terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Após greve de ônibus em São Luís, passageiros enfrentam dificuldade com transportes alternativos

Greve de ônibus em São Luís.
São Luís amanheceu sem ônibus nas ruas e avenidas da Região Metropolitana da capital. Nem a Justiça do Trabalho ou a promessa do prefeito sobre o pagamento do reajuste salarial foram suficientes para suspender a greve geral dos trabalhadores do transporte rodoviário, deflagrada na manhã desta terça-feira (06). Apesar do anúncio antecipado, os trabalhadores acreditaram que os rodoviários iriam acatar a decisão judicial e/ou a promessa da prefeitura em arcar com o pagamento do percentual negociado entre rodoviários e empresas.

É o caso da auxiliar de serviços gerais Sônia Ribeiro, de 44 anos, que precisou pagar um transporte alternativo para chegar ao serviço e que não faz ideia de como voltará para casa. “A passagem de van ‘tá’ quase o dobro do normal. Geralmente, é quatro reais. Tem van que está cobrando sete ou oito reais. Só nos resta esperar, e torcer para conseguir voltar para casa”, revelou a auxiliar.

Embora a paralisação seja considerada justa pela população, os afetados pela greve continuam tentando articular meios de seguir a rotina, a fim de reduzir os prejuízos no próprio bolso. A vendedora Marluce Ramos, de 44, falou sobre o prejuízo financeiro durante a greve. “A situação complicada. Eles estão no direito deles, mas é a gente que fica no prejuízo. Daqui do terminal até o Renascença tá dando quase 40 reais de moto Uber”, disse a vendedora.

Para evitar maiores danos econômicos, várias empresas têm buscado formas de garantir o funcionamento dos serviços, seja através do gerenciamento de caronas ou da disponibilização de recursos financeiros para o transporte dos funcionários. As soluções encontradas pelos empresários, porém, nem sempre são satisfatórias. Como exemplo, há o caso da professora particular Aldair Feitosa, de 36 anos, que recebeu apenas 5 reais por dia para pagar o transporte alternativo de volta para casa durante a greve.

Segundo Aldair, que na paralisação ocorrida no dia 23 de janeiro, precisou caminhar da Cohama, onde trabalha, até a própria residência, na Forquilha, o valor é insuficiente durante as altas no preço dos uber’s e vans. “Quando tem greve de ônibus, qualquer transporte alternativo resolve aumentar o preço. Mesmo uma van está acima da média agora, então como voltaremos para casa?”, desabafou a professora. A greve afeta mais de 700 mil usuários do transporte público, além de empresas e funcionalismo público.

Do Portal Difusora ON.

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