O Ministério da Defesa de Israel confirmou, nesta sexta-feira (13), madrugada de sábado (14) pelo horário local, que o país foi alvo de novos mísseis disparados pelo Irã. Imagens da TV Al Jazeera também registraram mísseis cruzando os céus de Tel Aviv. O ataque é o segundo desde que o Irã iniciou uma retaliação ao ataque promovido por Israel na madrugada de sexta pelo horário local do Irã (relembre).
Nas imagens, é possível ver que parte dos mísseis desaparecem no ar. O exército de Israel afirma que o Domo de Ferro – sistema de proteção contra mísseis – interceptou parte das armas utilizadas pelo Irã.
FERIDOS
O primeiro ataque coordenado pelo Irã na contra-ofensiva, ainda na noite de sexta pelo horário local de Israel, deixou ao menos 40 pessoas feridas. O Irã afirmou que os alvos foram instalações militares de Israel. O ataque iniciado na sexta foi chamado pelo Irã de Operação Verdadeira Promessa 3. Um dos locais atingidos foi o Ministério da Guerra de Israel, conforme divulgado pelo Irã. Isto ainda não foi confirmado por Israel.
O ataque de Israel contra instalações nucleares no Irã, nessa quinta-feira (12), deixa o mundo em alerta máximo para possível escalada bélica envolvendo outras nações. Há importantes motivos para preocupação. Embora os Estados Unidos afirmem não ter se envolvido na coordenação da operação de Israel, o histórico apoio dos norte-americanos ao país judeu coloca, de maneira indireta, a maior potência do mundo no radar de uma retaliação. Outro ponto de apreensão é a “cooperação bilateral” entre os iranianos e a Rússia.
As últimas informações são de que, além das instalações de enriquecimento de urânio, houve destruição de regiões habitadas por civis, inclusive com vítimas, mas os números e as condições destas não foram divulgados. Após o programa nuclear do Irã ter sido atingido, o governo do país anunciou que vai retaliar a ação bélica. Um comunicado divulgado pelas Forças Armadas do Irã falou sobre possível operação de resposta. O texto diz, inclusive, que pontos dos Estados Unidos no Oriente Médio podem ser alvo de ataque.
“A retaliação da República Islâmica do Irã é certa, e o inimigo pagará um preço alto”, disse um porta-voz das Forças Armadas, em comunicado divulgado pela mídia estatal. “Não há necessidade de se preocupar no país, pois o regime sionista [Israel] e a América [EUA] pagarão um preço alto e receberão um duro golpe”, alertou.
Alvos e vítimas
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram a autoria do ataque e afirmaram que os alvos teriam sido instalações “nucleares em diferentes áreas do Irã”. As explosões foram registradas na capital Teerã, mas também há relatos de bombardeios em vários pontos das imediações da cidade. O ataque foi um duro golpe para o Irã, pois matou o comandante-chefe da Guarda Revolucionária (IRGC) do país, Hossein Salami, o comandante sênior do IRGC, Gholamali Rashid, e os cientistas nucleares Fereydoun Abbasi e Mohammad-Mehdi Tehranchi, conforme anunciado pela própria agência estatal de notícias.
O governo de Israel declarou nesta segunda-feira (19) que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é uma "persona non grata". A decisão aconteceu depois de o presidente do Brasil comparar ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra. "Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma 'persona non grata' em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate", escreveu o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, nas redes sociais.
O termo "persona non grata" (alguém que não é bem-vindo, em tradução livre) é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo. O termo foi descrito no artigo 9 da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas. Katz afirmou também que "a comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que exterminaram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto".
No final da semana, Lula classificou como "genocídio" e "chacina" a resposta de Israel na Faixa de Gaza aos ataques terroristas promovidos pelo Hamas no início de outubro. Ele comparou a ação israelense ao extermínio de milhões de judeus pelos nazistas chefiados por Adolf Hitler no século passado. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula.
O petista fez a afirmação após ser questionado sobre a decisão de alguns países de suspender repasses financeiros à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos. Lula deu as declarações durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou nos últimos dias da 37ª Cúpula da União Africana e de reuniões bilaterais com chefes de Estado do continente.
O vídeo mostra a alegria de quem conseguiu voltar para casa e fugir dos conflitos entre israelenses e palestinos. O pastor Antônio Dias, que mora em Imperatriz, estava entre o grupo de turistas brasileiros que precisou de resgate do governo federal para sair de Israel. "Chegamos em paz, glória a Deus, momentos emocionantes aqui na base aérea de Brasília", afirmou, no vídeo, o pastor Antônio Dias cheio de alegria pela volta.
O pastor auxiliar na Assembleia de Deus em Imperatriz retornou no primeiro avião de resgate que pousou em Brasília por volta das 4h10 desta quarta-feira (11). A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB), com 211 passageiros, decolou de Tel Aviv às 14h12 (horário de Brasília) dessa terça-feira (10) e fez voo de cerca de 14 horas direto para a capital federal. Do total, 107 passageiros desembarcaram em Brasília e 104 seguiram para o Rio de Janeiro em dois aviões da FAB. O governo estima retirar 900 brasileiros até sábado (14) que estão em Israel e na Palestina, informou o comando da Aeronáutica.
Um grupo com 37 turistas do Maranhão, Pará e Tocantins chegou a Israel no dia 1º de outubro, para fazer turismo religioso, em viagem organizada pela agência de viagens do pastor Antônio Dias, que também é pastor auxiliar na Assembleia de Deus, em Imperatriz. O pastor disse, quando ainda estava em Israel, que os turistas estavam no hotel quando o bombardeio do Hamas teve início. "Quando fomos para o café, nosso receptivo nos informou da situação e se mudou toda a logística da viagem. Foi muito assustador", disse. O pastor Antônio Dias e o grupo de brasileiros ficaram hospedados em um hotel em Jerusalém, a 200 km do ponto de conflito. De acordo com o religioso, a sensação de medo era constante.
Abed Rahim Khatib/Anadolu Agency via Getty Images.
Entrou no segundo dia o conflito entre Israel e o Hamas, neste domingo (08). O último balanço das autoridades indica que ao menos 977 pessoas morreram, sendo 600 em Israel, 370 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. Há milhares de pessoas feridas. Novas explosões foram reportadas na Faixa de Gaza durante a madrugada deste domingo, pelo horário local, e foram se intensificando ao amanhecer.
Além disso, de acordo com a agência Reuters, militares israelenses afirmaram que ataques foram feitos contra o norte de Israel a partir do Líbano. Segundo o governo israelense, o Hamas ainda levou mais de 100 reféns para Gaza, incluindo mulheres e crianças.
Esses novos bombardeios foram reivindicados pelo grupo armado Hezbollah, que afirmou ter disparado foguetes em "solidariedade" ao povo palestino. Os alvos, segundo o próprio Hezbollah, seriam três posições militares israelenses em uma região conhecida como Fazendas de Shebaa, que está em um território ocupado por Israel desde 1967. Essa área é reivindicada pelo Líbano.
Ainda no sábado (07), o Hezbollah anunciou apoio ao ataque promovido pelo Hamas contra Israel, afirmando estar em contato direto com líderes de grupos de resistência. As forças armadas de Israel disseram que revidaram o ataque do Hezbollah e que um drone atingiu um posto do grupo na região da fronteira com o Líbano.
Além disso, as forças israelenses também afirmaram que continuam executando uma operação em oito áreas que ficam nos arredores da Faixa de Gaza, no sul do país. Um complexo, que seria usado pela inteligência do Hamas, foi bombardeado em Gaza. Por sua vez, o Hamas divulgou um comunicado dizendo que seus integrantes continuam engajados em "lutas ferozes" dentro de Israel.
O Gabinete de Segurança de Israel emitiu uma declaração oficial de guerra contra o Hamas neste domingo. A medida oficializa o que já havia sido anunciado por Netanyahu e permite que o governo mobilize mais reservistas e intensifique a resposta militar ao conflito.