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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Enfermeiro que comemorou morte do Prefeito de Santa Quitéria relata ameaças, diz que está com medo de morrer e pede perdão

Enfermeiro Higo Cunha.
De O Imparcial/Alpanir Mesquita.

O vídeo que circula nas redes sociais causou bastante revolta e motivou posicionamentos do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MA) e da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), que repudiaram a conduta do profissional de saúde e informaram que tomariam medidas para que atitudes como essa não se repitam mais em nosso estado (saiba mais).

Desculpas

Em contato com O Imparcial, o enfermeiro Higo Cunha, que trabalhava no hospital do município até meses atrás, relatou arrependimento pelo ato praticado e pediu desculpas aos parentes do prefeito, especialmente aos pais e ao irmão, conhecido como Tosa, e também à população da cidade. “Eu estava de cabeça quente”, justificou Higo, relacionando a atitude dele a problemas enfrentados com a gestão municipal.

Injustiçado

Higo Cunha relatou à reportagem que, por diversas vezes, utilizou o próprio veículo particular para transportar pacientes de Santa Quitéria para unidades de saúde de Chapadinha (MA) e de Parnaíba (PI), distantes de Santa Quitéria cerca de 100km e 140km, respetivamente.
O enfermeiro contou que buscou ressarcimento do poder público municipal por esses serviços, mas diz não ter recebido nem o reembolso dessas viagens com as quais afirma ter arcado, nem valores referentes a plantões do mês de fevereiro deste ano.
Solicitação de pagamento feita por Higo
Sem receber os pagamentos, Higo diz ter ficado revoltado com a administração municipal e, para tentar juntar provas, chegou a ir até a casa de uma idosa que ele ajudou a socorrer, em uma dessas viagens feitas no próprio carro. Lá, Higo pediu que a idosa e o marido dela gravassem o testemunho que seria apresentado na tentativa de forçar o pagamento da dívida com o enfermeiro (vídeo abaixo).

Ameaças: “queriam me matar com 3 tiros na cabeça”

Após a repercussão do vídeo, Higo contou que teve que sair do município, pois, segundo ele, sofreu ameaças de morte. “Meu tio me ligou na manhã do domingo e disse que queriam me matar com três tiros na cabeça. Imediatamente, deixei a cidade para preservar minha vida”, revelou.

O comandante da Polícia Militar no município, sargento Chagas, informou que não tem conhecimento de qualquer ameaça sofrida por Higo.

O enfermeiro assegurou que, tão logo consiga, irá registrar um boletim de ocorrência contra as intimidações, que ele não revelou de onde partiram. Higo Cunha afirmou que também vai ingressar com uma ação na Justiça contra o autor do vídeo que acabou viralizando em grupos de conversas nas redes sociais.

Cassação de registro profissional

Sobre a nota de repúdio divulgada pelo Coren-MA, Higo comenta: “Não cometi nenhuma negligência ou imperícia”, enfatizando que não vê possibilidade de haver punição com a cassação do registro profissional, pois ele não estava no exercício da profissão.

Pistolagem

O medo de morrer relatado pelo enfermeiro Higo Cunha não é um exagero se for observada a fama, baseada em fatos policiais históricos, do município de Santa Quitéria, conhecido por casos de pistolagem. Alguns desses casos, inclusive, tiveram destaque no parlamento estadual.

Em 2017, o então deputado estadual Max Barros usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão para denunciar tentativas de homicídio sofridas pelo ex-prefeito Manin, que teve a residência atingida por cinco disparos de arma de fogo, e por um advogado da região, que teve a casa e o carro atingidos por cerca de 10 tiros. “Ambos os crimes possuem características de encomenda com conotações políticas”, disse o parlamentar à época (reveja aqui e aqui).

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Atentado sofrido por advogado em Santa Quitéria ganha repercussão na Assembleia Legislativa

Deputado Max Barros na Tribuna da ALEMA.
Na tarde desta segunda-feira (5), o deputado Max Barros (PRP) fez uma grave denúncia durante seu pronunciamento na Assembleia. Ele fez um relato sobre a tentativa de homicídio sofrida por Rayrison, advogado militante que atua na região do Baixo Parnaíba e também no município de Santa Quitéria (reveja).

De acordo com o deputado, Rayrison teve sua casa alvejada por mais de 10 tiros. Fato semelhante aconteceu com o ex-prefeito de Santa Quitéria, Maninho, que já teve, no mês passado, sua residência também atingida por cinco tiros. Para o deputado, estes crimes parecem encomendados e precisam ser imediatamente apurados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

O CRIME

O parlamentar descreveu que às 2h da manhã do último dia 4 de junho, o advogado estava em sua residência quando aconteceram os disparos, sendo que dos dez, dois atingiram sua casa e oito atingiram seu carro, atentando contra sua vida.

Peritos em Santa Quitéria.
Max Barros destacou que tanto esse crime contra o advogado, quanto o crime contra o ex-prefeito Maninho possuem características de encomenda com conotações políticas, já que a primeira vítima foi um ex-prefeito e segunda vítima é um advogado militante que está atuando naquele município e naquela região, representando várias comunidades, inclusive, entrando com ações contra decisões do prefeito do município, questões trabalhistas, equívocos em licitações, além de denúncias contra irregularidades cometidas pelo atual prefeito.

Barros parabenizou a atuação da OAB/MA no caso, cujo presidente, Thiago Diaz, se manifestou por meio de nota, manifestando total solidariedade e empenho na apuração dos fatos, inclusive acionando o Sistema de Segurança para verificação do ocorrido.

Max também destacou a ação da Secretaria de Segurança que, segundo ele, cumpriu também o seu papel, já que, assim que que foi comunicada do crime, deslocou uma equipe para Santa Quitéria, inclusive com helicóptero e peritos. O deputado informou que foi feita a perícia na casa do e no veículo do advogado e já foi aberto o inquérito para apurar a responsabilidade.

Ao finalizar o discurso, Max Barros fez um apelo ao Secretário de Seguranca para que o Estado dê garantia de vida ao advogado Reyrison e ao ex-prefeito Maninho, já que, nos dias de hoje, crimes de pistolagem são inaceitáveis.