quarta-feira, 10 de junho de 2020

Você trabalharia, diariamente, em uma UTI com 20 pacientes contaminados com coronavírus?

Imagem meramente ilustrativa.
Muitas pessoas não tem o conhecimento exato de como tem sido trabalho dos médicos durante esse período de pandemia.

Muitos de nós já não dormem em suas casas há mais de mês, ficando semanas seguidas alojados em hospitais ou em hotéis para não contaminar as suas famílias. Além do trabalho estafante, do risco de se contaminação e, muitas vezes baixa remuneração ou más condições, ainda convivem com isolamento dos seus entes mais queridos com o intuito de protegê-los.

Poucas pessoas sabem mas, logo no início da pandemia, os grandes hospitais prepararam pelo menos três equipes médicas para três linhas de combate.

A necessidade de termos equipes substitutas é porque sabíamos que os primeiros iriam cair! Alguns apenas por ficarem doentes e precisarem ser afastado outros por darem realmente a sua própria vida no exercício da sua profissão. Como se estivéssemos nos preparando para uma batalha onde sabíamos, de antemão, que muitos soldados poderiam morrer, mas ninguém poderia desistir.

Todos poderiam ficar em casa e se proteger, mas alguém teria que sacrificar para lutar na linha de frente.

No Maranhão já perdemos mais de 15 colegas para a pandemia do coronavírus mas não iremos recuar até que o último paciente esteja curado!

Fica aqui também o nosso reconhecimento aos enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, técnicos, maqueiros, motoristas de ambulância e todos os demais que estão lutando bravamente para salvar vidas e se expõem coronavírus da mesma forma como nós profissionais médicos.

Mauro Cesar V. Oliveira.
Presidente da Associação Médica do Maranhão.

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