segunda-feira, 29 de julho de 2024

Vargem Grande de Luto! Morre Dona Dulce, aos 88 anos

Dona Dulce.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

Faleceu na tarde deste domingo (28), por volta do meio dia, Maria dos Santos Coelho Mesquita, aos 88 anos, conhecida carinhosamente por todos em Vargem Grande como 'Dona Dulce'. Ela estava internada no Hospital do Servidor, em São Luís, onde realizava tratamento contra um câncer desde o início do ano.

Dona Dulce dedicou grande parte de sua vida à igreja, era umas das comerciantes mais conhecidas do município e viúva de Raimundo Braga de Mesquita, o 'Seu Braga'. Eles foram casados por 67 anos, até o falecimento dele, em agosto de 2017 (relembre). A jornalista Maria Clara Nunes, neta do casal, escreveu um belo texto para homenagear a avó. 

Confira na íntegra:

Há quase 7 anos eu me sentava nesse mesmo lugar, para escrever uma singela homenagem ao meu avô, Raimundo Braga. Hoje é com saudade e imenso carinho que escrevo à minha avó Dulce.

Maria dos Santos Coelho Mesquita, mais conhecida como Dona Dulce, nasceu no dia 1 de novembro de 1935, dia de todos os santos, no município de Itapecuru-Mirim, casou-se com Raimundo Braga de Mesquita no ano de 1950, e mudaram-se para Vargem Grande no ano de 1963. Devota de Nossa Senhora, legionária, comerciante, referência na cidade quando o assunto era rede de qualidade. Dona Dulce nos deixa aos 88 anos, no dia 28 de julho de 2024, uma tarde tranquila de domingo.

Dona Dulce e seu Braga não tiveram filhos biológicos, mas acolheram no seu lar, filhos do coração, entres eles, minha mãe. Desde que nasci pude experimentar esse amor que ao longo de todos esses anos me mostrou que sangue é um mero detalhe da ciência.

A casa 5 da rua Nossa Senhora das Graças sempre foi sinônimo de lar pra mim e pros meus irmãos, foram muitos os aniversários, férias, novenas à Nossa Senhora e quartas-feiras dos bolos que celebramos ao lado da primeira avó motorista que eu conheci.

Vovó sempre foi uma mulher determinada, como dizemos atualmente, empoderada. Dirigia seu negócio, sua casa e seu carro, carro esse que aos domingos depois da missa nos levava ao moisinho ou à manga pra tomar “aquele” banho antes do almoço. Era uma mulher firme, mas que quando se tratava dos seus netos, abria lá suas exceções. 

Mesmo com a saúde fragilizada, dona Dulce seguia firme em sua fé, sendo exemplo de resiliência, perseverança e coragem. A despedida nunca é fácil, mas seu descanso nos conforta. Obrigada por todos esses anos ao seu lado, por todas as lições que mesmo sem querer a senhora nos ensinou, pela mãe, tia, madrinha, amiga e avó que foste para cada um daqueles que acolheu.

Agora, sua porta fica vazia, assim como a cadeira do lado direito junto à cabeceira da mesa. Saiba que as memórias dos dias felizes ao seu lado seguirão nos fazendo companhia numa tentativa de aliviar nossa saudade. Pode ir tranquila vó, vai ficar todo mundo bem.

Agradeço ao titular do blog por gentilmente ceder esse espaço para realizarmos essa singela homenagem.

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