Graciliano Pereira com o amigo José Jorge Almeida. |
Mais um paciente deixou o Hospital Dr Genésio Rêgo em festa depois de vencer a Covid-19. Na quinta-feira (3), foi a vez do seu Graciliano Pereira dos Santos, de 68 anos, se despedir da equipe multiprofissional da unidade de saúde que é uma das referências no tratamento de paciente que lutam contra o novo coronavírus.
O paciente, que ficou 70 dias internado na enfermaria da unidade, é natural de Teresina, mas mora sozinho há mais de 20 anos em São Luís. Seu Graciliano Pereira conta que chegou ao hospital sentindo falta de ar e muitas dores no corpo, mas sai da unidade totalmente recuperado.
“Minha estadia aqui foi ótima. O tratamento que recebi foi tão bom que ganhei uma nova família. Hoje estou saindo para me estabilizar no Solar do Outono e ficar de vez. Minha expectativa é me dar muito bem nesse novo lar, mas todos os fins de semana estarei aqui para visitar a equipe”, comenta o idoso, arrancando risos de toda a equipe.
A coordenadora do Serviço Social do Hospital Dr. Genésio Rêgo, Ancelma Viegas, explica que como o seu Graciliano residia em uma moradia insalubre, foi montada uma força-tarefa envolvendo Ministério Público, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e o Serviço Social do Hospital Dr. Genésio Rêgo para garantir um novo abrigo ao aposentado após a alta hospitalar.
“Estamos muito alegres pela alta do seu Graciliano. Foram 70 dias de tratamento e sobretudo de humanidade, pois ele não tem referência familiar e hoje o Solar do Outono irá recebê-lo. Também nos organizamos para que ele saísse daqui nas melhores condições e não só de saúde. Por isso, realizamos este momento de confraternização e alegria com ele e trouxemos doações de enxovais com toalha, lençol, travesseiro e higiene pessoal para que ele não chegue lá sem nada, embora tenha o apoio de um amigo que é a única referência dele em São Luís”, destaca coordenadora do Serviço Social, Ancelma Viegas.
Na saída, o paciente foi recebido pelo amigo José Jorge Almeida. O autônomo de 60 anos conta que essa amizade se iniciou há cinco anos após a perda do seu pai. “Desde que meu pai faleceu no ano passado, eu o adotei como pai. Ele não tem ninguém em São Luís, vivia num quartinho e aquilo tocou meu coração. Foram 70 dias em que eu só podia ver ele de longe e hoje eu me sinto feliz por ele estar tendo alta. Quero agradecer a esse corpo de médicos, enfermeiros e assistentes sociais que tiveram um carinho extraordinário por ele”, agradece o amigo, emocionado.
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