego Amaral, o Didi - apontado como mandante do crime (foragido); Kauê Amaral - apontado como olheiro do aeroporto (foragido); Cabo Denis Antônio Martins - apontado como executor (preso em 16/1); Soldado Ruan Silva Rodrigues - apontado como executor (preso em 21/1); Tenente Fernando Genauro - motorista do carro que levou os atiradores até o aeroporto (preso em 18/1).

Os PMs Denis, Ruan e Fernando estão presos em regime temporário. Os outros três ainda não foram localizados pela polícia. Segundo o DHPP, Gritzbach foi assassinado por vingança. A investigação aponta que Emílio decidiu matar o desafeto para vingar a morte de Anselmo Santa Fausta, traficante de drogas assassinado numa emboscada em 2021.

A morte do amigo, o suposto desfalque financeiro e ainda a delação premiada assinada por Gritzbach com o Ministério Público levaram Emílio a arquitetar a execução efetuada em 8 de novembro do ano passado. Na investigação foram analisadas 6 terabytes de material e 20 mil páginas de inquérito. As provas incluem extração de dados de celulares, cruzamento de dados telemáticos e bancários, imagens de câmeras e rastreamento de deslocamentos. A polícia ainda encontrou um pagamento de até R$ 3 milhões pela execução do crime.

Do G1.

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