domingo, 13 de setembro de 2020

Aumento do número de policiais candidatos preocupa analistas

Cabo Campos.
Levantamento divulgado domingo pelo jornal O Globo mostra um expressivo aumento do número de policiais civis e militares que serão candidatos a prefeito e a vereador nas eleições municipais deste ano. No Maranhão, 31 se licenciaram dos quartéis e delegacias para enfrentar as urnas – número nada menos que quase 100% maior do que o do pleito de 2016, quando 16 de candidataram. Tanto quanto pelo crescimento da participação de policiais na política, o levantamento surpreendeu pela reação de líderes de entidades representativas de policiais, que não esconderam o fato de que tais segmentos estão estimulando tal participação com o objetivo de “empoderar” a categoria, reforçando meios de “lutar por seus direitos”.

Diante dos números de todo o País, analistas políticos importantes chamaram a atenção para o risco da politização da polícia, uma instituição de Estado que pode cometer distorções funcionais se motivada por estímulos políticos, partidários e ideológicos. Alguns observam que nenhum País do primeiro mundo, a começar pelos Estados Unidos, é permitida essa participação a policiais.

Por conta do crescente número de policiais envolvido em política já está sendo articulado no Congresso Nacional um movimento no sentido de estender a policiais a regra que hoje obriga juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores e membros do Ministério Público a se demitir para poder se candidatar, sem direito a readmissão sendo ou não eleito. O argumento é simples: se a membros de outras carreiras de Estado, como magistratura e Ministério Público, é imposta a demissão para permitir filiação partidária e candidatura, a regra tem de valer para policiais civis e militares.

No Maranhão, o caso mais recente de eleição de um policial foi o do Cabo Campos. Ele chegou à Assembleia Legislativa na esteira de uma ativa e barulhenta militância corporativa, tendo sido um dos líderes da greve da Polícia Militar que sacudiu o Brasil e agitou o Maranhão em 2013. Mas, como parlamentar, frustrou todas as expectativas e foi duramente reprovado nas urnas em 2018.

Da Coluna Repórter Tempo.

4 comentários:

  1. Os anos de descaso daqueles que deveriam zelar pela boa segurança pública causaram isso.

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  2. Só vamos analisar outras questões relevantes que está por trás dessa reportagem.

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  3. Só vamos analisar outras questões relevantes que está por trás dessa reportagem.

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  4. Só vamos analisar outras questões relevantes que está por trás dessa reportagem.

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